Fanfic: O NÃO amor da minha vida

Peguei meu celular e liguei pra ele, só chamava. Deixei uns 10 recados pedindo desculpas dizendo que não sabia o que tinha acontecido, mas que se ele conversasse comigo eu podia reparar tudo. Só que nada fez com que ele retornasse se quer uma ligação minha.

 Logo depois de tudo a Dai entrou no quarto.

- O que aconteceu? – estava com os olhos arregalados, não tinha motivos para isso mas a Dai arrumava motivos para tudo.

- Ele atendeu o celular...Parecia triste...Me deu um beijo, um beijo muito estranho...E depois...Depois... – Frases engasgaram minha garganta e não consegui terminar de dizer.

- Eu não entendi nada. Vocês brigaram? Ele saiu revoltado pela porta, bateu com a maior força – Dai foi se aproximando e sentou ao meu lado -. Me conta amiga, o que aconteceu?

 E durante uns 20 minutos desabafei com a Dai. Contei para ela o que tinha acontecido, contei que era difícil sentir tudo o que eu estava sentido por ele e talvez ter acabado com qualquer chance de ficarmos juntos. Foi assim que acabei descobrindo, que era sério, eu estava começando a priorizar alguém que não fosse eu. Eu estava chorando por alguém que me transmitia uma certeza de que ele realmente merecia minhas lágrimas. Mas por quê? Por que eu me importava tanto com alguém que, no momento, estava me fazendo sofrer? Foi ai que o “Eu te amo” fez algum sentido. Era tudo muito confuso, eu poderia me sentir ferida, poderia estar ali, chorando, mas em meio a tanta coisa havia algo em mim que dizia que tudo ia dar certo, dizia que lutar valia à pena e que eu devia seguir meu coração. Era uma certeza imensa que dizia “VÁ EM FRENTE”.

- Amiga, eu tenho certeza de uma coisa – Dai me encarou séria -. Se tudo o que ele disse era verdade. Ele vai voltar.

- É o que eu mais quero – meus olhos se encheram de lágrimas novamente.

- Ei! Sem mais lágrimas, ok? O Bernardo te ama, eu sei disso. Seja lá o que tenha acontecido, o amor de vocês vai superar – me abraçou – Vai dar tudo certo!

 A abracei forte, precisava daquele abraço, precisava de um conforto, mas eu também precisava do Bernardo. Só que ele era o motivo de eu precisar dele. E eu sabia que tudo o que a Dai tinha dito eram apenas palavras motivadoras, nada iria dar totalmente certo. Eu fui só mais uma pra ele e ele estava se tornando tudo pra mim.

 Por que tão rápido? Começou rápido, acabou rápido. Talvez voltasse rápido. Ou talvez me esquecesse rápido.

 Eu não conseguia ter pensamentos positivos. Falei que eu ia ficar bem e disse pra Dai voltar para a sala com o Jean.

 Dormi chorando e nem vi o que aconteceu depois.

 Acordei era duas horas e alguns minutos da tarde de sábado. Eu parecia bem até que me lembrei do que tinha acontecido. Tentei parar de pensar nisso. Almocei e Dai me levou no portão, nos despedimos e fui pra casa.

 A primeira coisa que eu fiz foi ir para o quarto. Eu queria deitar, pensar e se possível, não sair mais dali, eu estava mal, queria ficar sozinha. Mas eu esqueci do micro detalhe de que o “priminho” agora morava comigo.

 Entrei no quarto e bufei jogando minhas coisas no chão e logo depois me joguei na cama. O estranho estava no computador, acho que fazendo algum trabalho.

- Cara inchada, cansaço, tédio, depressão, humor possivelmente alterado, ou é TPM ou vocês brigaram – Com ele falando assim me fez pensar se era tão obvio.

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No clima do "QUE TRISTE" hehe

bjs e comentem . Logo logo vem outra.