Fanfic: A Granfina e o Caipira | Tema: Luan Santana

Preparem-se,
o capítulo está tenso! kkk

Aproveitem!

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– Senhoras e senhores, recebam Anita Tunice e Murilo Requeno – o locutor da premiação anunciou quando entramos no palco.

O público aplaudiu enquanto nós caminhávamos até o local onde estava posicionado o microfone.

– Boa noite. Estamos aqui hoje para apresentar o prêmio “Revelação do Ano” - O Murilo começou a falar o texto que ensaiamos.

– E também para agradecer por todo o carinho que recebemos. O filme que gravamos no ano passado, “ A Granfina e o Caipira” foi recorde de público nos cinemas e lidera as vendas de DVDs em todo o país – Continuei.

– Mas Anita, já que estamos aqui para apresentar este prêmio, por que a gente não aproveita para também fazer uma revelação?

– Pois é... Acho que seria uma boa! E aí pessoal, preparados? – Falei, tentando usar o meu tom mais empolgado.

– Então aí vai... – Nesse momento começou a passar no telão um vídeo com cenas do primeiro filme. Enquanto as imagens passavam o locutor do filme falava que quem sentiu saudades da Babi e do João, a minha personagem e do Murilo, já poderia comemorar, pois o filme teria uma continuação.

O público aplaudiu muito. Sorri, pelo menos alguma coisa naquela noite estava dando certo.

– E agora vamos aos indicados da categoria – Falei depois que a plateia sossegou um pouco.

Outro pequeno vídeo começou a passar no telão. Dessa vez com os concorrentes da categoria. Aproveitei que ninguém estava me filmando naquele momento para fechar os olhos e respirar fundo. Depois olhei para a plateia. Com o meu nervosismo eu nem tinha percebido que o Luan estava sentado na primeira fileira, praticamente de frente para onde eu estava naquele momento. Ele olhou para mim com uma expressão preocupada. Disfarçadamente ele fez um sinal de positivo com dedos, questionando se eu estava bem. Assenti com a cabeça. Ele não me pareceu satisfeito com a resposta, mas aquele não era o momento para a gente discutir aquilo.

Quando o vídeo terminou, o Murilo anunciou os vencedores. Eu nem prestei atenção, tudo o que eu queria era sair dali. Só percebi que uma daquelas bandas coloridas estava comemorando na plateia.

Prêmio entregue, anúncio do filme feito, finalmente estávamos liberados daquela chatice toda. Agora era hora de colocar tudo “em pratos limpos”.

– Murilo, preciso falar com você.

– Agora não gatona, quero terminar de assistir a premiação.

– Agora sim senhor – O peguei pelo braço e saí puxando ele pelo corredor. Achei um banheiro feminino vazio, entrei e o empurrei para dentro também. Depois tranquei a porta. Dessa vez ele não fugiria...

– Murilo, qual é a sua? Você me evitou depois que terminamos de gravar Malhação, se recusou a participar de eventos comigo, não atendeu as minhas ligações, saiu “pegando geral” por aí...

– Tá, tudo bem, tudo bem... Eu realmente fui um bobo. Mas você não fica muito atrás, né? Me dispensou naquela entrevista, e agora tá aí toda de “love” com o Luan Santana...

– Foi você que me fez agir assim. Me ignorou e depois mandou aqueles e-mails sem noção. Você achava, o quê? Que eu ia ficar correndo atrás de você para sempre?

– Eu já disse que não mandei e-mail nenhum... Mas tudo bem, eu assumo que vacilei. É que... eu fiquei inseguro depois que a gente terminou de gravar Malhação. Fiquei com medo de ficar sem emprego, essas coisas... Aí a Lú assumiu como a minha empresária, e achou que a minha imagem pessoal estava muito atrelada a tua, e por isso eu nunca conseguiria outros trabalhos que não fossem com você. Então ela sugeriu que eu me afastasse um pouco e me promovesse sozinho...

– Brilhante ideia! Você até pode se “promover” sozinho, mas precisava não atender as ligações, não responder as mensagens? Precisava ser grosso no e-mail? Precisava me dar o fora? – Eu não agüentei, perdi a linha.

– Any, eu não te dei o fora. Eu sei que fui um idiota em não conversar com você, em querer me virar sozinho, mas eu me arrependi depois. Só que aí já era tarde... Você já estava gravando aquele “reality”, e já estava com raiva de mim. Depois você viajou para Los Angeles, e eu perdi completamente o contato com você.

– Não me deu o fora? NÃO ME DEU O FORA? – Eu fiquei descontrolada – E o que você escreveu naqueles e-mails não conta?

