Fanfic: O NÃO amor da minha vida

 Mesmo eu não sabendo aonde aquilo ia me levar, eu achava que talvez, pudesse dar certo. Eu acreditava de verdade que daria certo. Ao mesmo tempo em que eu sabia que aquilo seria reprovado.

 O filme acabou e estávamos abraçados e eu me sentia bem, tão bem quanto a muitos anos atrás quando comecei as coisas com Renato. Mas com o Bernardo era tão, tão... Era isso, eu não tinha palavras para dizer como era. Apenas era.

- Que lindinho os dois ai – Se a Daí não comentasse nada, realmente não era minha amiga. Me senti ficar vermelha e como se já não bastasse ela continuou – O filme acabou, então continuem com a melação lá fora... Ok?

- Se ela quiser continuar com isso lá fora, pra mim, tá tudo ok... Mas ai é com ela – Bernardo me olhou a cara mais sedutora do mundo. Sério, nem tive o que dizer, apenas levantei e estendi a mão pra ele.

- Huum. Acho que isso foi um sim – Quase que bati na Dai, ela estava me deixando constrangida e isso não era legal. Mas tudo ficou melhor quando ele pegou na minha mão e acariciou.

 Era à hora da saída, ele me levou até o portão de mãos dadas. Nos abraçamos e dei um beijo no rosto dele.

- Tenho que ir... – Sorri, soltando a mão dele e quando eu ia começar a andar ele pegou na minha mão de novo, olhei para nossas mãos e em seguida para ele, que sorria torto, ele olhou para o lado, aonde Dai e Jean se beijavam e logo olhou para mim.

- Quero um beijo de despedida... – me encarou.

- Aqui? Quer mesmo perder a semana de provas? – sorri.

- Aqui não... – Me levou até no meio da rua depois do portão do colégio – Mas, aqui eu já posso. – Me deu um beijão. E todo mundo que saia do colégio viu. Escutei vários comentários tipo “que isso em”, “arrasaram”, “omg, MEU BERNARDO”. E foi esse último comentário que me fez parar e olhar para trás, onde uma loira nariguda estava parada pasma.

- Vai me dizer que vocês namoram? – cruzei os braços.

- Não... Ficamos... – Bernardo olhou bem para ela – Ou melhor, ficávamos.

- Sei que vocês ficavam – sai andando. E então ele me puxou fazendo com que eu voltasse e ficasse de frente para ele.

- Você acha mesmo que se eu ficasse com ela eu te beijaria assim na frente de todo mundo? – me encarou firmemente.

- É, é exatamente isso que eu acho! Sabe por que Bernardo? Porque eu não conheço você e você também não me conhece, portanto ainda não confio em você a ponto de acreditar em tudo o que você diz! – um coral de “uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuui” foi dito assim que eu disse isso e sai andando.

 Sério, senti o PODER em minhas mãos.

 Chegando em casa meu sorriso de “eu tenho o poder” me denunciou pra minha mãe.

- Que sorriso é esse, Dona Julia? Aconteceu alguma coisa no colégio hoje? – senti que ia começar o interrogatório.

- Ah’ mãe, nada como o primeiro dia de liberdade né! – joguei o cabelo.

- Então, me conta isso direito, porque vocês terminaram minha filha? Vocês se amavam tanto – minha mãe sentou no sofá – senta aqui vai, me conta essa história direito.

- Não tenho muito o que contar. Só que ele me pediu em casamento e eu disse não! Eu não gostava dele sabe. Não era certo isso. Então é isso mãe, tchau – subi as escadas tipo pinto no lixo. Eu estava feliz, que estranho. Isso tudo era por causa do poder momentâneo?

 Meu telefone tocou e me liguei que vim pra casa sozinha e deixei a Dai lá. Então atendi logo achando que era ela. Só podia ser ela.

- Fala Dai! – me joguei na cama.

- Amor? Quer dizer, ainda posso te chamar assim? – Logo reconheci a voz do Renato e o sorriso que estava no meu rosto logo desapareceu.

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                                                                 Renato? Ah` não ! (: