Fanfics Brasil - 08 - Caça aos Anéis - Parte II Jasmim

Fanfic: Jasmim | Tema: Magia, Terra Contemporânea, Ases


Capítulo: 08 - Caça aos Anéis - Parte II

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Jasmim avalia os anéis; a dona avalia Jasmim. É desconfortável comprar desse jeito. Um misto de desconfiança e curiosidade permanece claramente expresso nos olhos de Anastasia, a dona da loja, sentada diante de Jasmim como um lobo à espreita de um animal desconhecido, ainda na dúvida se é uma presa fácil.


Jasmim não imaginou que houvesse tantos anéis aqui. Onze caixas! Tudo bem que alguns anéis estão quebrados, mas ora, têm valor histórico! Jasmim já vai na oitava caixa, olhando os anéis à procura daqueles do sonho insistente.


- Ora, ainda não achou o que queria?


Não há resposta.


- Não gostou desse dourado? Deve ficar bem em você, combina com seus cabelos.


- Não. - Jasmim responde enquanto fecha a caixa e parte para a nona.


- E esse de prata? Pertenceu à Anastasia Beskov Fernández, há dois séculos. E combina com tudo!


- Eu que sei com o que devo combinar.


Anastasia a encara surpresa e com um pouco de raiva. De repente, como obra de magia, sua expressão muda completamente.


- Senhorita Arsoyevna... O que quer afinal? A senhorita não tem cara de quem se importa com anéis. Aposto que nem tem anéis na sua loja. O que faz você vir até aqui me fazer perder tempo?


Jasmim fecha a caixa e levanta o rosto lentamente, cobrindo Anastasia com um olhar sério e penetrante. Um olhar sem medo, de quem não se abalou nem um pouco com a provocação.


O tempo passa com as duas na mesma posição. Aos poucos Anastasia percebe que não tem forças. Surpresa com a reação, engole seco ao perceber que o lobo é a presa.


Jasmim abre a décima caixa e procura. No começo demorava mais, alguns anéis chamavam sua atenção. Não provou nenhum, afinal seus sonhos lhe mostraram uma mensagem que para ela era clara: anéis desconhecidos explodindo ou entrando em combustão.


Décima primeira caixa, enfim a última. Esta tem menos anéis que as outras, mas tem alguns colares e broches misturados. A mão de Jasmim passeia pela caixa, afastando as joias na tentativa de ver todas. Enfim, fecha a caixa, empilha sobre as outras, pega a caixa que ela mesma trouxera, já que guarda sua arma - muito maior que as onze - e se levanta.


Até pensa em agradecer, mas ao lembrar das palavras da mulher, simplesmente a cumprimenta. De um jeito tão frio que sai quase como uma ameaça. Então vai embora, deixando os três comentando mortos de raiva.


"Espero nunca precisar vir aqui de novo."


Jasmim desce do táxi diante de mais uma loja. Uma loja de joias


- Vocês têm anéis de cobre?


- Pois não, senhorita. - a esbelta atendente de cabelos curtos e nariz empinado, antes de se virar. - Por aqui, por favor.


Vários anéis... Nem tantos assim, na verdade. Uns vinte, todos na vitrine, mas...


- Vocês não têm algum antigo?


- Perdão, antigo? Como a senhorita está procurando? Com cristais? Com...


- Isso não importa. - Jasmim a interrompe. - De cobre e antigo.


- Olha, acho que não temos.


- Achei! - Uma voz masculina vem de lá de fora. Jasmim se vira e vê o enfermeiro de outro dia. - Finalmente achei você! Lembra de mim, Jasmim? Sou Pietro, a gente se conheceu semana passada, lembra? Nossa, deu trabalho achar sua loja!


- Minha loja?!


- Não é aqui?


- Obrigada. - Jasmim fala para a vendedora, que mal consegue disfarçar o riso, indo para a porta em seguida.


- Ei, me espera! Aqui não é sua loja?


- É do outro lado da cidade.


- Ih, não brinca... Por isso eu não achava!


- ...


- Ei, eu te levo lá! Vamos! Estou de carro.


- Não, obrigada.


- Por favor!


- Não.


- Vá, por que não?


- Porque você é um idiota.


- Ah, e o que é que tem?


Jasmim ergue as sobrancelhas em resposta.


- Tá, eu perdi! Não sei dar respostas assim rápido! Você é boa nisso, hein! Vamos, é sério, eu te levo. É caminho.


- Está bem, está bem... Só se prometer duas coisas.


- O quê?


- Cala a boca e me deixa em paz.


- Claro! Minha boca é um túmulo!


Os dois entram no carro laranja e Pietro dá a partida.


- Sabe? Não entendo porque dizem que a boca é um túmulo. Não tem coisa escrita no túmulo? Então... E essa caixa? Você não larga dela, né? É como se fosse uma parte de você já. Acho que se você se separasse dela e blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá...



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Autor(a): Bardo

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Olhos fechados procurando paz. Qualquer coisa que proteja daquela voz irritante do seu lado. "Tenho uma tia que é arquiteta, você deve conhecer, ela..." Sua paciência está no limite. "...muito engraçado porque tropeçou bem na hora que..." Já chega. Jasmim abre os olhos. - O que é aquilo? - Pietro para seu carro cor de la ...


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