Fanfic: • Estúpido Cupido. • (Vondy) - Finalizada

Dulce parou em frente a casa e respirou fundo. Mesmo tendo dito para sua amigas, que aquilo era certo e que tudo sairia bem, havia passado o fim de semana todo tentando se convencer de que isso era mesmo o certo.
Não podia voltar atrás agora... Havia um pai em perigo naquele momento, que contava com sua ajuda e Dulce não seria Dulce, se deixasse um pessoa desamparada dessa forma.

Com isso em mente, respirou fundo mais uma vez e colocou a mão na campainha. Quando ia tocá-la, um barulho de coisas caindo dentro da casa à assustou e ela arregalou os olhos.
— Mas o que...?
Agora eram gritos de crianças. Não conseguia entender o que gritavam, mas não precisava ser um gênio, para saber que estavam brigando.
Mais uma vez, se perguntou se aquilo era o certo à se fazer, quando a imagem de uma doce menina, com as mãos na boca lhe veio à mente. Lana...
Deu um sorriso e todas aquelas duvidas sumiram de sua mente. Tocou a campainha sem hesitar e esperou que Christopher à abrisse e que ele estivesse inteiro. Porque pelo barulho do outro lado da porta, tinha lá suas dúvidas...

Se preparava para voltar a tocar a campainha, quando abriram a porta com um puxão rápido.
— Você... Graças a Deus. — Christopher disse, soltando um suspiro de alivio.
Dulce arqueou a sobrancelha, quando viu o estado em que ele estava. Nunca tinha visto algo como aquilo.
Christopher tinha a camisa branca manchada com molho de tomate, havia pedaços de macarrão em seus cabelos e carregava uma Lana não muito diferente dele. Podia jurar que as outras crianças também deveriam estar meio parecidas com os dois.

Lana deu um sorriso luminoso quando viu Dulce e colocou seu brinquedo de volta na boca.
Dulce também sorriu e esticou os braços para a menina, que veio em seu colo com boa vontade.
— Oi, meu amorzinho... O que você andou fazendo com seu pai?
Christopher suspirou outra vez e deu passagem para Dulce entrar.
— Desculpa pela bagunça...
— Imagina... É para isso que estou aqui. Não se esqueça disso...

Ela entrou na casa e fitou tudo à sua volta. Parecia que um tornado havia passado pela sala e se perguntava se o resto da casa estaria do mesmo jeito. Ao que tudo parecia, iria ter mais trabalho do que pensava...
Fitou Christopher passar por ela, com sua mala em mãos e começou a segui-lo.
— Vou mostrar onde fica seu quarto... — ele lhe disse. — Não é muito grande, mas... Pelo menos, está arrumado e é confortável.
Dulce deu um sorriso de lado enquanto subia as escadas, atrás de Christopher.
— Realmente, não me importo com tamanho...
Ok... Aquilo soou com um pouco de duplo sentido, mas Dulce realmente não havia pensado naquilo quando fez tal comentário e esperava que Christopher também não pensasse nisso.
— Que bom... Então você é das minhas. Prefiro algo pequeno, mas que seja confortável.
Ótimo! Ele não havia pensado naquilo.

Não soube bem o porquê, mas seus olhos caíram sobre o traseiro dele, que se movia graciosamente. Os músculos das coxas marcavam a calça com perfeição.
Sentiu uma pequena mão macia tocando em seu rosto e fitou Lana. Mal sabia a menina, que Dulce estava tendo pensamentos pecaminosos sobre seu pai e seus músculos bem definidos...
Sacudiu a cabeça, tirando aquilo da mente e ergueu seus olhos, evitando à todo custo, não olhar novamente para aquela parte do corpo de Christopher.

Ele parou em frente à uma porta e a abriu, enquanto dava um sorriso tímido.
— Bem... É aqui.
Dulce entrou no quarto e o fitou. Era realmente como Christopher havia dito... Pequeno, mas muito confortável. Deu um sorriso e se virou para ele.
— É muito bonito...
Christopher colocou a mala dela no chão, ao lado da cama e encolheu os ombros.
— Não sabia bem o que você gostava, então... Se não gostou de algo: toalha, lençol, o que for... É só me falar que troco tudo.

Ela o fitou com atenção, não acreditando naquilo. Ele realmente havia comprado aquilo tudo para ela?
— Não precisa, Christopher... Está tudo ótimo.
Ele a fitou como se não acreditasse em tais palavras e ia abrir a boca para dizer algo, mas acabou encolhendo os ombros e colocou as mãos dentro dos bolsos da calça.
— Bem, o banheiro fica logo ali. — apontou com a cabeça. — Não é muito grande, mas...
— Não tem problema, Christopher. — disse, sorrindo.

Um barulho ali perto chamou a atenção deles e Dulce podia jurar, que tinha visto Christopher estremecer com aquilo.
— Por que não vai ver o que acontece? — ela sugeriu. — Enquanto isso, vou dar um banho nessa pequena aqui...
— Mas eu não mostrei aonde fica o quarto dela e...
— Sem problemas. A gente dá conta, não é querida?
Como se concordasse com ela, Lana abriu bem os olhos e sorriu.
— Viu só? Agora vai sossegado...
— Sossego... Esqueci o significado disso há cinco anos... — resmungou.

Dulce viu ele sair do quarto e não pôde evitar o sorriso que surgiu em seus lábios. Fitou Lana, que a olhava com atenção.
— Parece que vocês dão trabalho demais para o seu pai, não é anjinho? Vamos ter que mudar isso um pouco... Mas antes... Um bom banho, o que acha?

Comentem...

Beijos.

Autor(a): Sandra

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