Fanfics Brasil - CAPÍTULO V UM ADORÁVEL TIRANO - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA}

Fanfic: UM ADORÁVEL TIRANO - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA} | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: CAPÍTULO V

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CAPÍTULO V


 


A sala de entrada do cinema onde o filme de Bill Symans, A Lua do Caçador, estrearia estava superlotada e barulhenta, faiscando com jóias caras, excesso de lâmpadas e explosões de flashes. O ar estava cheio de fumaça e de perfume e o burburinho de muitas vozes subia acima de qualquer outro ruído.


Annie ficou tonta com essa onda de barulho, claridade e perfume quando entrou no cinema junto com Alfonso e Bill Symans. Deu um salto assustada quando um flash estourou quase em seu rosto. Ouviu Poncho rir e, quando olhou para ele, viu que fazia uma careta para ela. - Você está muito assustada hoje, meu docinho - murmurou.


Corou, embaraçada. Dificilmente apreciava essas reuniões sofisticadas, mas esta era ainda mais difícil de agüentar que as outras.


Ficou tensa, parada entre Alfonso e Bill, sentindo inúmeros pares de olhos pintados a encararem, analisando seu penteado, seu vestido, seu casaco, suas jóias. Queria fugir dali para dentro da noite. Não pertencia a esse lugar, era rejeitada por todos os lados, até Poncho a rejeitava!


Abaixou a cabeça e mordeu os lábios para evitar que tremessem, e sentiu a mão de Bill de repente fechando-se sobre a sua. Ele murmurou. - Finja que está no zoológico. Faça de conta que eles são um número de animais expostos à sua frente só para seu divertimento. Eu sempre faço isso e dá certo. - Um sorriso apareceu em sua voz. - Veja aquela tigresa alta e elegante vestida de amarelo e negro, aquela que ainda não jantou. Você pode ver que ainda não comeu, ela quase arreganha os dentes ao sorrir. Veja aquele pequeno periquito vestido de verde-esmeralda. Ou aquele esquilo encantador, de nariz arrebitado e olhinhos pequenos.


Annie teve que rir. - Se houvesse algumas grades entre eu e eles, me sentiria bem melhor - confessou. - Estou morrendo de medo que eles saltem sobre mim e me engulam. - Sorriu para Bill, satisfeita com sua compreensão. Seu rosto magro era muito gentil, mas também muito cansado e tenso, e ela imediatamente ficou preocupada. – Você está se sentindo bem, Bill? - ela perguntou.


- Estou ótimo! - ele retrucou. Mas, com um piscar de olhos, admitia francamente que não a estava enganando.


A Lua do Caçador era um filme de mistério, de efeito psicológico, com uma produção caprichada, bons atores e que deveria ter prendido a inteira atenção de Anahi, se ela não estivesse tão preocupada com Bill. Essa noite os olhos dele tinham um brilho febril e, em uma ocasião, quando ele tocou no braço de Annie e falou algo sobre o filme, sua mão parecia queimar.


Ficou prestando atenção a ele e quando, no meio do filme, ele silenciosamente levantou-se do seu lugar, ela virou-se aflita para Alfonso.


- Acho que Bill não está passando bem, - sussurrou. - Acabou de sair.


Poncho levantou-se imediatamente e os dois foram atrás de Bill. Encontraram-no sentado em uma das poltronas do salão de entrada, lutando para respirar e parecendo tão mal que Alfonso disse para Anahi: - Vou arranjar um táxi! - Saiu pelas portas largas e atravessou o grupo de pessoas que havia se juntado para ver as idas e vindas dos atores famosos e olhares curiosos seguiram sua figura alta. Um par de moças riu e chamou-o, mas ele nem as ouviu, não estava nem consciente da presença delas. Viu Bill, quase desmaiando, encostado no agasalho de veludo vermelho de Fay.


Quando já estavam dentro do táxi, Bill disse como que pedindo desculpas: - Eu sou mesmo um desmancha-prazeres, mas vocês dois não precisavam largar o filme, vocês sabem.


- Para O diabo com o filme! - Poncho exclamou, olhando preocupado para Bill. Suas olheiras fundas estavam cheias de gotas de suor e as narinas, tensas e brancas de dor. Um lampejo de afeição apareceu nos olhos de Bill quando percebeu o olhar preocupado de Alfonso.


- Que é isso, rapaz, você parece assustado! Não vou bater as botas, pelo menos não agora - murmurou.


