Fanfic: O NÃO amor da minha vida

 Casamentos nos levam a devaneios profundos, você pode até insistir na ideia de que casamentos não te atingem e que são chatos, mas experimente ir a um casamento ao qual tudo conspira a favor. Vai mexer com você, vai mexer com sua cabeça e deixar seu coração desesperado a procura de alguém. Vai te dar vontade de acreditar que você pode viver um conto de fadas.

 A minha única dúvida era, quem me faria viver esse conto.

 Leandro não tirava os olhos de mim, enquanto Bernardo parecia nem notar que eu estava ali. Tentei não ligar para isso, mas não conseguia.

 Ao fim da cerimônia eu decidi que iria falar com o Leandro e entender tudo antes de irmos para o Salão de Festas. Ele havia me beijado e há 15 dias, tínhamos dado um tempo, eu só queria entender se isso significava que o tempo tinha acabado.

- Então, nos víamos hoje, certo? – tentei arrumar um jeito de entrar no assunto.

- Eu estava com saudades.

- Porque me beijou? Estamos juntos de novo? – fui direta.

- Ju...

- Eu.

- Podemos conversar sobre tudo depois?

- Por que não agora?

- Ju, vamos pro Salão, curtir a festa, ficar juntos, se você quiser, claro e no fim da festa a gente conversa, ok? – me selou.

- Ok.

 Fomos pro Salão e eu achei estranho. Tudo estava estranho!  Leandro estava comigo no começo da festa, mas me largou pra ficar com os amigos. Meu primo e a Yas sempre juntos me ignorando, Bernardo continuava fingindo que eu não existia, Dai e Jean tiravam fotos e mais fotos, eu não conhecia mais ninguém que quisesse ou pudesse falar comigo naquela festa além da minha mãe, do meu pai e da minha irmã.

 Cansada de ficar na mesa dos meus pais, sentada sem fazer nada, passei a mão em uma taça de vinho e fui para os fundos do salão em que a música era baixa e o ar era livre, era um jardim simples com uns banquinhos, pra ser mais precisa.  Sentei em um dos bancos e dei uma golada. Fiz uma careta, havia esquecido o quanto eu odiava vinho. Encarei o céu de poucas estrelas e por falta do que fazer quis contá-las. 7 estrelas. Aquilo não mudava nada, eu continuava sozinha.

- Amiga? – me assustei ao ouvir a voz da Dai.

- Ai garota! Não chega assim...

- Ju! – começou a chorar.

- Que porra é essa Dai? Tá chorando por quê?

- Eu to com medo!

- Engole esse choro e me explica isso direito.

- Amiga, somos dois virgens e eu não sei o que fazer e outra, eu vou ter que morar com ele e ver a cara dele todos os dias e minha mãe não vai fazer comida pra mim! Eu to morrendo de medo!

- Eu também não sabia o que fazer, mas na hora amiga, vocês se entendem. E casamento é isso, você não precisa ficar com medo, ele vai cuidar de você não como sua mãe cuidava, mas vai cuidar.

 Ficamos em silêncio enquanto ela parecia pensar no que eu tinha dito.

- Promete não sumir da minha vida amiga, e me visitar sempre e ser madrinha de todos os meus filhos?

- Só se você me prometer o mesmo!

- Eu prometo.

 E nos abraçamos. Acho que todos no mundo precisam de uma amizade como essa. Sabe, uns dizem que tem a mãe como melhor amiga, e pode até ser que seja, mas tem certas coisas que só uma amizade verdadeira pode te proporcionar, aquele laço que não é de família, mas é como se fosse.

 Ela engoliu o choro.

- Me responde uma coisa... Leandro ou Bernardo?

- Eu não sei – encarei o nada.

- É melhor você descobrir logo, porque o Leandro tá vindo ai.

 Ela me abraçou rápido e disse: “Boa sorte amiga” e saiu andando.

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genteeeeeeeeee, sumi por causa do carnaval e tal rs

beijsss e desculpa a demora.