Fanfics Brasil - 20 UM ADORÁVEL TIRANO - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA}

Fanfic: UM ADORÁVEL TIRANO - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA} | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: 20

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Naquela noite, durante o jantar, Annie contou para Poncho que tinha passado a tarde nadando com Robert. Ela estava curiosa para ver a reação dele, sentindo, como sentia, que ele não gostava de Robert. Mas não estava preparada para a faísca de raiva que brilhou em seus olhos.


- O diabo que você foi! - exclamou. - Então o danado conseguiu se chegar?


Anahi, por seu lado, ficou muito zangada. - Esse não é um jeito bonito de falar dele - disse. - Achei-o bem agradável.


- Partison! - Poncho riu. - Eu podia contar coisas sobre aquele sujeito que deixariam seus belos cabelos loiros em pé. Por favor, fique longe dele. - Olhou direto dentro dos olhos dela. - Não estou só pedindo, Anahi, estou mandando!


Ela se surpreendeu com seu tom de voz. Ficou olhando para ele, meio esperando que começasse a rir e mostrasse que estava brincando. Mas ele não fez nada disso, ela desafiou. - Você pode me mandar saltar pela janela, mas isso não quer dizer que seja obrigada a fazê-lo.


As coisas sendo como são, meu bem, no caso de Partison, é melhor você pular da janela. É mais rápido!


- Mais rápido? - ela não entendeu.


- Estou dando a entender que o Partiason é como um assassinato. - Serviu-se de um pouco de vinho e riu para ela enquanto o erguia para os lábios. - Você está pensando que eu também não sou um anjo puro, não é? Isso está me parecendo bem triste. Você costumava ter sempre tão boa impressão de mim, Anahi. O que foi que aconteceu para mudar assim?


Ela a olhou para sua face morena e zombeteira. Estava bebericando o vinho, os olhos caçoando dela. - Acho que na verdade não ligo mais se você pode ou não melhorar. Você é o que é, não? Estou aceitando-o como você é!


- Isso que disse tem um duplo sentido, querida. Será que pode explicar melhor?


- Os tigres não mudam as listras do pêlo, não é? - Sua baça macia se entortou. - Eu tive a ilusão de que eles mudavam, é só isso. Agora cresci, deixei de lado minhas ilusões infantis.


- Sei, sei. - Ele ficou estudando o rosto dela, o ar meio desafiador, o sinal de interrogação nos olhos azuis. - O que foi que aconteceu de errado, Anahi? - perguntou em voz baixa. - O que foi que eu fiz? - e alguma coisa no jeito com que ele disse essas palavras produziu uma dor tão forte que Annie deu um gemido e agarrou abeirada da mesa.


- Não ligue para mim. Sou uma boba, só isso.


- Por quê? Só porque pensou que podia esconder as listras do tigre com uma camada de tinta branca? - Ele sorriu e rodou o cálice de vinho, olhando o brilho da bebida através do vidro.Vejo que descobriu que é preciso muito mais do que isso para acabar com minhas listras. Desculpe-me se essa descoberta magoou você Annie.


Levantou o cálice com um floreio cínico e esvaziou-o, seus olhos atentos ao rosto de Anahi; olhos escuros e misteriosos, ainda capazes de derreter seus joelhos e deixar seus braços com uma imensa vontade de abraçá-lo. Então ele deu uma risada e levantou-se.


- Venha e vamos dançar! Você esquece de perguntar coisas a meu respeito quando eu a seguro bem perto.


 


Anahi tentou, depois daquela conversa, fazer como Alfonso deseja. Tentou ficar longe de Robert, mas de repente parecia que, onde ela ia, lá estava Robert também. Se ia à praia, lá estava Robert. Se ia à praça para ouvir a banda, cedo ou tarde ele aparecia atrás de sua cadeira, oferecendo pipoca.


E em alguma festa, quando Alfonso desaparecia para jogar pôquer ou conversar sobre filmes, invariavelmente Robert aparecia ao seu lado, uma bebida na mão e um convite para dançar nos lábios.