Mas, quando chegaram ao apartamento de Bill, Alfonso pegou o telefone e chamou o médico. Não era apenas a aparência de Bill que o obrigava a isso, era também o olhar experiente de Annie, pois não estava se esquecendo de que ela era enfermeira.


- Vocês estão fazendo uma onda danada, gente. Eu me sinto assim muitas vezes. Acaba passando - Bill protestou. Mas seu olhar, enquanto Anahi abria seu colarinho e afrouxava a gravata, era muito diferente do habitual, sempre alegre e animado. - Onde está o remédio que você toma quando está assim, Bill? - Anahi perguntou. - No banheiro?


- No armário, primeira prateleira - ele respondeu gemendo.


Ela correu para o banheiro e, quando estendeu a mão para alcançar o vidro de remédio, sentiu uma tontura muito forte que a assustou. Encostou-se nos azulejos frios da parede, lutando contra a fraqueza, respirando devagar e fundo, segurando-se com todas as forças num mundo firme, que não rodasse e balançasse. As paredes brancas do banheiro rodavam e ela sentiu uma náusea muito forte, ficou banhada em suor frio. Passaram-se alguns minutos até que ficasse consciente outra vez do frio da parede sob suas mãos e das batidas nervosas de seu coração. Parecia uma criatura de pedra, agarrada à parede, a suspeita de uma semana ou duas lentamente tornando-se uma certeza.


Ia ter um filho! .


Ao voltar para a sala com o remédio de Bill, parecia pálida, mas calma. Misturou uma dose para ele, fez com que bebesse, vagarosamente, afagando seus cabelos claros. - Está se sentindo um pouco melhor? - perguntou.


- Sim, bem melhor. - Ele concordou. - Levantou a mão e segurou a dela sobre sua testa. - Você tem a mão tão fresca e macia, Anahi. Mão fria, coração quente, não é o que dizem? - Seus olhos cinzentos perscrutaram o rosto dela. - Alfonso é um sujeito de sorte. Será que ele sabe disso?


Ela corou violentamente e ficou aliviada quando ele desviou os olhos para Alfonso, esparramado na poltrona, um copo de uísque na mão. Sua aparência vivaz, seu grande vigor, estavam em grande contraste com o ar doente e febril de Bill. E Bill, como que percebendo isso, sorriu tristemente. - Você tem tanta saúde que dá até raiva, Poncho - disse ele. - Faz com que eu me sinta uma velha fraquinha!


Alfonso não retribuiu o sorriso de Bill. Em vez disso disse asperamente: - Deus parece que faz brincadeiras, colocando dor e doença num sujeito como você e uma quantidade enorme de saúde num cara como eu! Eu daria um braço para mudar isso; trocaria de lugar com você agora mesmo se pudesse.


- Isso é bobagem de criança, Poncho, e você sabe disso – disse Bill. - Se eu não tenho amargura com a situação, você não tem direito de ter.


- Amargo! - O rosto cinzelado de Alfonso era uma máscara de amargura. - Eu estou tremendamente revoltado. Tenho raiva até do todo-poderoso pelo que aconteceu a você! - Encarou o copo que segurava nas mãos. - O mundo vai acabar sendo um lugar nojento, se tudo o que é bom for acabando.


- Essa é uma filosofia muito dura, Poncho. - Bill franzia a testa. - Depende de a gente ser bom ou mau, fraco ou forte. E Deus não tem nada com isso. Ele só tem a palavra final, e me recuso a questionar a palavra dele. Existe, sem dúvida, uma razão para tudo o que ele nos dá ou nos tira. Fique grato por sua força, Poncho. Fique grato por todo o sol que aparece em sua vida e agüente o pouco de escuridão.


Mas Alfonso estava abanando a cabeça e o seu olhar azedo deixou Bill e dirigiu-se para Anahi. -O sol só queima a pele, não penetra dentro do corpo, eu já descobri isso - murmurou cinicamente. - Talvez eu apenas reflita a luz do sol, hein?



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Quando o médico chegou, Poncho levou Anahi para um canto e disse-lhe para ir para casa. - Você está meio abatida. Vou ficar aqui até que Bill se sinta um pouco melhor. Tem dinheiro para o táxi? - Ela fez que sim. - Vá, então! - disse ele. - Não vou voltar tarde. Annie desceu correndo as escadas do apartamento e foi at& ...


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Comentários do Capítulo:

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:09

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA acabou maravilhosamente lindo e fofo *-* Fijnalmente ele confessou que amava ela *-------------------------------* AAAA

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:08

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:07

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:06

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:05

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