Fanfic: Perdidos de Paixão [Adp- AyA] ♥ | Tema: RBD/ AyA

Anahí atravessou o pátio na manhã seguinte bem na hora em que Alfonso chegou de carro com Christopher. Ela hesitou, então seguiu seu caminho. Olhou para trás e viu um Alfonso muito doente descer da caminhonete. Ele lhe lançou um olhar ameaçador, e Anahí soube que jamais se livraria dele. Já estava cravado em seu coração. Precisavam resolver suas diferenças. E agora era o momento mais que apropriado.
Virou-se e voltou na direção da dupla, que entrava devagar na casa. Christopher se virou ao ouvir seus passos e lhe endereçou um sorriso de incentivo.
— Olá, Anahí. Veio ver o velho rabugento?  - ele zombou, procurando atenuar os ânimos.
Anahí sorriu sem convicção e pigarreou.
—  Preciso falar com Alfonso. Pode nos deixar a sós por uns instantes, Chris?
Alfonso reprovou a sugestão:
— Esqueça. Não quero ficar sozinho com ela. Fique aqui, meu irmão.
Christopher encarou-o, muito zangado.
— Acho que precisam conversar, Alfonso. Estarei aqui fora. Pode me chamar quando quiser subir.
—  Podemos ir pra cima já. Não tenho nada para conversar Anahí! -Alfonso gritou, mas Christopher fingiu não ouvir, saindo pela porta sem dizer mais nada.
Anahí tomou fôlego antes de começar a falar:
—  Eu sei que não está se sentindo bem, mas precisamos conversar. Não vão demorar. Isso não foi minha culpa.
— Não foi? Oh, sim, foi, garota! Você me levou para trás daqueles arbustos. Eu devia ter imaginado que algo não daria certo.
Queria se livrar logo dela, antes que derretesse diante daquele olhar de menina. — Por que não volta para sua casa e esquece o que houve entre nós? Será mais seguro para todos.
Alfonso virou-se, procurando fugir antes que Anahí o  abalasse emocionalmente. Mas tropeçou no degrau da sala. Anahí correu em seu socorro, mas os dois caíram, ela por cima dele.
— Déjà vu - Alfonso resmungou. —  Vá embora antes que acabe me matando!

Dali em diante, as coisas pioraram. Anahí evitava Alfonso, tanto quanto ele a ela. E ambos pareciam dois ursos enfurecidos.
—  Vai ou não vai querer que Anahí construa seu novo lar? - Christian indagou. — O meu já está pronto do lado de fora, e o de Christopher só precisa do telhado e alguns retoques. Tenho certeza de que ela já pode passar ao outro projeto.
Alfonso resmungou e continuou comendo.
—  Faz algumas semanas que voltou do hospital. Já teve tempo de repensar as coisas. Pare de ser tão teimoso. Não vai prosseguir com sua vida? Por que não esclarece essas coisas? Seria bem melhor para todos.
— Ela foi contratada para ficar durante o verão, mas, se não estiver satisfeito com ela, podemos deixá-la seguir com outros serviços que arranjou na região.  - Christopher recostou-se na cadeira e observou o caçula.
Alfonso levantou-se e serviu-se de mais café, só porque não queria deixar transparecer a dor que era vê-los falarem da partida de Anahí. Sabia que não podia tê-la, mas isso não diminuía a necessidade de vê-la todos os dias. Nem sequer se falavam. Mantinham apenas a civilidade fazia três semanas, desde que voltara do hospital.
Alfonso estava grato por escapar daquele relacionamento. E Anahí parecia sentir o mesmo.
Embora não tivesse tido a intenção de magoá-la, não entendia como Anahí não demonstrava algum tipo de sofrimento. Será que era o único a sofrer? E a dor, seria menor no futuro? Cada dia sem Anahí era pior do que o anterior.
Os vizinhos não se cansavam de adulá-la, fazendo elogios a seu trabalho, a suas habilidades como arquiteta.
Muitos caubóis solteiros da região a admiravam. O ciúme o torturavam, mais que a vontade de esquecê-la.
E ali estava, agarrado ao balcão da cozinha, consumido em seu anseio por Anahí.
Christopher interrompeu-lhe os pensamentos.
— Então? Vai querer que ela construa sua casa, Alfonso?
—  Oh, sim. Já escolhi o modelo e o local da construção.