Fanfics Brasil - 35 UM ADORÁVEL TIRANO - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA}

Fanfic: UM ADORÁVEL TIRANO - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA} | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: 35

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CAPÍTULO VI


 


Annie apreciava a fonte sobre o rio Avon. A sua esquerda, erguia-se o moderno Museu Shakespeariano, que se refletia nas águas calmas do lago. Mas, nesse instante, ela sentia mais era a intensidade do vento gelado que soprava por sobre o lago.


Estremeceu e levantou mais a gola do casaco ,vermelho. Será que Alfonso ainda ia demorar muito? Quando ele tinha sugerido que ela talvez preferisse dar uma volta pela cidade, em vez de aturar uma conferência técnica no hotel, ela havia concordado. Mas a conferência, onde se reuniam vários homens interessados no projeto sobre Shakespeare de Karl Christbel - inclusive o tal ator que Alfonso viera especialmente procurar - estava demorando mais de duas horas, e Annie estava começando a sentir muito frio e muita fome.


Abriu a bolsa e pegou a cigarreira. Acendeu um cigarro, consciente do tremor que percorria seu corpo, afetando mais suas pernas. Davam a impressão que iriam se dobrar debaixo dela. Tragou profundamente e acabou se engasgando com o fumo na garganta.


Estavam em março. Março, na Inglaterra, com as nuvens parecendo merengues no céu limpo e um ar frio que Anahi apreciava bem, depois de ter passado sete meses no clima quente da Califórnia.


A fumaça do seu cigarro sumia na direção do rio Avon e o vento soprava nos anéis do seu cabelo. Não ouviu os passos macios que chegavam atrás dela e, quando uma voz bem conhecida murmurou no seu ouvido: - Sei de um lugar onde o chá parece um néctar e os doces são obras de arte, que tal ir comigo experimentar? - ela ficou tão espantada que, por um minuto, ficou parada, olhando direto dentro dos olhos amendoados de Robert.


Depois, o calor invadiu seu corpo, trazendo de volta a vida, tornando seus olhos novamente de um azul vívido. - Robert! Você!


- Ele mesmo, minha rainha! - e fez uma pequena reverência.


- Oh, Robert, seu tolo! - Riu e tocou em seu braço, como para ter certeza de que ele era real. - Que é que está fazendo aqui, justo aqui?


- Estou vendo as maravilhas de Stratford-on-Avon. Absorvendo um pouco do seu ar famoso. Por que não? - Os olhos dele, fitando o rosto dela, eram francamente de admiração. - Ora, ver você novamente me faz muito bem! - exclamou ele.


- Oh, Robert! - ela riu, sem fôlego. - Não posso acreditar! Eu estava me sentindo tão... tão deprimida, e você aparece!


- Como um fantasma? - perguntou ele, brincando.


- Não, oh, não! - segurou no braço dele. - Eu não poderia ficar mais satisfeita. Mas o que você está fazendo na Inglaterra?


- Venha tomar um lanche comigo e eu contarei.


- Isso seria muito bom, mas não sei se posso. - Sorriu. – Estou esperando Alfonso.


- E onde está o sujeito?


- Resolvendo um negócio. Quando Poncho começa a falar sobre filmes e ângulos de câmeras, eu desapareço no fundo do cenário... - Ficou com a expressão tristonha. - Acho até que ele se esqueceu que me trouxe junto.


- E você está se sentindo aborrecida e com fome, não? - Robert terminou por ela. Ela assentiu.


Deliberadamente, então, ele a segurou pelo braço: - Você vem comigo - disse, em uma voz que não admitia argumentação. - Vou levar você para comer algo sólido, como um bom bife.


- Mas você disse um lanche. Achei delicioso.


- Você precisa é de um bife bem vermelho com bastante molho, menina. - Olhou para ela preocupado. - Acho que está tremendo. O que esta pensando aquele sujeito, largando você aqui, assim, no frio? - E, sem falar mais nada, forçou-a a ir em frente, atravessando o gramado amarelado até às degraus do restaurante.


Devoraram um bom almoço e depois café, quando ele contou por que fora para a Inglaterra.


- Consegui um ótimo contrato com a Companhia Suvia. - Riu para ela por cima da xícara de café. - Sabe que você é mais bonita do que eu me lembrava?


Ela ignorou o cumprimento. - O que você está fazendo em Stratford? - perguntou.


- Vim roubar a esposa de Alfonso Herrera - ele replicou.


- O quê?


- Você ouviu, amor.


- Está louco? Pensei que tivesse se esquecido daquela bobagem, Robert.


- Não acho que seja bobagem. Eu te amo, Anahi. E vou conseguir o que quero.


- Mas o que eu falei antes, lá em Hollywood, ainda está de pé, Robert - ela parecia aflita. - Por que você imagina que eu tenha mudado de idéia?


- Você vai mudar algum dia. O feitiço que aquele cara lançou em você vai acabar um dia. Eu quero estar por perto quando isso acontecer. É por isso que, de vez em quando, eu vou aparecer ao seu lado, como um gênio da lâmpada! - Riu com encanto.


