Fanfic: PAIXÃO SELVAGEM - AyA ( Adaptada) {FINALIZADA} | Tema: Anahi e Alfonso

No momento, persistir em levantar o assunto, e continuamente insistir em sua inocência, só serviria para separá-los ainda mais, ela concluíra. Mas... como ficar quieta? Alguém nas Industrias Herrera preparara tudo, disso Annie tinha certeza agora. Alfonso passara apenas dez dias em Hong Kong, e no quinto dia a despedira do emprego.

Então, quem poderia ter dado a informação que a fizera culpada da fraude cometida por outra pessoa? E tudo acontecera tão incrivelmente depressa! Enfim, onde foram parar as cinqüenta mil libras que apareceram em sua conta um dia, e que depois foram retiradas?

Anahi pensou em escrever para o Banco a fim de obter informações. Mas, após tantos anos decorridos! Por certo não haveria possibilidade de se obter uma resposta. A pessoa que ficara com o dinheiro devia ser a culpada. Ou cúmplice. Mas... o fato de a quantia ter saído de sua conta não significaria nada para Alfonso. Ele diria que devia estar escondida em outro lugar. Porém ela precisava tentar. Por que não?

Num ato impulsivo Anahi saiu da cama, vestiu uma camisola, e foi para o quarto de Poncho através da porta de comunicação. O quarto estava às escuras, com exceção de um rastro de claridade que entrava pela fresta da porta do banheiro. Ela podia ouvir a água escorrendo. Acendeu a luz ao lado da cama, e esperou.

Alguns minutos mais tarde Poncho apareceu, enxugando os cabelos com a toalha. Parou ao deparar com Anahi. Ela ficou de pronto consciente de duas coisas: da transparência de sua camisola, e da nudez de Alfonso.

— Vim aqui para conversar seriamente sobre algo, e insisto que você me ouça.

Ela contou-lhe então acerca do dinheiro que aparecera em sua conta bancária, e que depois sumira. Isso havia acontecido quatro anos atrás.

— Não vai dizer nada? — ela perguntou.

— É impossível provar ou negar qualquer coisa, depois de tanto tempo.

— Achei que você poderia me ajudar a verificar os fatos.

— Madre di Dio... Pareço assim tão ingênuo?

— Não — Annie respondeu, com os olhos faiscantes de ódio. — Você parece idiota!  Idiota... teimoso e satisfeito consigo mesmo. E estou cansada de tudo!

— Por isso apareceu vestida para me matar?

— Vestida para o quê? Se pensa que vim aqui para...

— Para ficar? É claro que penso — ele confirmou, com o braço contornando-lhe a cintura. — Dio mio, cara... você acha mesmo que a deixarei ir embora de meu quarto só porque recuso acreditar em seus contos de fada?

Tentando em vão se livrar do braço dele, Anahi disse:

— Não é um conto de fadas, santo Deus!

Poncho abraçou-a com força. E ela sentiu-se incapaz de evitá-lo. Mesmo assim, disse:

— Largue-me!

— Quero você mais uma vez. — Poncho beijou-a.

Ela sentiu que seus joelhos cediam. Abriu os lábios para que Alfonso brincasse com a língua em sua boca; iniciou-se então uma verdadeira dança de línguas.

— Eu deveria fazer você me pedir perdão de joelhos... — Poncho sussurrou. — Mas não consigo...

Anahi notou que ele estava desejoso de seu corpo. A camisola transparente não era, de forma alguma, barreira bastante para o desejo de Alfonso. Ele baixou as alças e beijou-a, enquanto com as mãos acariciava-lhe os seios. Annie sentia que seu corpo aceitava com prazer as carícias, e não conseguia se controlar. Poncho carregou-a e colocou-a na cama. Deitou-se ao lado.

— Dessa vez.., você será realmente minha — ele sussurrou, cheio de desejo. — Absolutamente minha!

Beijou-lhe os seios, contornando os rígidos mamilos com a ponta da língua, para depois abocanhar a carne tenra.

Ondas de fogo percorriam o corpo de Annie. Desesperada por tocá-lo, ela ergueu a mão e começou a massagear-lhe o tórax possante.

— Não pare agora — ele pediu. Com beijos a fez sacudir o corpo, e flexioná-lo em movimentos rítmicos.

Poncho tomou-lhe a mão e conduziu-a mais para baixo, e mais para baixo..., até atingir o local aonde pretendera levá-la. Annie arregalou os olhos e corou.

— Eu... Eu... — gaguejou.

Fitando-a, Alfonso sorriu, divertindo-se com o espanto dela; e disse:

— Não, não fizemos isso antes. — Em seguida sussurrou qualquer coisa em italiano e acrescentou: — Algumas vezes você fala a verdade, cara. Com o olhar, mas é que seus olhos falam.

Antes que ela pudesse readquirir o poder de se comunicar oralmente,Poncho devorou-lhe a boca com sofreguidão. Ele a fez acomodar-se melhor sobre os travesseiros, com uma gentileza inesperada. Depois desceu a língua até os seios dela e, com as mãos, acariciou-lhe o corpo trêmulo.

E muito antes de Anahi poder adivinhar a intenção dele, algo terrivelmente íntimo aconteceu. Seu primeiro movimento foi de rejeição, mas logo entregou-se à intensidade do prazer. A pressão que sentiu no interior de seu corpo, um misto de dor e prazer, a fez soluçar. Ela enterrou as unhas no lençol e ergueu os quadris, numa súplica tão velha quanto o tempo.

— Alfonso... — gemeu.

— Bella mia... — E ele penetrou-a, movendo-se mais e mais depressa, numa intensidade incontrolável. Abraçou-a em pleno êxtase. Quando a soltou, Annie teve a impressão de que caíra no sol, que a consumia com seu calor.