Fanfic: PAIXÃO SELVAGEM - AyA ( Adaptada) {FINALIZADA} | Tema: Anahi e Alfonso

CAPÍTULO X

— Espero não me arrepender mais tarde do que estamos fazendo agora — disse Poncho, quando o avião aterrissou. — Penso não ser uma boa idéia você vir a Londres justamente agora.

Annie não deu opinião. Não dormira um minuto à noite, pois Alfonso a reduzira a um estado de mudo terror. Estar convencida da própria inocência era uma coisa, mas com um marido totalmente convencido de sua culpabilidade, era coisa bem diferente. Depois de várias opiniões contraditórios, Poncho chegara à conclusão de que ela nunca mais deveria pôr os pés na Inglaterra.

Não deixava de ser um consolo, ainda que pequeno, o fato de esse marido estar preparado para passar o resto da vida ajudando-a a escapar das penalidades legais. Antes Alfonso achara interessante ela fazer uma confissão detalhada de tudo, mas depois decidira não haver probabilidade de se conseguir um julgamento justo, sendo ela casada com um milionário. Que júri teria condescendência com mulher rica?

Annie não sabia o que fazer. Justamente agora que sua vida começava a melhorar, estourava essa bomba: sua suposta fraude. Porém, se Poncho, nem por um segundo, acreditava na inocência da mulher, como iria a polícia acreditar?

Mas, quem a acusara afinal? E por quê?

Anahi estava tão cansada que, ao entrar no carro, encostou a cabeça atrás e fechou os olhos.

— Não vou deixar que você passe por tudo isso — disse Poncho, segurando-lhe a mão.

— E o que vai...?

— Não podemos viver com uma espada na cabeça. Prefiro encarar o perigo logo de frente do que ficar nessa expectativa terrível. Direi às autoridades policiais que eu planejei a fraude e que você agiu sob minhas instruções.

— Ninguém vai.., acreditar nisso!

— Por que não? Ser rico não quer dizer que não se é ambicioso. E, uma funcionária apaixonada pelo patrão, faria o que ele lhe mandasse. Mais ainda, você irá declarar que não sabia estar agindo erradamente. Não pode, portanto, ser forçada a depor contra mim.

— Não é justo você assumir a culpa de algo que não fez — Anahi protestou energicamente.

Ela sentiu um nó na garganta. Alfonso não era do tipo de fazer sacrifícios; jamais seria o mártir de causas alheias. E, a maior ironia de tudo, era que ele nunca cometeria um crime daquela natureza. Annie ficou comovida pelo modo como o marido queria agir em seu favor. E isso sem acreditar que ela era inocente.

— Camila pode viver sem mim durante algum tempo, mas não sem a mãe — ele acrescentou. — Nesse meio tempo... até o julgamento, você pode ficar grávida...

— Grávida? — Anahi repetiu, incrédula. — Mas, grávida ou não, não permitirei que você faça isso.

— Você é minha mulher e...

— O que uma coisa tem a ver com a outra?

— Tudo! — Poncho fitou-a com olhar apaixonado.

Seria aquilo amor?, Anahi se perguntava. Ou queria ele protegê-la por causa de Camila?

— Não, definitivamente você não pode fazer isso — Annie insistiu.

— Bella... bella mia, reflita um pouco. — Com o polegar Alfonso contornou-lhe os lábios.

Sem a prevenir, falou qualquer coisa ao motorista.

— O que você está tramando agora? — ela perguntou.

— Nós levaremos mais de uma hora para chegar até minha casa... Então...

Minutos depois estacionavam à porta de um luxuoso e conhecido hotel. Dez minutos mais tarde entravam num quarto ricamente mobiliado.

— Mas isso é loucura! — Anahi protestou.

— Tudo o que eu faço com você é loucura! — ele sussurrou, abraçando-a.

Em seguida beijou-a. Despiu-se apressadamente. Com um resmungo de frustração, disse:

— Algum dia espero fazer isso com controle e fineza!

— Mas não hoje!

— Não, não hoje — ele concordou, puxando com impaciência o zíper do vestido elegante de Annie.

O vestido caiu no chão e Alfonso admirou a lingerie de cetim e rendas que ela usava.

— Dio!... Como eu tenho bom gosto! — exclamou.

Annie corou.

— Você fez as compras pessoalmente?

— Fiz... Não tinha outra coisa a fazer nos dias que precederam nosso casamento.

Poncho beijou-a de novo e a conduziu à cama. Uma chama abrasadora fora de controle não poderia ser mais perigosa do que a repentina e ardente conexão íntima que explodiu entre os dois.

O corpo de Anahi se contorceu sob o dele, em desespero para atingir a satisfação que somente Alfonso lhe poderia dar. Agarrou-lhe os cabelos, arqueou o corpo, e gemeu quando ele a penetrou com vigor.

— Ninguém vai tirar você de mim! — Poncho sussurrou com voz rouca. — Ninguém!

E, depois disso, não houve nada mais além do calor intenso que a conduziu às alturas, para em seguida transportá-la de volta ao vale dos gemidos de prazer, resultado da satisfação completada.

— Somos loucos por fazer isso no meio de uma crise — Poncho comentou muito tempo depois, com Anahi ainda em seus braços, saciada, desejando nunca, nunca mais sair dali. — Porém, mesmo que seja só por algumas horas, não quero que nada nem ninguém interfira.