– Any, eu já disse. Eu não escrevi nada para você. Meus e-mails foram hackeados. A Lú me disse que pediu para um técnico em informática excluir as contas. Agora eu só tenho o twitter...

– Murilo, você é um idiota – Fazia muito tempo que eu queria falar aquilo. Tava na cara que foi a empresária dele quem tinha enviado os e-mails.

– Qual é, Anita? Pra você é fácil falar... Sempre foi rica, mimada, sempre teve um monte de gente ao seu redor para cuidar de você. Fez teatro, fala inglês, espanhol e francês, teve os melhores professores, já morou no exterior... – o tom que ele falava era uma mistura de raiva com amargura – Tenta ser de uma família pobre, que sempre teve que batalhar para conseguir as coisas. Tenta ter uma família para sustentar... Você também ficaria com medo, insegura. É fácil me julgar quando tudo é fácil para você.

– Escuta aqui seu “candidato a galã global”, tudo o que eu tenho foi conquistado com muito esforço. Eu trabalhei duro para construir minha carreira. Ralei no teatro, aceitei fazer filme sem ganhar cachê. Se hoje eu tenho um pouco de sucesso, foi porque eu me esforcei. – Eu falava rápida e descontroladamente. Será que se eu  o matasse naquele momento eu seria condenada a muitos anos de prisão?

Alguém bateu na porta do banheiro. Fiquei apreensiva, porque dependendo de quem fosse, a situação poderia ficar muito complicada. Seria difícil explicar o que nós dois estávamos fazendo trancados em um banheiro, não acham?

O Murilo foi ver quem era. Pedi que ele tivesse cuidado ao abrir. Mas no final das contas, eram apenas a Rafa, o Caio e a tal Lú. A Rafa olhava para ela com uma expressão assassina. Pelo jeito minha cunhada também não tinha ido com a cara dela.

– Ei Murilo, você se esqueceu do que combinamos? A premiação já está quase acabando e você está aqui, trancado no banheiro com essa pirralha? – A simpática e educada Lú chamou a atenção do Murilo.

– Any, está tudo bem? – A Rafa veio ao meu encontro e me abraçou – Aguenta firme que a noite tá só começando. – Ela sussurrou no meu ouvido. – Vem, eu preciso retocar a sua maquiagem. – Ela me puxou para a frente do espelho.

– Como vocês descobriram que nós estávamos aqui? – Perguntei.

– Um dos assistentes de palco viu vocês entrando. Aí, a senhora empresária do Murilo Requeno resolveu que precisava encontrar o querido pupilo dela de qualquer jeito, e colocou todos os seguranças da festa para procurar vocês. – A Rafa fez uma careta ao terminar de falar.

– Any, eu preciso conversar com você – O Caio se aproximou de nós. – A empresária do Murilo convocou uma “mini-coletiva de imprensa” para vocês dois falarem do lançamento do filme. Assim que terminar a festa vocês devem encontrar os repórteres na saída do teatro. – Ele estava muito sério – Cuidado! Essa mulher é meio louca. Ela está jogando muito baixo. Eu preciso que você preste muita atenção nessa entrevista. Seja cordial, simpática, responda as perguntas, mas não dá mole pro Murilo... Se ele quiser se aproveitar dessa situação, você dá um jeito de cortá-lo, ok?

– Deixa comigo maninho!

***

Todos nós saímos do banheiro juntos. Com certeza seria uma cena engraçada se eu não estive a ponto de matar o Murilo com as minhas próprias mãos.

A premiação já estava quase acabando, e eu já tinha perdido o melhor da noite, ou seja, o Luan recebendo o prêmio de cantor do ano. Pior do que estava não poderia ficar, pensei comigo.

– Para que aproveitar a festa se podemos passar a noite trabalhando, não é mesmo? – A única pessoa mais furiosa do que eu naquele lugar era a Rafa. Ela já estava a ponto de explodir.

Chegamos até o local combinado. Alguns repórteres e fotógrafos já estavam posicionados. Eles formaram uma espécie de “rodinha” ao nosso redor. Atrás de nós estava a porta de entrada do teatro.

O Murilo parou ao meu lado e falou baixo, somente para eu escutar – Me desculpe por tudo.

Fala sério, era muita cara de pau! Fingi que não escutei e comecei a prestar a atenção nos repórteres. Um deles já fazia uma pergunta.

***

Quase uma hora depois e eu ainda estava ali, respondendo perguntas de repórteres. Fiz sinal para o Caio várias vezes para que ele me tirasse dali, mas todas as vezes que ele tentava intervir a tal Lú dizia “Só mais uma pergunta”, e não me deixava ir embora.

