Fanfics Brasil - 24 UM ADORÁVEL TIRANO - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA}

Fanfic: UM ADORÁVEL TIRANO - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA} | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: 24

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A casa parecia saída de um filme de Guerra Civil americana, branca e graciosa, com altas colunas e um mordomo negro de carapinha branca.


Ele acompanhou Poncho e Annie por uma entrada magnífica com o chão de assoalho preto e branco, um laguinho com peixes dourados no centro e magníficos lustres de cristal faiscando no alto do teto. Anahi sentiu-se como se tivesse entrado em um cenário de um filme extravagante, e o primeiro vislumbre de Karl Christbel só aumentou a sensação.


A apreensão e o nervosismo que sentia por estar chegando atrasada diminuíram rapidamente ao ser apresentada a esse homem gordo, com uma careca brilhante, bochechas brilhantes e negros olhos brilhantes. Ele balbuciou alguma coisa na apresentação a Annie e dirigiu-se depressa ao laguinho e ficou dando comida aos peixinhos. Não se parecia nem um pouco com o chefe supremo dos estúdios onde Alfonso trabalhava nem com o amante de Thalia Van Deen.


Mas Magda encaixou-se exatamente na descrição que Robert fizera dela, como uma magnífica loura peso-pesado cinqüentona.


Usava um lindo vestido negro drapeado, brilhantes faiscando nos cabelos pintados e nos braços até os cotovelos. Ela rindo desculpou o atraso, dizendo alto para Lew, com sotaque estrangeiro: - Antes tarde do que nunca, hein? - Virou o rosto pintado para Anahi. - E por que este rapagão malvado traz você tão tarde? - Estendeu a mão rechonchuda, carregada de anéis, e deu um beliscão no rosto de Annie. - Estava ocupado beijando-lhe, não é?


Anahi corou e Magda deu uma piscadela para Poncho. - Então é verdade, hein? - Seu peito imenso sacudiu-se com o riso. - Ah, bem, a juventude é tão rápida. Passa depressa. Um dia - inclinou a cabeça para Annie e passou a mão em seu próprio corpo cheio - um dia, ela vai se parecer comigo, e então o que é que você vai fazer, meu rapaz?


Poncho riu e levantou as sobrancelhas para Anahi, tão esguia, de cintura tão delicada e finos pulsos e tornozelos. - O que você acha que eu farei? - perguntou a ela.


Ela enfrentou seu olhar e com algo de perverso, respondeu: - Acho que, nessas alturas, você já terá arranjado outro brinquedo!


Virou-se e seguiu Magda para a sala de estar, onde umas oito ou nove pessoas estavam reunidas, tomando aperitivos e esperando a hora do jantar. Annie ficou aliviada ao ver que a reunião era tão pequena que não incluía Thalia Van Deen.


O jantar acabou sendo uma coisa convencional e longa, com pratos europeus e vinhos combinando, tudo muito luxuoso.


Os vizinhos de mesa de Annie eram uma moça alta, de cabelos castanhos, que parecia estar desacompanhada, e um homem de olhar alegre, que ficou falando sobre sua úlcera gástrica, e informando que esse jantar que ele devorou com apetite acabaria por matá-lo de manhã. Anahi, lembrando-se de sua experiência de enfermeira, teve que sorrir e concordar com ele.


De repente, a moça ao seu lado virou-se para ela e disse: Vamos ter um bom divertimento depois do jantar. Magda e Karl arranjaram uma cigana verdadeira, e de acordo com os mexericos, ela vai ler a sorte de todos nós. - Seu sorriso brilhou alegre. - Gostaria que ela prometesse que vou ganhar um presente como aquele ali... aquele sujeito alto, conversando com Magda.


Annie seguiu seu olhar e um rápido sorriso moveu seus lábios enquanto baixava o rosto para o prato a sua frente. - Aquele sujeito me dá calafrios na espinha - continuou a moça.


- É verdade? - Havia um brilho alegre nos olhos de Anahi.


- Não me diga que você não sente nada! - a garota exclamou, incrédula.


- Oh, eu concordo que ele é muito atraente! - sorriu Annie.


- Ele é muito mais do que isso! - A moça estava admirando Poncho abertamente. - Ele é bárbaro, deve ter nascido no século errado. Posso vê-lo na coberta de um navio pirata, uma espada sangrenta nas mãos!


- Ou em corridas de bigas na Via Appia - murmurou Annie.


Os olhos da moça faiscaram. - Então você percebe o que estou dizendo? Aquele sujeito pode machucar muito. Mas, rapaz, eu nem ligaria!


- Não ligaria mesmo? - perguntou Anahi curiosa. - Só porque ele é fora do comum, será que pode ter também um comportamento fora do comum?


A garota ficou pensando na pergunta, com a atenção presa pelo ar sério de Annie. - Acho que nove entre dez mulheres desculpariam muita coisa em um homem como aquele. A décima, em minha opinião, teria que ser uma grande boboca. - Riu. - Não me diga que você não desculparia aquele machão atraente.


- Eu o desculpo todos os dias. - As pestanas de Annie se abaixaram. - Ele é meu marido.


- Epa! - O garfo da moça caiu sobre o prato fazendo barulho. - Puxa vida! E você me deixou abrir meu coração infantil. - Riu, sacudindo a cabeça. - Ainda assim, acho !que deve estar acostumada a ouvir os suspiros das mulheres invejosas, não está?