Quando estavam voltando para a praça do museu, viram Alfonso. Estava andando de um lado para outro no gramado em frente ao lago, fumando um charuto e parecendo impaciente. Fixou o olhar, as sobrancelhas se abaixando quando viu quem acompanhava Anahi, segurando seu braço para atravessarem a rua.


Chegou até eles. - Com os diabos, onde você andou? - quis saber de Annie.


Ela sorriu, lutando contra a apreensão. Ele parecia nervoso, os lábios finos, as narinas tremendo. - Eu estava com frio e com fome e o Robert apareceu de repente e me ofereceu um almoço - explicou ela, as palavras saindo apressadamente, tão ansiosa estava por aplacar sua ira.


- Você podia ter voltado para o hotel, se estava com tanto frio e tanta fome. Qualquer um poderia pensar que eu negligenciei você - disse friamente. E, enquanto ela ficava vermelha, ele virou seu olhar raivoso para Robert. - E você, o que está fazendo em Stratford? Arranjando um pouco de cultura? - perguntou sarcasticamente.


Robert encarou-o imperturbável. - Estou fazendo turismo – disse levemente. - Fui conhecer o Castelo de Warwick, ontem. Que belo lugar! Vocês dois deveriam ir lá também.


- Duvido que tenhamos tempo - Alfonso replicou friamente. - Vamos voltar a Londres hoje mesmo.


- Oh, temos que ir? - Annie interrompeu. Procurou os olhos dele interrogativamente. - Pensei que fôssemos ficar por mais alguns dias.


- Bem, não podemos! - Puxou-a para o lado. - É melhor você dizer adeus ao seu amiguinho. Tenho que voltar ao hotel e dar uns telefonemas.


Annie mordeu os lábios. Olhou para Robert e viu que ele ainda sorria despreocupado. - Adeus, Robert! - murmurou obedientemente.


- Espero que goste de trabalhar com a Companhia Suvia.


- Vou gostar sim, menina - ele assegurou. Com uma piscadela quase imperceptível para ela e um olhar maroto para Alfonso, afastou-se, com as mãos enfiadas nos bolsos da capa. Anahi ficou olhando, um sentimento estranho e agudo de dor no coração. O dia de repente pareceu mais frio agora que o calor humano que emanava de Robert tinha ido embora. Virou-se ressentida para Alfonso. - Por que você tem que ser sempre tão rude com Robert?


- E por que você sempre se preocupa com isso? - ele retorquiu.


- Porque ele é meu amigo. Oh! não zombe, Alfonso! Só porque você não gosta de Robert, eu tenho também que não gostar?


Ele a segurou pelo braço e levou-a através da praça. - Você está é lisonjeada porque ele anda te seguindo.


- Ele não está fazendo nada disso! - ficou indignada... talvez mais indignada ainda porque havia algo de verdade no que Alfonso acabara de dizer. - Ele está aqui a trabalho.


- Ele está seguindo você - Poncho insistiu. - Na verdade, você o impressionou demais, meu bem. - Olhou para ela, caçoando. - Bem, ele vai ter que esperar um pouquinho mais. Eu ainda não estou pronto para dar você para ele.


Ela corou e livrou-se de sua mão. - Não seja estúpido comigo só porque a droga da sua conferência não saiu como você queria - disse ela, dando vazão a uma suspeita que tivera desde quando o vira andando de um lado para o outro perto do lago. Apesar de ele não ter ficado muito feliz em vê-Ia com Robert, aquele andar impaciente, de fera enjaulada, tinha algo a ver com qualquer outra coisa. Ela já tinha visto isso antes, e sempre em relação ao trabalho dele. Se as coisas não tinham ido bem nos estúdios, ele invariavelmente chegava em casa e ficava andando para cima e para baixo no tapete da sala até que os nervos se acalmassem.


Agora ele provou que as suspeitas eram corretas. Pegou no braço dela outra vez e puxou-a para si. - Sinto muito, Anahi. Acho que estou zangado. Aquele danado do Brewster não quer saber de nada. - Sua voz ficou cáustica. - Diz que ser ator o aborrece, que sempre foi assim, e que agora encontrou sua verdadeira vocação, ser fazendeiro! Você acredita nisso? O sujeito prefere plantar repolhos! E o Karl não está lhe oferecendo apenas bolinhos para fazer aquela parte em Lucrécia!


Alfonso ainda estava falando sobre o caso Ralph Brewster ao se dirigirem a Londres naquela noite, no carro que ele havia alugado para a viagem a Stratford. Não estava habituado com a mão invertida de direção e, de vez em quando, o carro dava uma guinada, aumentando em Annie a sensação de náusea que viera sentindo durante todo o dia.



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Comentários do Capítulo:

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:09

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA acabou maravilhosamente lindo e fofo *-* Fijnalmente ele confessou que amava ela *-------------------------------* AAAA

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:08

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:07

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:06

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