Fanfic: PAIXÃO SELVAGEM - AyA ( Adaptada) {FINALIZADA} | Tema: Anahi e Alfonso

Alfonso agarrou os cabelos dourados dela, impedindo-a de se mover.

— Não fale assim comigo — disse. — Estou fazendo muito esforço para não perder a cabeça.

A atmosfera se tornava cada vez mais explosiva. Os olhos cor de ametista de Anahi enfrentavam os de reflexos dourados de Alfonso. Ela estava super tensa. Aliás, sentia-se nesse estado há duas semanas já. Era como se estivesse prestes a morrer.

— Você não tinha o direito de vir aqui — queixou-se.

— Não? — Com o dedo polegar ele contornou o lábio inferior de Annie; e ela estremeceu.

— Quero, ver a evidência que tem contra mim.

— Não. É confidencial e está guardada a sete chaves.

— Então, leve logo às autoridades. Não vou permitir que me chantageie. Faça logo o pior, e...

— Que tal se eu fizer o melhor? — Alfonso inclinou-se e colocou o polegar entre os lábios dela, buscando a umidade, o calor da língua. — Não sabe o que eu sei fazer melhor do que tudo?

Um langor fora do comum tomou conta do corpo de Anahi, pesando nos braços e nas pernas. Ela sentia também o peso dos seios. Desejava ardentemente que Alfonso a tocasse; e sua necessidade era tão grande que chegava a doer.

— Nem é preciso que cheguemos ao melhor. Um toque de minhas mãos ou de lábios é o suficiente. — Alfonso fitava o rosto rubro de Anahi, os olhos suplicantes. — Você não consegue controlar suas necessidades. Mas eu posso...

— Pode? — Ela ergueu a mão e acariciou-lhe o rosto bem barbeado. Deliciava-se com o aroma masculino de Alfonso.

E ele mordeu-lhe suavemente os dedos, antes que ela pudesse impedir. Annie fechou os olhos enquanto Alfonso chupava-os, um a um. Ela estava como que envenenada, à beira de uma erótica antecipação, e tão intensa que a consumia.

— Alfonso... — Annie arqueou o corpo, desejando contato mais íntimo.

Poncho agarrou-lhe os cabelos.

— Dio! Como quero estar dentro de você! O caso é que, depois de nos amarmos, eu ficaria me perguntando se você iria fazer o mesmo com Rodrigo. Acho que sim. Afinal, ele é do tipo que poria logo em seu dedo uma aliança. Não me surpreendo pelo fato de você não querer que eu a achasse. Seria sexo comigo e segurança com ele. Concorda?

— Rodrigo não é meu amante...

— Apenas uma corda de reserva para seu arco de Cupido. Acertei? — Poncho riu, com sarcasmo e desdém. — Quantas cordas mais tem de reserva? Você leva uma vida dupla, Anahi. Ia quase me esquecendo de Damian e de seu humilde emprego que sem dúvida se transformaria em altamente lucrativo não fosse por minha interferência. Aquela casa lá em cima, é de Rodrigo?

Annie estava furiosa por Alfonso mencionar tudo aquilo. Como pôde ela ter se esquecido, por um momento, o modo como Alfonso a enxergava? Sim, esquecera-se completamente. Não fosse pelo controle dele, maior que o dela, teriam feito amor ali mesmo, no carro. Envergonhava-se por sua incapacidade em resistir à desesperada fome que Alfonso lhe despertava.

— Não! A casa não é de Rodrigo.

— Ah, sim. Talvez ele não seja bastante rico para suas ambições. Quem sabe Rodrigo seja simplesmente uma reserva, para o caso de necessidade. De quem é a casa?

— Não vou lhe contar.

— Eu descobrirei. Sabe disso, não?

— Por favor, deixe-me em paz — Annie suplicou. — E esqueça-se de que um dia me conheceu.

— Farei isso depois que a tiver em minha cama durante algum tempo.

— O que aconteceu agora, não acontecerá nunca mais.

 — Você me deseja tanto, Anahi, que não conseguirá se afastar de mim.

A dor da humilhação a sufocava. Tinha certeza de que, para Alfonso, não passava de uma prostituta, de mulher desonesta, promíscua e ávida por dinheiro. Ele a desprezava, e usava o sexo apenas para reduzi-la a um ser indigno, física e emocionalmente.

— Não sou o que você pensa — Annie murmurou. —E não entendo por que me odeia tanto!

— Algum dia lhe contarei. — Ele tinha o rosto duro como pedra.

Engatou marcha a ré e ela perguntou.

— O que está fazendo?

— Você está tão desesperada por me ver longe daqui, e quero descobrir por quê!

Desconfiando das intenções de Alfonso, Anahi protestou:

— Não! Não volte para a casa.