Fanfic: O NÃO amor da minha vida

- É! Só amigos... – O encarei com meu olhar de ódio, ele me deixou na vontade!
- ok... – desviou o olhar e logo em seguida tornou a me encarar – Não dá.
- Não dá o que? – perguntei confusa.
- Não dá pra resistir a isso... – Eu ia perguntar: “Isso o que?”. Mas com o beijão que ele me deu eu já soube a resposta da pergunta que eu nem tinha feito. O que era aquilo? Não éramos só amigos? Então porque era tão bom beijá-lo? – Talvez amigos devessem ficar de vez em quando... – falou durante uns selinhos que me dava levemente.
- Ok, eu aceito sua amizade-colorida – foi à última coisa dita depois de mais um beijo.
- Sem querer atrapalhar mais... Se vocês forem pegos se beijando na detenção não vai dar certo – Dai se sentou – Mas vocês ficam tão bonitinhos juntos...

 Deu vontade de matar a Dai, ela sabe que não pode me deixar com vergonha, porque fico vermelha, meus olhos se enchem de lágrimas, minha voz afina e fico rindo que nem uma hiena. Botei a mão no rosto em uma tentativa totalmente fail de fazer com que ele não me visse dessa forma.

- Ju, ficou com vergonha amiga? – Ela tinha mesmo que piorar as coisas né...
- Não amiga, deu um negócio no meu rosto... Sei lá – minha voz fina e meu riso de hiena acabaram com a frase que eu tinha dito.
- Sem problema... É engraçado te ver assim, sem saber o que dizer, toda tímida... – Aquele idiota estava rindo da minha cara, isso não era nada engraçado.
- Quem tá tímida? Sai dessa Bernardo! – revirei os olhos – idiota!
- O idiota que acabou de te beijar... – cruzou os braços.
- Vai jogar na cara agora? Mas é muito idiota mesmo, depois eu sou a criança – levantei e comecei a catar minhas coisas – Quer saber? Vou sentar lá na frente e não quero que você venha atrás de mim, você... Você é um idiota.
- E o que mais? Já sei, sou um idiota! – debochou – Crianças...
- Idiotas... – Sai andando e sentei lá na frente.

 Depois de uns 10 minutos a Dai foi lá pra frente e logo em seguida o barrigudo do professor chegou, ficou lá explicando coisas que eu nem queria saber tanto que o ignorei e dormi. Quando acordei a aula já estava acabando e a sala estava cheia de atrasados. Logo o sinal bateu e eu finalmente estava saindo do colégio.
- Você é engraçada – Bernardo pegou no meu braço -. Fica braba por qualquer coisa...
- O problema é meu – soltei o braço.
- Mas eu gosto disso em você. Acho legal discutir com crianças, elas não tem argumentos e falam coisas que fica mais fácil responder... – sorriu torto.
- Olha, eu não vou ficar aqui te ouvindo falar mal de mim – sai andando.
- Mas isso é bom – elevou o tom da voz o que me fez parar -... Ou pelo menos pra mim é. Eu gosto desse seu jeito infantil. O que estou querendo dizer é que um idiota feito eu, só podia mesmo querer uma criança como você.

 Virei-me com um mega sorriso no rosto, dava vontade de sair correndo e dar aquele pulo em cima dele tipo de filmes, mas não, eu o vi lá com o maldito sorriso torto e aquele olhar encantador e eu não tive coragem de ir até ele... Então me virei novamente e sai andando devagar porque o que ele tinha dito mexeu muito comigo. Respirei fundo e quando ia acelerar o passo:

- Tu achou mesmo que eu ia te deixar ir embora assim? – me envolveu e sussurrou no meu ouvido.
- Eu achei – me virei de frente para ele e o abracei impulsivamente sentindo aquele cheiro de perfume masculino perfeito.
- Só vou te falar uma vez. É bom você passar a confiar em mim e pode ter certeza que eu sempre vou estar do seu lado minha criança. – deu um beijo na minha cabeça.
- Será que eu devo confiar em um idiota como você? – me soltei do abraço e o encarei.
- Eu confio em uma criança porque você não confia em um idiota? – sorriu.
- É verdade. Então eu confio em você seu idiota! Mas, eu tenho que ir... – entortei a boca.
- Se não fosse essa merda de colégio eu teria te beijado, mas fazer o que né? – me deu um beijo na testa.
- Tchau idiota! – sai andando.
- Tchau criança.

 Não sei por que mais eu me sentia tão feliz. Não me sentia daquele jeito fazia anos, bom na verdade, nem sabia se já tinha me sentido daquela forma alguma vez. Eu era fria, muito fria. Um dia apagaram meu brilho e eu tinha permitido isso, eu achava que seria legal se tivesse um namorado, mas podiam até me achar legal só que comigo, não estava nada legal. E agora, eu me sentia bem, o brilho talvez estivesse começando a se acender novamente e parecia que se mesmo que um milhão de coisas ruins aparecesse na minha frente agora meu brilho ia acabar com todas elas sem dar a menor importância.
 Fui para casa completamente ALONE, a Dai foi embora com o Jean e eu fiquei pra ir sozinha mesmo. Cheguei em casa feliz, tomei meu banho e ia partir pro face, mas... Tinha uma pessoa usando a minha internet.

- Saaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai! – Dei um grito para o Kauã.
- Amiga quando ver isso me liga preciso muito falar com você. Acho que o Renato vai me pedir em casamento, MEDO! – falou em uma tentativa de imitar minha voz lendo meus registros de conversa!
- Caraca Kauã, cresce velho... Parece um bebezão, vai lá contar pra minha mãe tudo o que leu agora. Seu escroto te odeio! – me joguei na cama.
- To brincando priminha, não precisa ficar assim... – sorriu – mas me conta, terminou?
- É terminei! – fiz cara de tédio.
- E como tu tá com isso? – se mostrou preocupado.
- Ué, quer dar uma de meu amigo agora? – me sentei e cruzei os braços.
- Não po, só quero te provar que não sou mais o mesmo. Quero te propor uma trégua – estendeu a mão – Trégua?
- Tá – Apertei a mão dele.
- Desculpa por tudo o que eu te fiz, eu era um idiota, ainda sou mas... – parei de escutar o que ele tava falando pensando no IDIOTA – Ei, tá me ouvindo?
- To sim, te desculpo e me desculpa também – sorri.
- Ok. Tu tem alguma amiga bonita, solteira? – me encarou.
- Ué não deu tempo de olhar o perfil de todas do meu face? – o encarei.
- Não eu tava ocupado... – fitou o chão.
- Fazendo? – Continuei olhando para ele.
- Olhando o seu perfil... – tornou a me encarar.
- E achou o que estava procurando? – continuei encarando.
- Não... Mas... – se aproximou com a cadeira – Estou quase achando... – Começou a aproximar o rosto do meu e sei lá porque eu também comecei a aproximar o meu do dele. Sério que íamos nós beijar?

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    Ela vai beijar o priminho? omg` .

Só irão saber segunda amores (:

Beijs.