Fanfic: O NÃO amor da minha vida

- Fala! – revirei os olhos.

- Bom, eu acho que... Temos que conversar!

- Olha Renato. Li no seu face que você ia me dar um tempo, então por favor, ME DÊ ESSE TEMPO. Eu preciso de liberdade. Não quero conversar.

- Mas é sobre isso. Vou te dar seu tempo... E vou dar um tempo para mim também. Você está me fazendo sofrer e muito. Por isso...

- Por isso?

- Vou viajar, por um ano – depois disso o silêncio imperou, eu não tinha o que dizer.

- E para onde você vai?

- Eu não sei talvez a Itália... Sempre tive vontade de conhecer, depois eu posso ir para os Estados Unidos e talvez quem sabe para Londres. O que não me falta é opção. Eu só quero ir embora, só quero esquecer isso tudo por um tempo.

- Se é isso que você quer.

- É... Eu só queria te avisar antes de qualquer coisa.

- Ok! Então... Boa viagem...

- Não, por telefone não, eu planejo ir na madrugada de sexta, então eu passo ai quinta a noite.

- Ok, mas não vai mudar nada.

- É não vai. Eu prometo que só vamos nos despedir, afinal é um ano né?

- É. – e o silêncio novamente imperou.

- Então, a gente se vê quinta... Tchau.

- Tchau.

 Desliguei o telefone e me deu uma vontade de chorar... Eu nunca tinha passado um ano longe do Renato. Tudo bem, eu podia não amá-lo, mas, ele era meu melhor amigo. Ele era a pessoa em que eu mais confiava e por isso que eu não quis magoá-lo. Ou melhor, não magoá-lo depois.

 Foi questão de minutos de lágrimas para que o telefone tocasse novamente. Dessa vez olhei para ver e era a Dai.

- Amiga?

- Oi amiga...

- O que foi aquilo na porta do colégio?

- Muito obrigada AMIGA, por ter me feito ficar com um galinha!

- Ah’ amiga, mas não precisava daquilo né! Poxa tudo bem que ele é um galinha, mas vocês não são nada um do outro e ficar esculachando o garoto na frente do colégio não vai mudar o fato de ele ser um galinha...

- Acabou o sermão? Não tô a fim de falar amiga.

- O que aconteceu cara?

- Aconteceu que o Renato vai viajar por UM ANO!

- E como você sabe disso?

- Porque ele me ligou e me contou.

- Nossa... E pra onde ele vai?

- Vários lugares. BEM LONGE DAQUI. E deixou claro que é por minha causa.

- Mas amiga você não o ama... Porque se importa?

- Ele não era só meu namorado, ele era meu amigo também. E você sabe que, eu ainda considero muito ele por isso.

- Sei sim... E quando ele vai?

- Sexta... E vai vir aqui em casa para nos despedirmos na quinta.

- Essa despedida...

- Prometemos que não vai mudar a decisão dele.

- Então planejam fazer algo?

- Não amiga! Nada a ver. Por favor, vamos parar de falar sobre isso.

- Tá bom... O Bernardo beija bem amiga?

- Te contar uma coisa, NUNCA AMEI TANTO BEIJAR UM GAROTO!

- Mas você só tinha beijado um garoto!

- Várias vezes e não senti o que senti com o Bernardo. Cara era muito perfeito.

- Ixe, gamou! Acho que você nem vai se importar então de eu ter dado seu número para ele.

- Como assim?

- Ele me pediu, contou o que aconteceu e quer conversar com você. Então se prepare!

- Po, isso tudo em plena terça-feira! Meu Deus, terças definitivamente me transmitem azar!

- Percebi. Vai pra rua hoje?

- Não sei... Quem vai tá na rua?

- O Lipe, a Jaque e o Motta. E o Jean disse que talvez apareça por aqui.

- Não sei não...

- Vamos amiga, vai ser legal!

- Tá... Portão de quem?

- No da Jaque. Ai... Tá facinho, do lado da sua casa!

- Então já é, eu vou.

- Vamos agora?

- Vamos... Vou me arrumar, daí tu me grita aqui.

- Ok... Beijo amiga

- Beijo.

 Me arrumei, fazia muito tempo que não via esse povo. Eu tava horrenda porque tinha chorado, mas o que um bom banho e uma maquiagem não fazem? Fiquei um tempo no face e no MSN conversando com a Jaque e com a Vitoria, contando porque eu tinha terminado o namoro... Ai a Jaque saiu dizendo que ia para o portão e logo a Dai me chamou.

- Amiga... A Vitória falou que talvez apareça – sorri.

- Bom para ela! – Dai não ia com a cara Vitoria, tinha ciúmes.

 Ficamos lá no portão da Jaque – eu, Dai, Lipe, Jaque - conversando sobre: “RENATO”. Eu não aguentava mais falar sobre ele... E que bom que o assunto morreu quando o Motta chegou. Começamos a conversar sobre fofocas do bairro.

- Posso falar com você? – Motta do nada me fez essa pergunta. MEDO!

- Fala... – Sorri.

- Aqui não... Vem cá – levantou e me puxou e sentamos um pouco mais afastados.

- Tô de olho em vocês! – Se a Dai não falasse isso, não era ela.

- Bom, eu nunca te pedi isso porque eu nunca tive a chance sabe... Você tava sempre namorando. E agora não está mais, sei muito bem que eu devia te dar um tempo, e se você quiser não precisa ser agora. Mas, quer ficar comigo? – me encarou pegando em minhas mãos.

- Eu não sei Motta... – que confusão que estava minha mente. Mas ai eu pensei. Quer saber? Que se dane. Tá na hora de curtir. – Quer dizer, eu quero.

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                                                Sério que ela vai beijar o Motta? haha