Fanfic: • Estúpido Cupido. • (Vondy) - Finalizada

Onde está essa mulher?, era o que pensava Christopher pela milésima vez, enquanto olhava pela janela da sala. Já faziam duas horas que ela havia saído e até agora nada.
Deu uma olhada para Lana, que estava no cercadinho que ele havia colocado na sala. Sua filha o fitava com atenção, como se soubesse como ele se sentia naquele momento.
— Onde ela se meteu, meu anjo? Um encontro com um “amigo” não demora tanto, não é?
A menina soltou um grande suspiro, como se realmente entendesse o que Christopher falava. Por um breve momento, ele se esqueceu dela — e o que estaria fazendo com o tal amigo. — e sorriu para a filha.

Ter a consciência de que, enquanto ele andava pela sala se perguntando por Dulce e, que ela poderia estar “fazendo” algo, o deixava completamente maluco. E furioso.
Por que raios tinha deixado ela sair? Por que não tinha inventado alguma desculpa na ultima hora? Por que se sentia daquela forma? Por quê...?
— Porquê, porquê, porquê! Quantas perguntas, Christopher Uckermann...
Perguntas essas, que ele sinceramente, não queria que fossem respondidas. Ao menos, não naquele momento. Se preocuparia com isso em outra hora. Agora, tinha coisas mais importantes na cabeça, como por exemplo: onde está essa mulher?

Um barulho na porta da frente chamou sua atenção e ele se virou para lá, no exato momento em que Dulce a abria e entrava na casa. E olha que beleza...o sorriso estampado no rosto dela o deixou com o coração em frangalhos.
Estranho...por que ficava daquele jeito com...?
Balançando a cabeça, não querendo nem ao menos terminar aquela pergunta, ele a olhou com atenção, tentando descobrir algo.
— Já chegou? — ele iria para o inferno.
Dulce se virou para ele e sorriu.
— Ele tinha que trabalhar e eu não queria deixar você sozinho por muito tempo. Além do que, tenho que ir buscar os meninos na escola.
Christopher deu de ombros, e sorriu.
— Não precisava se preocupar. Podia ficar um pouco mais. — ele iria mesmo para o inferno.
— Vou me lembrar disso na próxima vez. — ela disse, enquanto caminhava até Lana e se inclinava um pouco na direção dela. — Sentiu minha falta, querida? Porque vou confessar: eu senti a sua.

Próxima vez? Como assim, próxima vez?, ele pensou, não gostando nada nada daquilo. Ela realmente pretendia sair com aquele “amigo” outra vez?
E sorte dele, que ela não havia feito aquela pergunta para ele. Porque Lana não poderia falar, mas ele era totalmente diferente e no estado em que estava, era capaz de soltar alguma grande besteira, como: senti sua falta e não quero que saía com ele outra vez!
— E se divertiu? — perguntou, tentando fazer pouco caso daquilo que se passava dentro de si.
— Sim e muito. Fazia muito tempo que a gente não se encontrava.
— Que bom. — colocou um sorriso forçado no rosto. — Fico feliz por isso. — definitivamente, ele iria para o inferno!
Precisando sair dali o mais rápido possível, antes que acabasse fazendo algo de que se arrependesse no futuro, ele foi caminhando até a cozinha.
— Vou pegar algo para beber. Quer alguma coisa?
— Não, muito obrigado.

Ele sumiu dentro da cozinha e se sentiu tentado a esmurrar a primeira coisa que aparecesse na sua frente, qualquer coisa. Mas não poderia fazer aquilo, porque Dulce o ouviria e ele não queria ter que explicar nada. Até porque, não sabia o quê explicar.
Foi até a geladeira e pegou uma garrafa de algo que há muito tempo ele não bebia, mas que deixava sempre ali para os amigos: cerveja. Usando um abridor, retirou a tampa e levou a garrafa aos lábios. O primeiro gole quase fez com que ele cuspisse tudo na pia.
Nunca havia gostado muito de cerveja e agora se lembrava o porquê disso. O gosto era insuportável e não era capaz de agüentar uma lata ou garrafa.

Decidido a jogar a garrafa fora, — porque preferia ter que bater com a cabeça na parede, a ter que tomar aquilo outra vez. — ele foi até a pia. Não soube bem o que aconteceu naqueles poucos segundos, mas a garrafa acabou escapando de sua mão e em uma tentativa de não deixá-la cair, esticou as mãos no mesmo momento em que ela batia contra o mármore da pia, cortando suas mãos.
O grito de dor que saiu de seus lábios só não foi pior do que a visão de ter suas mãos ensangüentadas e a ultima coisa que viu, foi a escuridão se aproximando e ele se aprofundando nela cada vez mais e mais.

Comentem...

Beijos.