Fanfic: PAIXÃO SELVAGEM - AyA ( Adaptada) {FINALIZADA} | Tema: Anahi e Alfonso

Quanto a Rodrigo, o pobre rapaz se afastara desde o instante em que soubera que ela ia se casar com Alfonso. Num momento de fraqueza, Annie perguntara à irmã como Rodrigo estava reagindo.

— O que você acha? — Angelique respondera. — Está arrasado. Pensou que você odiasse Alfonso.

Afinal, o que fizera ela de errado? Aos vinte anos de idade dissera a Rodrigo que não o amava o suficiente para se casar com ele. E, em anos recentes, honestamente acreditara que Rodrigo a aceitara como amiga, nada mais. Contudo, quando Alfonso apareceu, ele o tomou como o rival que um dia o suplantara. E ela nem conhecia Alfonso aos vinte anos de idade. Homens! Quem precisa deles?, Anahi pensou, desanimada.

Porém, o que a magoava mais do que qualquer outra coisa era o fato de Alfonso acreditar que ela seria capaz de traí-lo, indo para a cama com Rodrigo. Isso era uma ironia cruel, pois nunca amara Rodrigo. Gostava dele, divertia-se com ele, apreciava a companhia dele. Mas tudo não passava de amizade.

Encare os fatos, Anahi dizia a si mesma. Aos olhos de Alfonso você não passa de uma prostituta. Por quê? Porque ele a levou para a cama na primeira vez em que a beijou. Voltou para sua vida quatro anos mais tarde e, no espaço de vinte e quatro horas, apesar dos insultos, das ameaças, das acusações, você sucumbiu nos braços dele pela segunda vez. Não é de admirar que pense que você é uma espécie de ninfomaníaca.

Não se comportara ela como tal?, uma voz interior sussurrava.

E pensar que Alfonso fora o único homem que despertara nela esse lado da natureza, o sexo.

Anahi olhou para a barricada que pusera na porta. Seria suficiente para impedir que ela cedesse às tentações?

O ruído de uma porta que se abria a surpreendeu. Sentou-se na cama, o coração aos pulos. Um painel escuro, no fundo do quarto, começou a se mover.

Numa fração de segundo Annie gelou, dando conta de sua nudez. Horrorizada, agarrou a colcha e se cobriu.

— Santo Deus... — gemeu.

Alfonso apareceu na porta que ela nem sabia existir. Imóvel, com um robe curto de seda preta, lá estava ele, parecendo fascinado pela imagem de sua mulher, os cabelos dourados em volta do rosto rubro, os olhos cor de violeta brilhando como jóias, o corpo esbelto mal coberto pela colcha.

Rígida, Annie explodiu:

— Traidor! Eu ignorava que houvesse uma porta secreta.

— Uma o que secreta? — Alfonso indagou. — De que está falando? Uma porta secreta? O que há de secreto nisso? É uma porta de comunicação entre nossos quartos.

— Não quero saber de comunicação entre nossos quartos — Anahi protestou. — Vá embora!