Fanfic: PAIXÃO SELVAGEM - AyA ( Adaptada) {FINALIZADA} | Tema: Anahi e Alfonso

Annie ouviu o ruído da porta que se abria e não quis fazer cena diante da criadagem. Sentou-se. Enquanto o primeiro prato era retirado e o segundo servido, ela tremia de ódio. Fora mesmo uma tola ao imaginar que Alfonso decidira passar uma esponja no passado.

— Entrei nesse casamento de boa-fé — ela disse, quando ficaram sozinhos de novo.

— Para o bem de Camila — Poncho a fez lembrar. — O campo é bom para crianças. O ar é fresco, há espaço para brincar, sem falar na segurança que Camila terá com a mãe junto dela o dia todo.

— Camila sempre viveu com muita segurança — Annie protestou. Pálida como uma folha de papel, ela pegou o garfo e a faca. Seu apetite se fora. — Vejo agora tudo bastante claro, Alfonso. Não importa o que eu faça, você nunca vai confiar em mim.

— Confiança é algo que precisa ser conquistado, cara. E isso você ainda não conseguiu — Poncho informou-a com um sorriso irônico. — Quando me confessar o que fez com meu dinheiro...

— Nunca tive em mãos seu maldito dinheiro, Alfonso.

— E, se você viver pelo menos nove meses sem o efeito poderoso de outro homem batendo à sua porta..., então poderá ir a Londres, escoltada, e terá um pouco do meu dinheiro para gastar...

— Fique com o seu miserável dinheiro!

— Sabe o que pretendo fazer? Vou ser o homem mais mesquinho do mundo. Não lhe darei um cartão de crédito, nem jóias para que não as venda. A aliança que tem no dedo pode parecer de platina, mas é de prata...

Com a mão trêmula e uma fúria tempestuosa, Annie arrancou a aliança do dedo e jogou-a na mesa. A aliança rolou e caiu no chão. Mas nenhum dos dois notou.

— Fique com isso também! — ela gritou.

— Em resumo, não creio que você possa sair deste vale por si só, durante muito tempo — Alfonso sussurrou, satisfeito. — Assim, poderá dedicar todos os seus talentos sendo minha esposa, e eu terei certeza de que, quando voltar de minhas viagens, a encontrarei exatamente como a deixei. Coisa que, aliás, a maior parte dos maridos tem, sem a menor preocupação.

Paolo entrou com a sobremesa. Annie teve ímpetos de tirar o prato das mãos dele e jogá-lo na cara de Alfonso. Teve imensa dificuldade em se controlar. Assim que o mordomo se retirou, ela disse:

— Tudo o que tenho a fazer é telefonar para minha irmã e...

— Sua irmã se encolhe toda de medo, cada vez que me vê. Dio mio...

— Angelique não permitirá que Camila saia com outra pessoa além de mim. Assim, não haverá possibilidade de Camila vir para cá.

— Sua irmã não hesitará em mandar a filha para o próprio pai... E seu cunhado providenciará para que isso aconteça.

Fora uma ameaça ridícula a dela, Camila reconheceu. Em especial porque não queria envolver sua família naquele assunto. Tinha seu orgulho, claro. E também detestava aborrecer Camila, pois a menina já estava muito apegada ao pai. Como qualquer criança, alegrara-se por saber que, como os primos, tinha alguém que poderia chamar de “pai”.

— Sua família, cara, agora está do meu lado. Portanto, acabe com essa angústia.

— O que sinto no momento não é angústia, é raiva. Um desejo incontrolável de jogar você do alto de um penhasco! Calculou mal as conseqüências de seus atos, Alfonso Herrera.

— E pensou que eu fosse tão tolo a ponto de me casar com você e deixá-la em Londres para fazer o que bem entendesse? Acha mesmo que se casou com um idiota, cara? — Alfonso deu um sorriso sarcástico.

— Você não mencionou Rodrigo, nem seu maldito dinheiro, nas últimas semanas! — Annie rangia os dentes.

— Claro que não. E confesso que foi difícil, um constante desafio para mim. Mas consegui levar você ao altar, não consegui? Agora tenho exatamente o que desejei. Tenho minha filha, direitos legais sobre ela. E o importante também é que tenho você...

Ah! Mile e JL , desculpem eu esqueci de avisar novamente que uma web iria terminar. No caso Adoravel tirano. ;)