Fanfic: O NÃO amor da minha vida

 Havia sido enviada as 08h31min da manhã e já eram 11h23min, ele não me disse aonde ia e eu sabia que a partir dai ele não ia me procurar por um ano e eu ligava muito pra isso, mas como eu não queria fazê-lo sofrer eu preferi excluí-lo da minha vida por um ano. Eu sabia que dessa forma ele ia me esquecer mais fácil, não me esquecer, esquecer o mal que eu o fiz.
 Essa quinta-feira era um novo começo para minha vida e o ano mal tinha começado, eu tinha mais é que aproveitar, me arrumei para o colégio, almocei e lá fui eu para mais um dia de guerra.
 Por mais que eu quisesse aproveitar eu estava triste e não conseguia esconder, a Dai até que tentou me animar, mas desistiu, pois ela não podia fazer nada por mim. No intervalo sentei no banco e deitei o rosto no braço. A Dai pelo menos ficou com o Jean no intervalo, porque no momento eu não conseguia ser uma boa amiga e ouvir tudo o que ela tinha pra dizer.

- O que houve? – Bernardo sentou ao meu lado.
- Ela não quer papo! Não por enquanto – Dai falou por mim.
- Fala comigo... – levantei o rosto e o abracei.
- Eu estou aqui com você e você nunca vai estar sozinha – mesmo sem saber o que era ele sabia o que dizer, as palavras dele foram as que mais me transmitiram conforto, porque ele me abraçava com tanto zelo que me fazia ter certeza de que realmente tudo ia ficar bem.

 Depois de um tempo ele me levou para o jardim e ficamos abraçados com ele me fazendo carinho e dizendo palavras de me confortavam. Contei para ele o que tinha acontecido e ele disse que a culpa não era minha, disse que eu não devia me culpar pelo o que os outros sentem, pois isso é problema deles. E ele me disse também que só pelo fato de eu respeitar os sentimentos do Renato isso já me torna bem mais madura do que ele achou que eu fosse.

- Sempre que você precisar pode contar comigo, pra tudo! – me deu um beijo na testa.
- Obrigada Ber. – o abracei com força – Muito obrigada mesmo.

 Ele me deu um breve beijo, pois na área do colégio nada era seguro e ele não podia correr riscos. Ficamos mais um tempo juntos conversando e logo o sinal tocou. Ele me levou até a sala e eu estava um pouco melhor, deu até pra Dai me contar como foi que o Jean falou com os pais dela. E era bom vê-la feliz com alguém, mas eu tinha medo dele magoá-la assim como os outros fizeram, mas mesmo assim fiquei feliz por ela. Como a Dai agora ia pra casa com o Jean e ia sozinha sempre, o sinal da saída tocou e parti sozinha pra casa.

- Ju! – me virei assim que escutei o Bernardo me gritar.

 Ele veio em minha direção e me deu um beijo, aí o beijo do Bernardo, mesmo tendo o beijado várias vezes eu não conseguia me cansar daquele beijo. Acho que eu estava virando dependente.

- Só não te levo em casa porque tenho que ajudar meu pai com umas coisas... – acariciou meu rosto – Amanhã você pode ir lá pra casa depois do colégio?
- Não sei... – só nós dois na casa dele? – Fazer o que?
- A gente pode ver um filme, podemos fazer pipoca sei lá... – sorriu torto.
- Vamos ficar sozinhos? – curvei as sobrancelhas.
- Só meu pai que vai estar em casa, mas ele costuma ficar no escritório na maior parte do tempo e quando não está lá não está em casa... – continuou sorrindo.
- E sua mãe? – perguntei confusa.
- Minha mãe morreu quando eu tinha 11 anos... – mordeu o lábio inferior – Mas já faz um tempo.
- Sinto muito... – entortei a boca – Mas acho que vou sim, amanhã te dou a resposta.
- Ok, linda – me selou.
- É... Vou lá – sai andando.