Eu me perguntava da onde saiam tantas questões da mente daqueles repórteres, quando, de repente, olho para lado e vejo a Rafa desmaiada. Foi um alvoroço só. O grupo de reporteres começou a chamar os seguranças, médicos, o pessoal da organização... Foi uma verdadeira bagunça.

Meu irmão correu para ajudá-la ,e eu corri para ajudá-lo. Quando nos aproximamos, ela abriu apenas um olho e piscou para nós. O Caio entendeu o recado e mais do que rápido se levantou para falar com todos que estavam ao nosso redor.

– Gente, me perdoem, mas precisamos prestar socorro para a minha noiva. Acho que a Anita já respondeu todas as questões, não é? Então boa noite e muito obrigada!

Meio sem jeito nós dois levantamos a Rafa que fingia se recuperar de um súbito mal-estar. Ela se apoiou no meu irmão e tratamos de dar um jeito de fugir dali.

– Rafa, você é demais – Exclamei quando finalmente ficamos sozinhos.

– Todo mundo precisa ter um momento “Lady Gaga” na vida! – Ela ria sem parar da "ceninha" que tinha feito.

– Nossa, eu me assustei de verdade – O meu irmão falou.

– Oh.. que bonitinho! – Brinquei – Mas agora a gente pode ir para a festa, por favor?

– Claro, senhorita. Vamos agora mesmo. Afinal, alguém aqui precisa se encontrar com o Luan, não é? – O Caio respondeu me zuando.

Fingi que não ouvi. Afinal, eu realmente queria ir encontrar o Luan.

***

Andei por todos os cantos da festa e nada do Luan. Eu sabia que não adiantaria ligar. Certamente ele estava sem o celular. O jeito era procurar e contar com a sorte.

O lugar estava lotado de gente. Procurei por uns vinte minutos até voltar ao lugar onde o Caio e a Rafa estavam, próximos a saída do salão.

– Nada? – A Rafa perguntou.

– Nada. – Respondi desanimada.

– E o pior é que o Marcão não atende o celular. Eu já tentei ligar para saber se eles ainda estão por aqui – Meu irmão falou.

Me sentei na mesa junto com eles e me servi com uma taça de champagne que um dos garçons que passava por ali me ofereceu. Eu olhava pela festa tentando achar uma maneira de encontrar o Luan no meio de tanta gente. Quando olhei para a porta de saída da festa não acreditei.

O Luan estava indo embora, acompanhado do Marcão, de uns três seguranças e de mãos dadas com uma morena muito “meia boca”. Derrubei a taça no chão de tão chocada que fiquei. Forcei a vista para ter certeza do que estava vendo. Infelizmente aquela história de miragem só acontecia nos desenhos animados. Aquela cena era real.

Me levantei e corri atrás dele. Nem me importei com as pessoas que me olhavam surpresas. Tentei alcançá-lo, mas quando cheguei do lado de fora já era tarde. Ele já tinha entrado no carro para ir embora.

Fiquei ali, parada na calçada do salão onde a festa estava acontecendo sem saber o que fazer. Primeiro aquele idiota do Murilo se aproveitando de mim para se promover, e agora o Luan? Eu não conseguia acreditar naquilo, não poderia ser possível...

De repente um carro parou ao meu lado.

– Precisando de um táxi, moça? – Era um desses motoristas boa gente que sempre querem ser prestativos.

Sem pensar entrei no veículo.

– Para onde moça? – ele quis saber

– Para qualquer lugar – Respondi.

O taxista deu partida. Coincidência ou não, no rádio tocava “Sinais”. Não agüentei, e comecei a chorar sem parar.

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Tô achando que a Anita precisa se benzer. Quanto azar!
E o que acharam da D.R. entre ela e o Murilo?
Ah, e um aviso para as Luanitas: Não se esqueçam que depois da tempestade sempre vem um lindo dia de sol.
E a previsão é boa para os próximos capítulos!
xD
Beijos!

Recados para as leitoras:

Seja bem vinda Rafaelinha. Continue comentando o que achou do capítulo, ok? Espero que goste do capítulo!

E onde foram parar as minhas outras leitoras? Não me abandonem, gurias!

P.S: Quem resolver acompanhar a história pelo Nyah, por favor, tente se cadastrar no site para poder comentar os capítulos. A cada comentário que recebo, mais motivada eu fico para continuar escrevendo. Sem contar que para mim é muito importante saber a opinião de vocês!

É isso,

Beijão, volto no domingo!