Fanfics Brasil - 4 UM ADORÁVEL TIRANO - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA}

Fanfic: UM ADORÁVEL TIRANO - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA} | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: 4

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Conforme o jantar ia transcorrendo, Poncho foi aos poucos perdendo a tensão. Annie estava bem contente com o jantar que havia preparado (afinal de contas, era a primeira vez que cozinhava em um fogão a óleo) e. estava grata por ver que Alfonso comera com vontade.


- Você tem mãos de ouro para fazer um assado, meu bem – ele a cumprimentou.  - Quem a ensinou a cozinhar tão bem?


- Minha mãe. Ela era uma cozinheira maravilhosa.


- Você gostava muito de sua mãe, não, Anahi? - Serviu-se de um pouco de vinho e encarou Annie enquanto bebia. - A minha mãe era uma ordinária! - disse secamente. - Uma linda ordinária, dura como ferro e egoísta como o diabo. Você sabia que minha avó acha que eu me pareço com minha querida mãe?


Anahi mordeu o lábio ao ver o riso sardônico no rosto de Alfonso.


- Gostaria que você não falasse desse modo. Você está sempre aparentando ser simplesmente terrível. Acho que é por esse motivo que as pessoas acham você esquisito.


- Oh! Deixe disso, amor. - Levantou a sobrancelha negra para ela. - Você na verdade não acha que eu sou um pobre coitado, incompreendido, não é?


- Bem, eu certamente não acho que você seja tão mau quanto aparenta. - Levantou-se e recolheu os pratos, levando-os para a cozinha. Voltou trazendo a sobremesa, uma salada de frutas de aparência convidativa coberta com creme chantilly. Poncho olhou-a com jeito de guloso.


- Você parece possuir todas as virtudes, minha coisinha - disse ele. - Ótima cozinheira, sorriso delicioso, temperamento otimista!


- Por que eu tenho um temperamento otimista? - perguntou, dando um pequeno sorriso que ele chamava de delicioso.


- Você disse, não disse que não me acha tão ruim como aparento ser?


- Disse, e acredito nisso - replicou, mordendo uma cereja cristalizada.


- Meu bem, isso é ser otimista.


- Alfonso, isso é ser cínico - ela reprovou.


Após tomarem o café, lavaram os pratos e voltaram para a sala. Só uma das lâmpadas estava acesa e o aposento tinha um ar íntimo e agradável. Poncho tinha acendido a lareira - pois as noites, mesmo as de verão, eram frias nas colinas - e a lenha crepitava e ardia, exalando um cheiro adocicado de pinheiro.


- Adoro esta sala! - exclamou Annie, sentada em um dos sofás e abraçando os joelhos. - É o tipo de sala com que alguém sempre sonha, você sabe. O tipo de sala com que eu sempre sonhei, quero dizer.


- E o que me diz do marido que acompanha a sala? - perguntou Poncho, sentando-se no outro sofá e pegando a caixa de charutos. - Ele também é o tipo de marido com quem você sempre sonhou?


Annie sorriu levemente. Levando em conta só a aparência, refletiu, ele certamente tinha tudo para ser um marido de sonho!


- Eu nunca me preocupei muito em me casar - confessou. - Na verdade sempre achei que nem me casaria.


- Querida, você nunca deu uma boa olhada no espelho? - perguntou preguiçosamente.


Ela corou, olhando-o acender o charuto. Ele jogou o fósforo no fogo, esticou-se no sofá e cruzou as pernas.


- Não me diga que eu fui o primeiro sujeito a dizer que você é um prato bem apetitoso? - falou lentamente. O rubor ficou mais forte e ela assentiu com a cabeça. - Incrível! - sorriu para ela. - E depois que Christian Chavez der uns toques em você, ficará mais bela ainda.


- Quem é Christian Chavez?


- Christian dirige um estabelecimento muito exclusivo em Hollywood, onde as jovenzinhas que pretendem ser estrelas vão, para se tornarem senhoritas elegantes.