Ele era sempre tão amigo, tão casual, tão divertido que Annie não conseguia entender por que Poncho havia falado daquele modo sobre Robert. Ninguém, ela imaginava, poderia tê-la tratado com mais respeito do que ele. Mesmo quando dançavam, não a apertava, como alguns dos outros homens que freqüentavam aquelas festas. Nunca tentou um sinal de familiaridade.


Annie começou a pensar que Alfonso havia deixado o fato de os dois não se darem bem no trabalho influir em seu julgamento, no seu senso de justiça. Robert, ela decidiu, era muito menos perigoso do que próprio Alfonso, e mesmo que esse pensamento tivesse parecido desleal ela continuou com ele. Ela o usou como uma desculpa para esquecer e, mesmo, pôr de lado a ordem de Alfonso para que ficasse longe de Robert.


Descobriu que gostava dele. Não o encorajou abertamente, mas sabia que o prazer que sentia em sua companhia devia aparecer em seus olhos quando riam de uma bobagem qualquer, que ele transformava em piada. Ou quando os dois se atrapalhavam querendo fazer surfe. Ou quando comiam juntos em uma barraca de cachorro-quente e ele insistia para que ela experimentasse as pimentas que tanto apreciava.


Annie descobriu que Robert havia tomado o lugar de Dulce Maria em sua vida; tinha se tornado o amigo de que ela tanto precisava. Ela o aceitou de coração, como amigo. Nunca ocorreu a ela que ele podia querer ser algo mais que isso. Nem mesmo notou que, no seu modo maroto e apimentado, ele era muito atraente, nem estava especialmente impressionada por ele ser um dos jovens atores mais populares de Hollywood. Para ela, ele era o Robert... Robert do riso alegre, do gênio irrequieto. Estava tão ocupada sendo grata pela amizade dele que nem percebia os olhares interrogativos e divertidos que estavam começando a atrair nas festas.


Um sábado à tarde, Robert a levou a uma partida de baseball. Nunca assistira a uma, e apesar de tudo ser um mistério para ela, logo estava aplaudindo tio entusiasticamente quanto ele. E no meio de tanto aplauso a maçã caramelada que Robert lhe dera voou da ponta do pauzinho e aterrissou algumas fileiras abaixo, no colo amplo de um torcedor do time visitante.


Quando a cabeça indignada se virou para descobrir o culpado, Annie já estava obedecendo à ordem sussurrada de Robert - ele estava fazendo um esforço desesperado para não explodir em gargalhadas - para que parecesse o mais inocente possível.


O pobre homem, tão injustificavelmente bombardeado com uma enorme e melada maçã vermelha, encontrou uns olhos azuis tão inocentes, tão vazios de qualquer coisa semelhante a culpa ou o desejo juvenil de comer uma maçã caramelada, que qualquer forma de reclamação que por acaso ele fosse fazer passou por cima de Annie. Os olhos hostis e ofendidos procuravam em toda a fileira de pessoas, e Anahi podia sentir o corpo de Robert tremer pelo esforço que ele fazia para controlar o riso. - Pare com isso! - ela falou baixo. - Ele vai descobrir em um minuto se você ficar um pouco mais vermelho!


- Como... como é que você faz isso? - Robert ofegou. - Você consegue parecer tão angelical! Diabos, ele está olhando outra vez para você. - Num incontrolável acesso de riso Robert se abaixou como se fosse amarrar o sapato e Annie podia ouvi-lo resfolegando e engolindo o ar perto do seu joelho. Fez um esforço maior ainda para manter a cara séria.


Anahi aproveitou aquele jogo como há muito tempo não aproveitava nada, e quando eles finalmente saíram misturados com o povo e Robert a convidou casualmente: - Se você tem tempo, não quer ir até minha casa tomar um café ou um refrigerante? - ela concordou logo.


