Fanfic: Mar da Vida

No quiosque, Brenda é avisada sobre o problema com seu avô.

- Meu avô?! Vou para o hospital agora! – diz Brenda, assustada.

- Eu também vou com você! – diz Guto

- Não Guto, dona Matilde pediu para que você tomasse conta do restaurante! – diz Alice

- E a Rúbia? – pergunta Brenda. – Ela já sabe?

- Não sei, sua avó pediu pra mim avisá-la, mas não a encontrei. – diz Alice

- Tudo bem, eu ligo pra ela... Vamos! – diz Brenda.

            As garotas saem em direção ao hospital, enquanto Guto vai para o restaurante.

            Brenda, a caminho do hospital, liga para Rúbia. Mas Rúbia, no projeto ambiental, desliga o celular para não ser incomodada, já que queria ficar mais a vontade e curtir bastante o tempo com César.

            No centro da cidade, na sede administrativa da empresa Best Fish, seu diretor presidente Alberto encerra a reunião com representantes paraguaios para a exportação de peixe.

- Muito bom tio. Será um ótimo negócio. – diz Felipe, cumprimentando Alberto.

- Obrigado Felipe. Sabe sobrinho, que eu também acho que será um ótimo negócio? (risos)... Pena que o César não se interesse por isso, por essa maravilha que é o mundo dos negócios, dos lucros... Ele prefere natureza, mar, biologia... - diz Alberto, cabisbaixo.

- Tio, o César sempre foi assim... Dificilmente mudará aquele jeitinho... Nos negócios devemos ser espertos. E esperteza não combina muito com o César...

- Ainda bem que eu tenho você aqui Felipe, para me ajudar na direção desta empresa. Sem você... Bem, vamos almoçar?

- Hoje restaurante português!

- Certo, você que escolhe!

            Alberto e Felipe saem para almoçar.

            No hospital, Brenda encontra Matilde na sala de espera, que lhe abraça. Brenda chora abraçada na avó. Alice também a consola.

            Enquanto isso, no projeto ambiental, Rúbia vê a hora e constata que já demorou demais.

- Nossa! O tempo passa rápido! Tenho que ir... – diz Rúbia

- Tudo bem, mas quando quiser voltar, fique a vontade...

- Com certeza eu voltarei.. Você é uma companhia agradável César. Um rapaz muito interessante...

- Você também é uma ótima companhia Rúbia.

- Então tá, te vejo ainda.. – diz Rúbia, que logo após dá um beijo na boca de César e sai.

            No restaurante português, no meio do almoço, o telefone de Felipe toca. Ele vê a ligação e inventa uma desculpa para sair. Alberto entende e Felipe sai com o carro. Após um tempo, ele chega na rodovia e entra numa rua lateral, que dá em um terreno abandonado, onde há um casebre. Felipe sai do carro e entra no casebre.

No casebre, Felipe encontra Sérgio:

- Você novamente a infernizar a minha vida?! – diz Felipe

- Desculpa, mas eu estou precisando de ajuda... – diz Sérgio.

- Você sabe que eu estava num almoço com o Alberto e que ele poderia tentar saber quem estava me ligando? Querer saber pra onde eu iria no meio do almoço?! Se eu não fosse tão bom em mentir e se ele não fosse às vezes tão idiota, ele iria descobrir que eu viria aqui. E aí, estaria tudo acabo! - diz Felipe, irritado.

- Desculpa! Eu não sabia...

- Você nunca sabe nada! Nada! Não soube nem fazer um trabalho descente naquela empresa! Eu que tenho que fazer tudo! E eu já te avisei pra não ficar me procurando!!! Eu! Eu é que venho aqui, eu é que ligo! Entendeu?

- Sim meu filho, eu entendi...

- Não me chama de filho! Eu não sou seu filho! Não tenho pai fracassado, vivendo num casebre abandonado... Você já pensou se o dono desse casebre resolve aparecer aqui, do nada? Pra onde você iria?

- Não sei, não sei...

- Você não sabe? Você não sab,e senhor Sérgio? Pra rua!!! Porque mesmo sendo pobre, eu duvido que o dono desse casebre queira dividir o teto com um miserável como você! Você é imundo, é desajeitado... Me causa náuseas!... Olha só, eu já perdi tempo demais aqui... (diz Felipe, debochando de Sérgio)

             Felipe tira uma nota de 10 reais e mais umas moedas da carteira e entrega para Sérgio.

 - Só isso? – pergunta Sergio.

- Ainda está reclamando?! Eu deveria é não te dar nada! Mal agradecido! Faça bom proveito disso e não me procura! Quando eu puder e também quiser, deixa que eu apareço, entendeu? É pagar os pecados vir aqui, mas como eu sou um rapaz muito bonzinho, eu faço esse sacrifício.

- Por que você é assim Felipe? Por que você é assim com seu pai?

- Pára! Eu não tenho pai assim, vivendo num lixo de casa! Você não é meu pai, já falei! E não me chama de filho! Droga, eu já falei! Vou embora, você me dá nojo!