Fanfic: O NÃO amor da minha vida

 E pela primeira vez EU tomei uma atitude, calei a boca, mas usei a dele pra me ajudar nisso. E ele parecia ter amado a minha atitude. Quinze dias sem sentir aquele beijo e parecia uma eternidade. É, sempre pareceria...

- Isso – ofegante se recuperava do beijo – Não mudou nada...

 Saiu andando.

 Ai, essa doeu. Dois foras em uma mesma noite? Terminei de tomar o vinho em uma golada só. Eu vou dançar pra mostrar para os dois o que eles estão perdendo!(EU NÃO ESTAVA BÊBADA COM UMA TAÇA DE VINHO)

E eu dancei, dancei muito, pra fingir que eu não me importava se o idiota para quem eu me declarei não ligava pra mim. Dancei porque eu não ia deixar ninguém estragar a lembrança do casamento da Dai. Mas, ele parecia não se importar com minha dança. Parecia distraído com a quenga que roçava nele dançando. Puxei a Dai em um canto.

- Quem é aquela vagabunda? – apontei pra eles.

- Julia, minha prima de segundo grau...

- Aquela quenga tem meu nome? – cruzei os braços incrédula.

- Não se acertaram?

- Não, ele me deu um fora! E agora tá todo animadinho com a piranha da sua prima! Tira ela dali...

- Amiga... Larga de mão, finge que não se importa!

- E se ela der pra ele?

- Vai ser só mais uma...Ele gosta de você. Só está mudando de estratégia pra ter você de volta...

- Daianna! Me explica isso direito...

- Desculpa amiga, mas isso é tudo o que eu posso te dizer.

 Como assim, “tudo o que eu posso te dizer”. Esses dois estavam de segredinho pelas minhas costas. E se o objetivo dele pra me reconquistar fosse me fazendo ciúmes, pode ter certeza que não estava funcionando.

 Me virei pra ver se aquela oferecida tinha parado de roçar naquele idiota e ela tinha, tinha mesmo! Porém, o que tinha acontecido agora era ainda pior, ela fazia uma coisa que eu não sei por que, achava que eu era a única que podia fazer. Ela o beijava. E por um momento eu achei que ela pudesse ter agarrado ele, sei lá, ele não podia fazer isso comigo ali. Mas, o pior é que ele retribuía, e apertava a bunda dela, o peito, era a maior sem vergonhisse, e eu estava me sentindo mal, muito mal. Era como se eu estivesse sendo traída. Meus olhos se encheram de lágrimas e eu engoli o choro, porque eu não ia chorar ali, não ia mostrar pra ele o quanto aquilo tinha me afetado.

 Eu sempre tive uma fixação por chorar em banheiros, parece que fica mais dramático e emocionante. E foi pra lá que eu fui. Entrei em uma cabine e desabei. Chorei, mais chorei muito. Eu podia sentir o chifre crescendo na minha cabeça. Mesmo que não tivéssemos nada, de alguma forma tínhamos e vê-lo beijando aquela garota nada haver me destruiu. E pela primeira vez eu achei que tivesse perdido ele de vez. Sempre quando nos separamos eu achava isso, mas sabia que ele viria atrás e pediria pra voltar. Mas, dessa vez, eu não tinha esperança que viesse.

 Parei chorar, limpei o rosto, retoquei a maquiagem e voltei à festa, minha amiga logo ia para a Lua de Mel e eu tinha que me despedir dela e desejar boa sorte.

- Amiga, que bom que te achei... Só faltava você, eu vou jogar o buquê e depois vou embora! – Dai falava ansiosa.