Fanfic: Perdidos de Paixão [Adp- AyA] ♥ | Tema: RBD/ AyA

Logo abaixo estava o vale, cortado por um rio luminoso cercado de vegetação em diversos tons de verde. Viam-se árvores, rochas e plantas silvestres de todo tipo. E existia, sem dúvida, muita paz. Por um instante, Anahí sentiu-se como uma pioneira a vislumbrar a terra prometida, contagiada pela liberdade e beleza selvagem.

—  Ainda existem áreas inexploradas- Christian afirmou, com reverência.
—  Anahí, veja lá em cima, à direita.
Anahí levantou-se na sela e virou-se na direção indicada por Christian.
—   Oh, é lindo! Magnífico! -  gritou quando avistou a cachoeira de águas cristalinas.

Alfonso resmungou sua opinião, mas ninguém prestou atenção.
Logo chegaram ao local do acampamento, e Anahí desmontou com dificuldade, por causa das costas doloridas. Havia anos não sentia estas dores, e não ia se render agora. Faria o de sempre: uma caminhada e água gelada para aliviar os músculos.
Andou em volta do animal como se o examinasse. Pior que a dor seria despertar a piedade dos outros.
Retirou a sela do cavalo e o prendeu no curral provisório sem exibir sua aflição.
Christopher acendeu o fogo e desembalou panelas e alimentos. Ia preparar a refeição.
Christian apreciava o pôr-do-sol.
Uma leve brisa soprava refrescando os viajantes cansados e acalorados.
Anahí esticou os braços e se espreguiçou, aliviando as costas. Suspirou, satisfeita. O melhor seria mergulhar no riacho, se houvesse um local privado e conveniente.
Ela se aproximou devagar de Christian. Admiraram o crepúsculo enquanto conversavam. Christian lhe falou de uma parte mais funda do riacho, porém avisou que Alfonso já se dirigira ao local para relaxar.
Anahí decidiu esperar e ir mais tarde.

Jantaram uma suculenta refeição composta de churrasco, batatas assadas e feijões. Anahí comeu tanto quanto os homens, o que os surpreendeu. Pelo visto, os Herrera estavam acostumados a mulheres que comiam como passarinhos.
A escuridão era completa. Christian apanhou seu violão e começou a tocar. Cantava baixinho uma melodia tranqüila e relaxante, a forma perfeita de encerrar o dia.
As brasas na fogueira cintilavam. De vez em quando, ouvia-se um crepitar seguido de uma fagulha no ar. As estrelas pontilhavam o céu. Anahí amava aquela sensação de liberdade, os espaços abertos, a novidade daquele mundo.
Christopher continuou a tocar, agora atendendo a pedidos especiais. Anahí solicitou uma música romântica, e ele a tocou com sentimento. Devia estar apaixonado.
Anahí refletiu que, se encontrasse um homem que a amasse como Christopher à sua amada, seria uma mulher de sorte.

O silêncio se seguiu à última nota. Anahí percebeu a dor nos olhos Christopher.
Ele recomeçou a tocar, agora uma melodia cigana, que fez Anahí dançar. Ela puxou Christian do chão para acompanhá-la.
Estava vivendo a música. Balançava os quadris, em passos de dança que aprendera na infância. Sorriu ao ver como Christian se esforçava para imitá-la. Alfonso também ria, então Anahí também o puxou.