- O que eu mais ouço, na verdade, são seus suspiros de incredulidade!


- Não estou incrédula - disse. - Estou achando que você é exatamente o tipo de gatinha que aquele pirata bárbaro carregaria com ele. Eu a invejo.


- Verdade? - O sorriso de Annie continha ironia. Tal comentário antigamente a teria agradado, mas agora só parecia reforçar a visão do sentimento de posse que Alfonso sentia por ela. Sua gatinha, seu brinquedo!


Depois do jantar, quando estavam todos sentados na agradável sala de visitas, Karl Christbel anunciou sua intenção de apresentar a cigana.


A cigana dos Christbel era uma criatura impressionante: alta, de voz cavernosa e de meia-idade, com olhos negros e faiscantes e pele morena. Em sua face esquerda havia uma pequena tatuagem, carregava ao pescoço uma enorme quantidade de moedas e um lenço vermelho na cabeça. Suas mãos eram grandes e extremamente ásperas e, quando sentou-se à mesa para onde Karl a havia conduzido, embaralhou com elas um maço de cartas desbeiçadas. A maioria dos assistentes olhava espantada para ela, mas Alfonso estava sorrindo abertamente e examinando a estranha figura com olhos insolentes.


Ela ficou sentada, olhando para as cartas que corriam entre seus dedos e, abruptamente, levantou os olhos/e encarou Poncho. Seu ar de caçoada, sua falta de respeito por uma arte tão antiga quanto os próprios ciganos, atiçaram o orgulho da mulher, e ela o escolheu, fez dele a primeira vítima.


De repente, estendeu um dedo sujo em sua direção e sua voz grossa e áspera soou pela sala: - Você duvida da minha capacidade de ler o futuro, não é, meu jovem? Você pensa que ele fica escondido atrás de um véu pesado demais para ser desvendado por olhos humanos?


Ele concordou, os olhos dançando com ironia. - Suas brincadeiras não me impressionam nem um pouco - respondeu ele.


- Você então não viria até aqui escolher duas de minhas cartas?


- Vou sim, só pelo divertimento. - Levantou-se do braço da poltrona de Annie e se aproximou da mesa. A cigana ficou sentada, movendo as cartas sobre a mesa, as moedas em seu pescoço tilintando misteriosamente. O olhar com que brindava Alfonso, alto e sereno ao seu lado, era maligno. Então, quando ele chegou mais perto dela, um espasmo passou por seu rosto, seu lábio superior pareceu levantar-se e mostrar os dentes e um olhar agudo apareceu em seus olhos. Só por um segundo esse olhar apareceu, depois suas pestanas pesadas o esconderam.


Quando Poncho chegou perto, ela fez um gesto para que ele escolhesse duas cartas e ele descuidadamente assim o fez. Um rei negro e um coringa vermelho ficaram lado a lado.


- Bem, - disse Alfonso - levante o véu e revele o futuro, se puder!


A mulher começou a rir, um riso profundo e cavernoso que outra vez fez soar as moedas em seu pescoço. Com um indicador de unha amarelada, fez o coringa se encostar no rei negro. Disse, através do riso. - No seu, meu rapaz, é melhor que eu deixe o véu baixado. - Seu olhar atravessou a sala até Anahi, que olhava a cena admirada. O dedo amarelado estava apontado para Annie. - Vou fazer isso só por sua causa - gritou.


A mão de Poncho agarrou o ombro ossudo da cigana, segurando forte até que a cabeça morena virasse novamente para ele. - Não tente assustá-la! - disse ele com a voz despida de qualquer brincadeira.


Um silêncio estranho baixou sobre a sala quando Alfonso disse isso, um silêncio de expectativa. Todos os olhares estavam voltados para Poncho e a cigana, mas Annie teve a impressão de que todos os pensamentos eram para ela. Encolheu-se na cadeira e rezou para que terminasse acena à sua frente.


- Não está em meu poder amedrontar sua esposa - a cigana disse. - Só você tem esse poder!


Deu então um puxão no ombro e se soltou da mão de Alfonso. Recolheu as cartas e começou a embaralhá-las novamente, correndo a sala com os olhos. - Quem será o próximo? - perguntou, e Annie viu a moça de cabelos castanhos, sua vizinha na mesa, levantar-se e ir até perto da cigana.


Anahi estava muito quieta indo para casa no carro. Fora uma noite estranha, quase de pesadelo, e agora ela se sentia vazia de energia, vazia de tudo anão ser uma enorme apreensão. Estava imóvel, com o rosto virado para a janela, olhando as avenidas escuras e sentindo o perfume dos laranjais atrás das cercas brancas que passavam correndo.


O que a cigana quis dizer? O que ia acontecer no futuro?Annie estremeceu e encostou o rosto frio no couro também frio do banco do carro. Estava de re-pente quase chorando, o coração querendo segurança. E segurança não existia. Sua vida com Alfonso era como areia movediça, qualquer dia ele poderia cansar-se dela e, apesar dela conhecer seu lado cruel, sua enorme arrogância, se ressentia de um futuro sem ele. Podia não ter a gentil compreensão de Robert, mas era dono do seu coração. Pior que isso: tinha o poder de parti-lo.



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Comentários do Capítulo:

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:09

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA acabou maravilhosamente lindo e fofo *-* Fijnalmente ele confessou que amava ela *-------------------------------* AAAA

  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:09

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:08

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:06

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