Fanfic: UM ADORÁVEL TIRANO - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA} | Tema: Anahi e Alfonso

- Verdade? E qual foi a versão dele sobre o que aconteceu? Que eu o expulsei porque ele estava atrás de você?

A cor subiu no rosto de Anahi. - Imagino que foi por pura vingança! - retorquiu friamente.

- Que bela opinião você tem de mim, Anahi. - Estava sorrindo zombeteiro enquanto se servia de mais café. - Imagino como é que pode suportar ficar no mesmo aposento que eu.

Ela virou a cabeça, mordendo o lábio.

- A verdade é que Robert e eu não conseguimos mais trabalhar juntos, estava estragando o filme. Eu não deixo vingança alguma me atrapalhar a vida, Annie, e você pode acreditar ou não no que eu disse, pois não vou ficar derramando lágrimas sobre o meu café se preferir não acreditar.

Ficou olhando seu perfil delicado, percebeu quando seu pequeno busto ergueu-se em um suspiro.

- Diga, Anahi - falou caçoando. - Diga que parou de me amar.

Lentamente ela virou o rosto para ele e os olhos azuis examinaram Poncho com desânimo. - Se te dá prazer cortar minhas asas, continue com isso, Alfonso.

- E por acaso é o sentimento de culpa que faz com que você fale assim?

Ela o encarou. - Eu fico me perguntando por que será que te amo? - murmurou. - Você é duro como ferro, não é?

- Se você assim o diz... - replicou Alfonso. Largou a xícara de café ao se recostar no sofá. Esticou o braço e fechou a mão como uma mola no pulso de Annie. Deliberadamente a puxou para si até que ela ficasse encostada em seu peito. Antes que ela pudesse fugir sua outra mão segurou-a pela cintura, imóvel contra ele. – Sinto muito não ser o cavaleiro de armadura brilhante que você parece desejar, mas sei ser bastante agradável para você. - Seus lábios se enrugaram. - Sou muito melhor para você do que sou para a maioria das pessoas!

Ela ficou olhando para os olhos escuros dele, acima dos quais as sobrancelhas negras se arqueavam, sentiu as batidas fortes do coração dele junto ao seu e, nesse instante, sentiu como um golpe que estava carregando uma criança dele. Imaginou o que ele lhe diria se ela resolvesse contar aqui e agora. Será que mostraria alguma ternura ou ficaria aborrecido porque o casamento transitório deles havia produzido um filho?

- O que você está pensando? – Alfonso perguntou de repente.

- Nada - ela replicou. Tentou soltar-se. - Estou cansada, Alfonso. Quero ir me deitar.

- Agora há pouco estava dizendo que não estava com sono - ele caçoou. - O que foi, minha querida? Está com medo que eu force minhas atenções amorosas sobre você? Será que me aprecia menos, agora que já experimentou Robert?

- Você é desprezível! - Lutava ferozmente para soltar-se, com o rosto branco, os olhos atormentados. - Largue-me. Por Deus, largue-me!

- De jeito nenhum! - Repentinamente seu rosto estava duro como pedra. - Tenho algo a dizer primeiro; enquanto você morar sob o meu teto, fique longe do Robert, entendeu? Você é minha mulher e tem que fazer o que eu digo. Uma vez você me acusou de comprá-la. Está certo, é verdade, eu comprei. Comprei sua afeição e, enquanto eu tiver vontade, vou aproveitar dela, mas quero exclusividade... e quando eu quiser. - Abruptamente virou-a em seus braços e forçou sua cabeça contra as almofadas do sofá. Seus lábios foram à sua garganta ferozmente, enquanto ela mantinha-se passiva, amortecida pela tristeza.

- Isto é submissão ou desinteresse? - perguntou ele, com zombaria na voz.

- Como é que pode acreditar que eu queira o Robert, como é que consegue acreditar nisso? - Quase gemia ao perguntar.

- Tenho o direito de acreditar no que quiser, como você também! - disse criticamente.