Fanfic: • Estúpido Cupido. • (Vondy) - Finalizada

― Não sei por onde começar... ― Christopher murmurou, ao entrar no saguão do aeroporto e olhar ao redor. O lugar estava abarrotado de gente e não era capaz de encontrar nenhum dos três.
― Disseram que mandariam algum policial do aeroporto verificar o local. ― Alfonso disse, também olhando ao redor.
― E se eles já foram embora, Alfonso? E se fomos estúpidos o suficiente para não descobrir há tempo o que estava em baixo de nosso nariz?
― Ficar nervoso não vai ajudar, Christopher. ― o censurou com cuidado. ― Não sou nem capaz de imaginar o que você está sentindo no momento, mas, mantenha a calma.
― Eu sei, mas...
― Christopher Uckermann?
Ao ouvir seu nome, Christopher virou-se para o homem que o chamou e estreitou os olhos. Não sabia porquê, mas tinha a leve impressão de que o conhecia de algum lugar, só não conseguia lembrar de onde.
― Sim?
― Joe Manganiello. ― ele se apresentou, esticando sua mão na direção de Christopher. ― Sou amigo de Dulce.
― Sim, claro. ― aceitou o cumprimento. ― Lembro de você no casamento. Eu só... me desculpe, mas estamos meio ocupados no momento e...
― Eu sei. A Roberta me ligou avisando o que acontecia e vim dar uma ajuda. ― Joe pegou algo no bolso de sua jaqueta e mostrou para Christopher. ― Polícia Federal.

Ao se dar conta da ajuda de Joe, Christopher conseguiu respirar um pouco mais aliviado.
― Estou em um caso há meses e, se for como penso, o sumiço de seus filhos está no meio disso tudo. ― Joe disse, guardando o distintivo.
― Como assim? ― Alfonso perguntou.
― Um ano atrás ― ele começou, caminhando e fazendo os dois o seguir. ―, um casal de gêmeos foi raptado de Puebla. Como ninguém pediu por resgate e as crianças eram novas demais para saírem por ai sem mais nem menos, começamos a desconfiar do que poderia ser.

― O quê...? ― Christopher indagou, sentindo seu estomago revirar com a resposta que teria.
― Tráfico internacional infantil. ― Joe foi direto. ― Encontramos as crianças dois meses depois na Espanha, e prendemos o casal suspeito. Mas não acabou por ai. Um mês depois da prisão, mais dois gêmeos sumiram e na semana seguinte, outro casal de gêmeos. Todos com menos de sete anos.
― Meu Deus...
― Ainda não sabemos com exatidão porque escolhem os gêmeos, mas temos uma leve suspeita.
― E qual é?

Joe parou de andar e fitou Christopher com atenção. Sabendo que ele deveria estar desesperado pelos filhos, desconfiava que saber o motivo daquilo não ajudaria em nada.
― Acredite: é melhor não saber!
― Mas...
― Não se preocupe, vamos encontrá-los. Se não for aqui, será no país para onde os levarem. Mas prefiro que seja aqui, sabe como é: burocracia demais se for em outro país e acho que vocês não gostariam de esperar muito tempo.
― Espero colocar esses meninos na cama ainda hoje.
― E se depender de mim, colocará! ― Joe afirmou com um movimento de cabeça. ― Dois meses atrás, recebemos uma pista de que um casal estava levando crianças para fora.
― E por que não fizeram nada?
― Porque esperamos eles agirem para serem pegos no flagra. Conseguimos recuperar todas as crianças, pois temos polícias de outros países envolvidos no caso e cooperando conosco. Só não os colocamos atrás das grades ainda, porque eles vêm se mostrando espertos demais até o momento. ― ele parou em frente à uma porta e a abriu. ― Podem entrar. ― deu passagem para os dois e entrou em seguida.
Christopher olhou para toda aquela gente dentro da sala repleta de câmeras de segurança, não sabendo realmente o que pensar. Seus filhos estavam em algum canto daquele aeroporto, junto com a louca da “mãe” e a única coisa que Christopher queria fazer, era colocar suas mãos em seus filhos e abraçá-los.

― Encontraram algo? ― Joe perguntou para um dos policiais em frente à um monitor.
― Sim, chefe. Os achamos no portão de embarque vinte e três.
― Graças à Deus... ― Christopher murmurou, fechando os olhos.
― Eu disse que o encontraríamos, não disse? ― Joe sorriu e se inclinou na direção do monitor. ― Eu sabia que esse cara estaria envolvido nisso tudo! ― ele apontou para Stefan, que continuava a segurar a mão de Emily. ― Faz anos que estou atrás dele.
― E então? ― Christopher indagou, olhando para Joe, que ergueu seus olhos para ele e o fitou. ― O que vão fazer?
― Não se preocupe. Uma unidade está sendo mandada para lá nesse exato minuto e eles não irão embarcar. ― Joe respondeu, se endireitando e indo até a porta. ― Quer dizer, vão. Mas terão uma pequena surpresa. ― parou e olhou para os dois. ― Vocês não vêm?