Fanfic: • Estúpido Cupido. • (Vondy) - Finalizada

No momento em que Christopher colocou os pés para fora de casa, Dulce se arrependeu profundamente de ter dito que tudo ficaria bem. Já estava exausta de correr atrás daqueles meninos, e não fazia nem trinta minutos que estavam sozinhos.

Estava indo atrás de Thiago, que segurava a mangueira e estava pronto para molhar Aika, quando ouviu um barulho saindo da babá eletrônica que carregava na cintura. Ouvia as risadinhas de Lana, que tinha acabado de acordar e sorriu com aquilo.

— Nem se atreva a fazer isso, Thiago! — ela disse, tirando a mangueira da mão dele.
— Por que não? Quero dar um banho nela!
— Seu pai mandou ela para o pet shop essa semana e ela já tomou banho lá. Cachorro não pode ficar molhando toda hora.
— Por que não? — Thiago perguntou, estreitando os olhos, visivelmente curioso.
— Porque faz mal para eles... e ela é toda peluda, demora mais para secar e não pode tomar tanto banho assim. Entendeu?
Ele mordiscou o lábio e assentiu com a cabeça. Dulce sorriu com aquilo e passou a mão pelos cabelos dele.
— Por que não brinca um pouco com ela, enquanto vou ver sua irmã?
— Está bem.
Ele se virou para Aika e começou a correr atrás dele. Dulce sorriu e voltou para dentro de casa. Quando subia as escadas, Bruno apareceu no topo dela, com algo amarrado em suas costas.

— O que é isso, Bruno?
— Sou um super herói. Essa é minha capa. — sorriu.
— E qual seu super poder?
— Hum... eu destruo as coisas com os olhos.
— Certo, senhor super herói. Mas que tal não explodir nada por enquanto?
— Está bem... mas posso voar?
— Não. Pra sair voando por ai, precisa pagar muito e acho que você não tem todo esse dinheiro.
— É muito dinheiro?
— Muito.
— Meleca! Assim não tem graça ser super herói... não pode explodir as coisas e nem voar...
Dulce riu e se abaixou na altura dele.
— Vai brincar um pouco com seu irmão e a Aika, enquanto vou ver sua irmã.
— Certo. — sorriu e desceu as escadas.

O som da babá eletrônica começava a ficar cada vez mais alto e Dulce se apressou no corredor. Quando abriu a porta do quarto, viu Lana segurando em um pé e com a outra mão na boca. Se aproximou do berço e sorriu para ela, que começou a se agitar ainda mais e soltar pequenas risadinhas.
— Olá, meu anjinho. Dormiu bem?
A menina esticou os braços para Dulce que a pegou no colo e beijou seu rosto.
— Que tal um banho?

Ao ouvir aquela palavra, Lana arregalou os olhos e soltou um gritinho alegre. Dulce riu e foi com ela para o banheiro, começando o banho.
Como sabia que a menina se acalmava quando cantava, Dulce começou a cantarolar.

Escutem Com Essa Música...

http://www.youtube.com/watch?v=GS2RBTomTNc&feature=player_embedded -Cariñito azucarado – Angelica Vale

— Cariñito azucarado, que sabe a bombón. Amorcito consentido de mi corazón... — Ela parou um pouco e deu uma piscada para Lana. — Gosta disso, não é? — Lana juntou as mãos e agitou as pernas na água. Dulce riu e logo voltou a cantar. — Comenzo por un dedito y la mano agarro. Se trepo por un bracito y al labio llego...Y de un beso al estallido de amor adormecido, cambio de pronto el juego en el mas dulce amor...

Quando terminou o banho, passou a enxugar a menina e logo a vestiu com uma jardineira leve, já que fazia muito calor naquele dia.
— Prontinho, meu bem. Está cheirosa e fresquinha.
Pegou ela no colo, voltou para o quarto e a colocou no berço. Arrumou a bagunça no banheiro em pouco tempo e entrou no quarto. Lana sorriu ao vê-la e Dulce a pegou no colo.
— Vamos lá embaixo ver o que seus irmãos estão aprontando.
Ela saiu do quarto com Lana no colo e quando começou a descer as escadas ouviu uma voz feminina ecoar pelo ambiente. Se preocupou com aquilo e apressou o passo.

A mulher estava sentada no sofá, com os meninos ao seu lado. Não sabia quem ela era, mas ao menos, os dois se comportavam na presença dela.
— Olá. — Dulce disse.

A mulher se virou para Dulce e sorriu.
— Olá. — respondeu.
Havia algo de muito familiar naquela mulher...