Fanfic: UM ADORÁVEL TIRANO - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA} | Tema: Anahi e Alfonso

Claudia falou, cm alegria forçada: - Eu disse que você veria Robert outra vez. - Uma risadinha escapou. - Estão sempre discutindo, aqueles dois. Robert é um ótimo ator, mas não gosta de ser mandado. Estão brigando por causa dessa cena já há alguns dias; Alfonso não vai sossegar enquanto não conseguir que Robert faça a cena como ele quer, e Robert só vai aceitar quando Alfonso quase o estiver matando.

- Mas vai fazer? - perguntou Annie sem interesse.

- Ah, claro! No fim acaba fazendo - respondeu Claudia. – Porque acontece que Alfonso é quem sabe como esta cena deve ser representada. Mas Robert gosta de ser difícil, com Alfonso pelo menos.

- Outro membro do fã-clube? - inquiriu Annie amargamente.

Claudia a encarou. Depois, desviou o rosto, entristecida pela amargura que viu nos olhos da outra. Pobre coitada! Estava aprendendo depressa que junto com as emoções que um sujeito como Alfonso podia dar a uma moça, também vinham, automaticamente, desilusão e tristeza.

Quando Poncho levantou os olhos e viu Annie e Claudia esperando de um lado do cenário, abruptamente despediu Robert e se aproximou.

- Estão se divertindo? - Riu para Annie, estendendo a mão e tirando uma migalha de pão de seu queixo.

Ela concordou. Chegou até a dar um sorriso, admirada por conseguir se comportar assim, naturalmente, quando todos os nervos do seu corpo queriam explodir. Quando todas as lágrimas queriam lavar a desilusão que sentia. Quando devia ter coragem de virar e correr para longe dele.

- É uma barulheira, não? - disse Alfonso fazendo um gesto que indicava a arrumação apressada por todos os lados. - Não me pergunte como conseguimos produzir ordem neste caos. - Lançou um sorriso para Claudia. - Vou ter que esparramar um pouco de sangue se o Robert não parar de dar uma de prima-dona.

- Calma, Alfonso! - disse Claudia, penalizada. - Ele vai acabar fazendo o que você quer.

- Ele vai ter que fazer! - Virou-se novamente para Anahi: - Vou terminar em meia hora, querida, e a levarei para casa, via loja da Ninel Conde. Quero tratar de um negócio com ela. - Seus olhos brilharam de repente, um brilho de antecipação que misturava alegria com indulgência e que Annie, tão perdida em tristeza, nem percebeu. Ou, se percebeu, nem ligou.

- Está bem - disse simplesmente.

- Escute - disse ele a Claudia. - Você telefonou para a Agência Brill sobre aquela cantora?

- Puxa, Alfonso, esqueci! Vou agora mesmo fazer isso. - Segurou a mão de Anahi. - Venha comigo, querida. Você pode ser atropela se ficar por aqui.

- Vou terminar dentro de meia hora - prometeu Alfonso e, enquanto voltava para o cenário, Claudia levou Anahi para seu escritório.

Meia hora depois o carro de Alfonso saiu pelos portões do estúdio e dirigiu-se velozmente para o Sunset Boulevard, com Poncho falando a maior parte do tempo e parecendo não notar que Annie permanecia calada. Quando encostaram em frente à loja de Ninel, ele saltou do carro com agilidade, dizendo: - Venha!

- Você precisa de mim? - perguntou ela.

- Não especialmente, mas é melhor você entrar, está quente demais aqui fora. - Agarrou a mão dela, puxando-a do carro, e não soltou até que tivesse passado pelas portas da Loja Conde. Annie sentia-se absurdamente como uma criança.

- Alfonso, me largue! - sussurrou, quando uma das elegantes recepcionistas atravessou o tapete verde em direção a eles.

Ele apenas sorriu. - Tudo bem, a sra. Conde está nos esperando - e continuou a andar, passando pela moça, que levantou uma sobrancelha e dirigiu-se ao elevador, com uma risada.

- Você pode largar da minha mão. Não vou fugir.

- Eu gosto de segurar sua mão - falou de um jeito alegre e despreocupado, o rosto como o de um menino, enquanto olhava para ela. - E uma mãozinha tão suave, toda de ossos delicados. Eu podia esmagá-la com minha mão. - Então, quando estavam subindo sozinhos no elevador ele levantou a mão de Annie e enterrou os lábios nela.

Seus lábios estavam quentes e pareciam ficar colados contra a pulsação de seu pulso. Anahi olhava a cabeça dele inclinada. Nesse momento... nesse momento, ele apreciava fazer aquilo! Nesse momento ela era especial para ele, era seu brinquedo. Mas, um dia, isso ia acabar e ela teria o mesmo fim que aquela outra moça, cujo nome persistia em sua mente como um sino de funeral. Ela queria dizer aquele nome, queria ver a culpa acabar com a sua autoconfiança. Ela queria gritar aquele nome, mostrar que já sabia, mas somente recebeu seus beijos.

O elevador parou e eles saíram. Alfonso ainda segurava a mão de Annie quando se dirigiram ao escritório particular da sra. Conde. A impetuosidade dos seus passos fez com que Annie se admirasse. - Seu negócio com a sra. Conde deve ser importante, não, Alfonso?

- Meu negócio com ela é importante. -Riu, enquanto falava.