 Ir sozinha pra casa é uma desgraça, dá até pra sentir falta da Dai falando o tempo todo. Mas fazer o que né? É a vida.
 Cheguei em casa e o Kauã chato estava vendo TV, minha mãe fazendo a janta e meu pai ainda no trabalho. Subi tomei um banho daqueles e liguei pra Dai, mas ela não atendia o celular. O ciúme estava começando a bater, ela estava me esquecendo... Resolvi ligar pra casa dela talvez ela não estivesse ouvindo o celular tocar. A Tia Rafa – mãe dela – atendeu e disse que ela estava no portão da Jaque... Caraca, nem pra me chamar, me senti mais excluída ainda.
 Fui para o portão da Jaque pra ver se ela estava mesmo lá e a vadia, estava!

- Pra que se lembrar dos amigos né? – encarei a dai com cara de exclusão.
- Ah’ amiga eu liguei pra sua casa... Seu primo disse que você tinha ido ao shop com um moleque... – Filho da PUUUUUUUUTA! Sabia que tinha algo errado.
- Kauã... Mas é um besta mesmo... – sentei do lado da Dai.
- Amiga, ganhei um cachorrinho! – Dai batia palminhas.
- Que legal amiga, qual é o nome? – fingi ter me animado com isso.
- Garry, tipo do Bob Esponja! – riu dela mesma.
- Ah’ que perfeito – continuei fingindo animação.
- Amiga adivinha quem vai vir aqui hoje? – fez cara de “você nunca vai acertar”
- Jean? – gargalhei.
- Não... O Motta...! – é eu realmente não esperava por isso.
- Hum... Cadê a Jaque? – procurei ao redor.
- Foi só tomar banho, já vem – sorriu.
- Atá. Nem te falei né... Acho que amanhã vou na casa do Ber. Depois do colégio... – sorri timidamente.
- OMG! Amiga, vão ser vocês dois... Sozinhos? – arregalou os olhos.
- Mais ou menos isso. – sorri.
- Amiga, tu é louca... – fez que não com a cabeça – Mas amiga, nem te contei também né... Que o Jean disse que tudo bem se eu só quiser transar depois do casamento.
- Avá! – soltei sem querer – Quer dizer, ai que lindo!
- Sério amiga... Ele é virgem, nem liga... – depois disso tive que soltar a tosse falsa.
- Minha mãe também é... – gargalhei.
- É sério tá... Eu confio no meu bebê... – sem querer dei uma risada sarcástica pelo “bebê”.
- Já parei – falei assim que ela me fuzilou com os olhos.

 Nossa, se o Jean for virgem mesmo talvez ele seja um dos últimos daquele colégio... Porque sinceramente, lá nunca teve homens que prestassem. Mas a dúvida que circulava pela minha mente era se o Bernardo também era e se eu fosse amanhã se ele tentaria alguma coisa. E acabei querendo ir só pra descobrir. É, eu iria.
 Do portão quase em frente o da Jaque saiu o Motta segundos depois da Dai ter dito que ele estava demorando e um pouco depois a Jaque apareceu também. Ele estava conversando com um garoto lá no outro lado da rua, a Jaque sentou do lado da Dai e elas ficaram conversando enquanto em conseqüência do tédio resolvi mandar um SMS pro Bernardo.

 De: Ju criança
 Para: Ber idiota
   Só pra matar meu tédio.

 Logo após isso o Motta parou de conversar e veio até nós, cumprimentou todas com beijo no rosto e pá e sentou do meu lado.

- rola hoje de novo? – sussurrou.
- Nem sei... – eu não queria ser dessas garotas que ficam com um monte de garotos ao mesmo tempo.
- Porque não sabe? – entortou a boca.
- Foi muito bom ficar com você, mas eu quero dar um tempo nisso – às vezes mentir funciona.
- Tudo bem então, mas quando quiser, estou aqui – me roubou um selinho.
- Ei... – gargalhamos.

