Fanfic: Perdidos de Paixão [Adp- AyA] ♥ | Tema: RBD/ AyA

—  Sua maluca! Podia ter se machucado de verdade. -Alfonso maneou a cabeça e terminou de comer. —   Disseque fez cirurgia?
Anahí assentiu.
—  Algumas vértebras foram danificadas na queda. Além disso, o cavalo me pisoteou. Tiveram de colocar alguns pinos de metal onde os ossos se partiram. Estas partes é que me incomodam. Mas posso andar e falar. E daí se disparo os alarmes de bagagem no aeroporto? Pelo menos sobrevivi.
Alfonso a olhou, admirado. Com certeza, ela sofrera muito até chegar a esse ponto.
— É muito corajosa, Anahí.
O comentário a surpreendeu.
—   Não, acho que não. Sou uma pessoa nervosa e estouro com facilidade. Não foi só o acidente. A vida me deixou assim, cheia de incertezas.
—   Como a respeito de fazer amor comigo?
Anahí o encarou.
—  Sim. - Não o fitou. Não queria ver piedade em seus olhos.
—  Talvez eu tenha de decidir por você. - Sua voz era sombria. —  Não posso aceitar só amizade. A química entre nós é forte demais.
Ouviram os passos que se aproximavam. Anahí levantou-se e falou, baixinho:
—  Talvez seja a única maneira de eu escapar desta prisão que criei. Uma vez pode nos curar de vez.
Virou-se para saudar Christopher e Christian, mas Alfonso continuou sentado em silêncio. Ela teria falado sério?

Anahí pediu para usar a banheira da casa do rancho. Precisava daquele banho de imersão. Então, desfrutou cada instante na água tépida e perfumada.
Quando saiu do banheiro, enrolada na toalha, encontrou Alfonso à espreita.
—  Venha aqui, Anahí.
Ela hesitou ao se lembrar da conversa desta manhã.
— Não, acho que não devo, Alfonso.
—  Não vou fazer nada de mais. Apenas uma massagem. Se você quiser...
— Não fica bem. Seus irmãos...
—  Foi sugestão deles. De qualquer modo, então lá fora na varanda. Venha, Anahí. Por que é tão difícil?
—  Está bem.
Ela o seguiu até um cômodo amplo e bagunçado. Viam-se roupas, livros e equipamentos de montaria espalhados por toda parte, menos na cama.
Anahí deitou-se de bruços sobre o colchão firme. O perfume dele a deixou tonta. Sem dúvida, era a cama de Alfonso. “Não pense nisso”, repreendeu-se.
Como podia desejá-lo tanto e ainda temer aquele querer? Sentiu a cama se mexer e viu que ele se sentara. Como podia ter permitido aquela situação?
—  Não tenha receio das cicatrizes, Alfonso. Elas não doem mais.
Alfonso retirou a toalha de suas costas e suspirou, aliviado ao ver que Anahí estava de calcinha. Entretanto, hesitou ao ver a extensa cicatriz. Havia mais de uma, e ele estremeceu. Detestava vê-la assim, tão machucada. Nem se lembrou de que Anahí estava nua sobre sua cama.