Nunca tinha estado no apartamento de Robert antes, e ficou espantada com a desordem que reinava no lugar, a atmosfera boêmia e a indiscriminação. Parecia, essa sala com o ajuntamento de móveis bizarros e as janelas para o mar, mais com um estúdio do que com qualquer outra coisa. Ainda mais que havia um cavalete coberto perto de uma das janelas, em uma posição que pegasse luz.


- Você pinta, Robert? - perguntou com franca curiosidade.


- Vamos dizer que eu tento. - Aproximou-se do cavalete e puxou a coberta. - Quer examinar o cadáver? - indagou com atrevimento.


Annie chegou perto. Seus olhos se escancararam ao se descobrir na tela: ela mesma e ainda alguém diferente.


Estava sentada em uma parede baixa e branca, que beirava um canteiro de flores amarelas e brancas. Sua mão direita repousava sobre as flores enquanto seus pés descalços aparentemente balançavam, e a cabeça atirada para trás como se risse alegre e irresponsável.


- E então? - perguntou Robert baixo.


- Sou eu... mas ainda... - virou o rosto para ele - não sou eu mesma.


- Talvez seja você como eu a vejo, ou como gostaria de vê-la.


- Parece... uma cigana! - replicou incrédula. Virou-se novamente para a pintura. As cores eram atrevidas e aplicadas por uma mão atrevida. Robert  tinha avivado a cor do seu cabelo, feito sua boca mais sensual. Em volta do tornozelo esquerdo brilhava uma fina pulseira, mas a mão esquerda estava sem a aliança de casamento. Ela nem percebeu o significado desse anel ausente, tanta atenção prestava na pintura como um todo. Para um pintor amador, era extremamente bem feita, e ela reconheceu isso, apesar de entender muito pouco de pintura. A pose era alegre e solta e quente como um gatinho ao sol.


- Os olhos não estão bons - disse Robert, examinando o retrato. - Eu já achava antes e, agora que você está aqui, posso ver o que fiz de errado. Seus olhos se franzem quando você ri, mas ainda assim continuam grandes. - Virou para ela ansiosamente. - Se eu te pagar com refrigerante bem gelado, você posa para mim por uns quinze minutos enquanto acerto esses olhos?


Ela riu, corando um pouco: - Mas que sejam só quinze minutos, Robert. Alfonso vai me levar para conhecer o patrão hoje e eu não quero me atrasar.


- K. C.? – Robert assobiou. - Você vai a casa dele?


- Para jantar. Ele mete muito medo, Robert? - Robert riu enquanto ia para a cozinha pegar o prometido. - Não dá para descrevê-lo! - Falou por cima do ombro. - Imagino se nossa amiga ruiva, a Thalia, vai estar lá hoje.


- Sob o mesmo teto que a esposa? - Annie se espantou.


Ouviu Robert rir. Quando ele voltou com dois altos copos de refrigerante disse-lhe, estendendo um dos copos: - K. C. é um tamanho potentado que mesmo sua mulher não se atreve a ficar aborrecida se ele trouxer a amante para jantar. A mulher dele vai surpreendê-la. É uma magnífica e sintética loura de uns cinqüenta anos. Ela é bem pesadinha e adora o boboca do marido delinqüente. É um mistério para mim por que ele se importa com uma bestinha como Thalia tendo uma esposa como Magda.


- Magda? - Annie perguntou. - Parece estrangeiro?


- Ela é de algum lugar dos Bálcãs, acho. Aliás acho que os dois são. - Ele caçoou. - Tudo ligado a K. C. é meio misterioso. Às vezes ele diz coisas que você precisa quase sair correndo para encontrar a chave para entender o significado. Ele fala realmente atrapalhado, e se você não o conhecer no mínimo há meia dúzia de anos vai ficar matutando sobre o que ele está querendo dizer.


- Imagine se vou e respondo a ele alguma bobagem. - Sorriu. - Garanto que vou cometer alguma gafe antes de a noite acabar.



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Comentários do Capítulo:

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:09

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA acabou maravilhosamente lindo e fofo *-* Fijnalmente ele confessou que amava ela *-------------------------------* AAAA

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:08

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:06

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