 Ficamos lá no portão conversando um tempão sobre coisas banais tipo colégio, garotos, garotas, televisão, internet e tudo mais.
 Deu onze e pouca e minha mãe me mandou entrar, jantei e subi pra entrar na internet. Mas o babaca do Kauã tava mexendo, achei uma boa hora pra tirar satisfação do que ele tinha dito pra Dai.

- Então quer dizer que eu estava no shopping com um moleque? – fechei a porta e cruzei os braços.
- Nos meus sonhos você estava... E o moleque era eu... – gargalhou.
- Não tem graça! – o encarei séria.
- Desculpa... – fez a cara do gatinho de botas.
- Tá – me joguei na cama rendida ao olhar de gatinho.

 Puxei o celular do bolso e lembrei do SMS que tinha mandado, meu celular estava no silencioso nem ouvi que ele tinha respondido, então abri o SMS.

 De: Ber idiota
 Para: Ju criança.
       Mentira, eu sei que você sentiu saudades!

 Ri muito daquilo e resolvi ligar pra ele...

- Mas me ama muito mesmo né? – gargalhou.
- Só te liguei pra dizer que eu não estou com saudades.
- Sei... Sei... Era só isso?
- Era...
- Então tá pronta pra ouvir o barulhinho?
- Não... Você muito ignorante!
- Somos dois...
- Desliga essa porra Ju! Tá me atrapalhando aqui no MSN... – Kauã gritou só pra me perturbar mesmo.
- Quem tá ai com você?
- Meu primo chato...
- E você tá aonde?
- No meu quarto...
- Você e seu primo estão sozinhos no seu quarto?
- Sim. Mas ele é só meu primo... Por quê? Ciúmes?
- Claro que não... Só queria saber se o resto da família também tava ai.
- Own, tá com ciuminhos!
- Porra nenhuma!
- Estou fingindo acreditar.
- Aff, pronta ou não escute o barulhinho.

 Tu...Tu...Tu...
Caralho! O ódio sobe quando ele faz isso.

- Quem era? – Kauã perguntou.
- Meu melhor amigo – sorri.
- Amizade colorida? – cruzou os braços e me encarou.
- Claro que não... – levantei e fui no banheiro tomar banho e por meu pijaminha.

 Depois de sai, cai na cama e viajei no sono profundo.
 Acordei lá pra 12h00min, finalmente era sexta-feira da semana mais difícil da minha vida. Levantei fiz minha higiene me arrumei pra o colégio, desci para o almoço e parti pra mentir pra minha mãe.

- Mãe... Hoje depois do colégio vou no shop me dá um dinheiro? – sorri.
-Com quem Ju? – me encarou com um olhar de tédio.
- Sozinha, é só pra esquecer essa semana difícil fazendo compras... – fiz a carinha de “POR FAVORZINHO”.
- Ok, mas quero você de volta até 10 horas, toma aqui o cartão do seu pai e esse dinheiro aqui pra caso de emergência, deixa o celular e ligado e toma cuidado! – já estava cansada de escutar esse discurso.
- Valeu mãe, é por isso que te amo – abracei ela e parti pra casa da Dai.
 Como sempre toquei o interfone e sentei na calçada.

- Amiga... – saiu no portão.
- Amiga, eu vou mesmo hoje pra casa dele – sorri amarelo.
- Boa Sorte e cuidado com o bem precioso – gargalhou – mas o que você disse pra sua mãe.
- Que eu ia no shop sozinha afogar as magoas comprando – gargalhei -. E ela ainda me deu o cartão do meu pai e uns 20 reais.
- Arrasou – estendeu a mão para me puxar – vamos?

 Fomos para o colégio e eu não via a hora de ir embora. Talvez eu estivesse um pouco curiosa pra saber o que ia acontecer hoje.

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O que será que vai acontecer...?

Talvez amanhã eu poste, isso dependo do tamanho do meu sono depois do colégio k

Beijos & comentem se tão gostando e pá .. (: