Fanfics Brasil - 2 UM ADORÁVEL TIRANO - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA}

Fanfic: UM ADORÁVEL TIRANO - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA} | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: 2

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Alfonso Herrera - um nome ligado ao mundo do cinema - que, apesar de ter só trinta e quatro anos, já tinha dirigido diversos filmes de sucesso. Alfonso Herrera, que rapidamente subia a precária escada da fama em Hollywood, a escolhera para acompanhá-lo, ainda que não por amor, não por amor!


Quando ele havia se declarado a ela, dissera claramente que queria se casar porque estava cansado de viver sozinho.


- E vai funcionar, se você não me ama? - ela perguntara.


- Amor! - Ele havia rido desdenhosamente. - Será que eu devo contar o que é o amor, meu bem? É uma palavra linda, linda, que se escreve nos cartões do Dia dos Namorados, um ingrediente que se mistura às canções populares, uma brisa que está ali num momento e logo depois desaparece. Meu bem, não me peça belas palavras, que eu não sou do tipo. Aceite o que posso dar, minha admiração e minha apreciação; será que não são emoções suficientemente boas e fortes para você?


E porque parecia um milagre que ele a tivesse querido de qualquer maneira, ela aceitara, como um pequeno e frágil pássaro, as migalhas de consolo que ele oferecia. A admiração, na qual ela mal podia acreditar, pois não era uma pessoa sofisticada. Sua apreciação, que para ele significava gostar dela porque ela não atrapalhava; ele podia com certeza se esquecer dela quando quisesse, sabendo que ela não iria reclamar, sabendo que ela iria, bem quieta, encontrar algo com que se distrair, até que ele quisesse chamá-la novamente.


Ela o amava, é claro. Tinha se apaixonado por ele desde o primeiro sorriso que ele lhe dera.


Conheceram-se na casa da avó dele, onde Anahi estava tratando da irascível e muito rica sra. Herrera.


Annie, que era inglesa, tinha vindo para a América dois anos antes, quando sua mãe, viúva, morrera. Tinha vindo como atendente de enfermagem e resolvera ficar e tornar-se uma enfermeira registrada. Esse trabalho, que ela achava muito mais interessante do que servir em hospitais, a levara a conhecer diversos lares e diversas pessoas. E, desde o primeiro dia em Laurel Bay, tinha ficado encantada e intrigada com a majestosa irascibilidade da velha sra. Herrera e a beleza um tanto melancólica de sua neta, DeI Ia, que vivia com ela.


Essas pessoas eram diferentes e, apesar de Anahi não ser presunçosa, não podia deixar de apreciar o fato de sra. Herrera ser a mulher mais rica de Casa Roche e do seu neto, irmão de Maite, ser um conhecido diretor de cinema.


Então, numa tarde, ele chegou. A velha sra.Herrera ficou ao mesmo tempo azeda e contente que ele tivesse perdido tempo em vir de Hollywood até lá, só por causa de sua úlcera gástrica, até que ele a informou que, na verdade, tinha vindo para Casa Roche por causa de um assunto de cinema e que não tinha nem idéia de que ela estivesse doente. O descuido com que disse isso, mesmo diante de Annie, mostrou que havia muito pouca afeição em sua atitude com relação à avó, apesar de ter sido criado por ela, bem como sua irmã.


O pai morrera quando Maite tinha dois anos e Alfonso doze. A mãe, uma siciliana extremamente bela tinha tornado a casar quase imediatamente. Seu novo marido se recusara a aceitar a responsabilidade das crianças, e ela simplesmente deixou os filhos com a sogra e sumiu da vida deles para sempre.


Anahi sabia de tudo isso por Maite ,pois tinham rapidamente se tornado amigas. Eram bastante solitárias, pois ambas sofriam a perda de alguém a quem amavam. Annie perdera a mãe; Maite, o marido, em um acidente de carro, três meses depois de casada.


Anahi e Maite muitas vezes conversavam durante os longos e quentes dias de agosto, pois a sra. Marsh, apesar de ter rompantes de mau gênio, era uma paciente relativamente fácil. Dormia bastante, e foi durante essas horas que a amizade entre Annie e Maite se aprofundou. Foi depois de um conselho de Anahi que Maite Ia resolveu, por fim, se casar com Mane , um advogado magro e simpático, cuja família morava na casa vizinha à propriedade de Laurel Bay.


Ele era um visitante persistente, e Anahi logo percebeu que adorava a alta e melancólica Maite.


- O homem é louco. - Maite disse a Annie uma tarde, quando estavam sentadas em um velho caramanchão de roseiras no jardim de Laurel Bay. - Gostaria que ficasse longe.


- Para que você continue melancólica - Annie retrucara, com um ímpeto que assustou a si própria. Ela não era habitualmente uma pessoa de interferir nos assuntos alheios, mas gostava muito de Mai e de Mane, e achava, bem como a sra. Herrera, que, se Maite Ia não encontrasse algo por que viver, acabaria se tornando uma reclusa azeda, que não gostaria de nada além de sua própria companhia e da lembrança de um rapaz que tinha sido selvagem e sem juízo, mas a quem ela amava.


- Não poderia nunca amar Mane como amei Philip - Mai disse então. - Eu estaria traindo sua memória.


- Se você acha isso, então não é completamente indiferente a ele, não é? - Annie retrucou.


- Como é que você é tão sábia, sendo tão jovem? Você parece ter dezesseis anos, sabia?


A velha sra. Herrera estava se recuperando rapidamente, e, naquele domingo, para comemorar, a família se reuniu para tomar chá no terraço. Annie foi convidada e aceitou com relutância. O sol estava brilhante, a tarde estava cheia de movimentos de pássaros e da queda preguiçosa de folhas das altas árvores do jardim de Laurel Bay. A sra. Herrera, parecendo uma rainha, vestida de seda negra, presidia por trás de um bule de chá, que era tão régio quanto ela, feliz da vida por poder tomar chá novamente e tão cheia de brincadeiras picantes quanto seu neto, recostado bem à vontade, vestido com calças cinza e uma camisa azul-marinho, parecendo tão atrevido quanto um corsário.


Este era o décimo dia que estava em casa e Anahi ainda se sentia absurdamente tímida na presença dele. Quando ele falava com ela, só conseguia responder com monossílabos. Quando sorria para ela, os dentes brancos segurando um dos charutos escuros que estava sempre fumando, ela achava que havia zombaria em seu riso, e sempre ficava ruborizada. Essa reação fazia com que perdesse o sono à noite. Os homens, até então, tinham sido meros robôs, e ela não podia imaginar que o mundo pudesse conter um homem como ele. Atraente como um gato selvagem; atrevido como qualquer pirata insolente. Sentia medo dele, mas ao mesmo tempo ele-a fascinava. Ela não sabia, até aquela tarde no terraço, que tinha se apaixonado pela primeira vez na vida.


Foi enquanto tomavam chá no terraço, sob um céu tão azul e límpido que doía nos olhos, que Maite Ia e Mane anunciaram a intenção de se casarem. Maite, linda em Um vestido de seda creme, ficou corada ao dar a informação. O magro Mane parecia uma criança com uma dúzia de brinquedos, enquanto a sra. Herrera concordava com a cabeça e sorria com grande satisfação.


Annie, bebericando seu chá, olhava para Alfonso. Viu de repente um lampejo malicioso em seus olhos e um riso sardônico em seus lábios.


- Deveríamos estar brindando isto com champanhe, mas vai assim mesmo! - Levantou-se, erguendo a xícara de chá para a ruborizada Maite e o feliz Mane. - Bênçãos para a união, minhas crianças, e não se esqueçam de dar o meu nome à primeira pequena bênção, supondo que vocês acertem o sexo... - Bebeu o chá com um floreio, e teve a satisfação de receber um olhar escandalizado de sua avó.


- Você é demais, Alfonso Herrera! - reclamou ela. - Por que não volta para Hollywood, que é o seu lugar?


- Eu vou para lá, minha querida avó, logo depois de minha lua-de-mel.


- Sua o quê?


- Minha lua-de-mel, aquilo que as pessoas fazem quando se casam. - Bem deliberadamente, então, colocou a xícara de novo no pires, deu a volta à mesa e fez com que Annie se levantasse da cadeira. - Venha dar uma volta comigo! - disse, e levou-a para longe da mesa antes que ela pudesse ter chance de protestar.


Levou-a para baixo dás árvores de Laurel Bay, e o medo e a perplexidade estavam fazendo seu coração disparar tanto que ela estava sem defesa, quando ele, subitamente, parou e puxou-a para seus fortes braços morenos. Seus lábios quentes tocaram contra seu pescoço e ela tremia em seus braços, sentindo que devia lutar contra ele, e não querendo lutar.


- Você não devia fazer isso, não devia! - foi tudo o que conseguiu dizer.


Ele riu, suavemente, profundamente. - Mas estou fazendo, meu bem. Quer que eu pare?


- Sim.


- Mentirosa! - Beijou-lhe os lábios então, e Annie se viu perdida. Como uma pequena mariposa que se queimava na chama ardente e não se importava de morrer depois do êxtase. -Case-se comigo e venha para Hollywood - disse ele então. - Estou cansado de viver sozinho. - Tocou-a, acariciando-lhe os cabelos loiros, e com o dedo seguiu a curva suave do rosto dela até o canto dos lábios. Uns lábios lindos, na verdade, com uma ternura ardente e a sensibilidade de uma sonhadora. Ela não era bonita, pois seu rosto era muito simples, mas uma atração sutil se ocultava nela, uma atração feita de um corpo frágil, voz suave e um ar meio infantil de solidão.


- Mas você não me ama, Alfonso - disse ela.


- Amor! - Ele riu, desdenhosamente...


 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 235



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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:09

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA acabou maravilhosamente lindo e fofo *-* Fijnalmente ele confessou que amava ela *-------------------------------* AAAA

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:08

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:06

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