- É assim que você me vê, como uma aspirante a estrela? - perguntou, mostrando um ar maroto.


- Você tem tantas possibilidades interessantes, meu bem, que eu estou naturalmente interessado em vê-las bem aproveitadas. Christian a penteará de acordo e a aconselhará sobre roupas e maquilagem. Posso acrescentar que você precisa mesmo de alguns conselhos. Esse batom que está usando é um pouco escuro para seus lábios.


- É? - tocou a boca. - É mesmo? Custou muito caro. - Lembrou-se que havia comprado o batom em uma casa elegante em Casa Roche. - A vendedora disse que ficava bem para mim.


- Então ela era daltônica! - Deixou de lado o assunto da vendedora com um movimento do pulso, derrubando cinza de charuto no tapete. - Você tem uma boca extremamente suave, Anahi, e não gosto de vê-Ia pintada com um batom destinado exclusivamente para morenas. Ele endurece seus lábios e retira a beleza de seus olhos.


Ela õ encarou estupefata. Sua boca suave! Seus olhos bonitos!


Ele riu. - É fácil ver que você não está acostumada a elogios. Pare de ficar de boca aberta. Você tem uma boca estonteante e olhos lindos. E por que eu não devia dizer isso?


- Oh! Não me incomodo! - assegurou sorrindo. Encostou a cabeça no encosto do sofá, sentindo uma felicidade percorrer seu corpo. Era muito agradável, excitante mesmo, que alguém dissesse que tinha uma boca estonteante e um lindo par de olhos. Especialmente se esse alguém fosse Alfonso. Muito especialmente se fosse Alfonso.


- Fale-me de você, Anahi - disse vagarosamente. - Onde morava quando era criança?


- Em uma parte bem miserável de Londres chamada Holloway. - Franziu o nariz. - Vivíamos em um apartamento de dois quartos, sempre cheirando à comida dos outros e sempre cheio de barulho dos outros. Minha mãe trabalhava lá, em uma fábrica pequena e quente. Foi idéia dela que eu estudasse enfermagem, de tanto que ela detestava pensar que eu fosse também trabalhar em alguma fábrica. Depois que ela morreu, e eu terminei meu treinamento, resolvi ser enfermeira particular. - Sorriu de leve. - Queria conhecer outros lugares, ver alguma coisa do mundo.


- Através do quarto de doente de outras pessoas? - Alfonso falou vagarosamente. Seus olhos naquele momento estavam estranhamente gentis, e Annie ficou confusa, espantada de que ele pudesse ficar daquele jeito.


- Suponho, suponho que isso pareça tolo - ela admitiu. - Mas ser enfermeira particular não é um trabalho desagradável, não quando você está ganhando sua própria vida. E a gente bem que viaja bastante.


- Você acha que vai gostar de seu novo emprego? - Estava rindo enquanto se inclinava para a frente para jogar a cinza do charuto na lareira. Um sorriso que percorreu o corpo de Anahi, dos pés à cabeça e parou em seus delicados tornozelos.


Ela virou o rosto contra as macias almofadas do sofá, evitando os olhos dele, cheia de timidez. - Já gosto do meu novo emprego - murmurou. - Apesar de reconhecer que meu novo patrão me dá um pouco de medo. Ele fica encarando meus tornozelos.


- Querida!, - disse - a época de ter medo é quando ele parar de encarar. Preste bastante atenção nisso!


A sala ficou silenciosa, agradavelmente rescendendo a pinheiro das toras que queimavam e a aroma do charuto de Ponchp. O ruído do relógio era baixo e, de fora, vinha o barulho constante e hipnótico dos grilos. Os olhos de Annie baixaram-se e se fecharam de contentamento. Ela podia sentir o calor do fogo contra suas pernas, a maciez das almofadas como um abraço. Ajeitou-se melhor naquele abraço e adormeceu com a facilidade e a naturalidade de uma criança.



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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:09

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA acabou maravilhosamente lindo e fofo *-* Fijnalmente ele confessou que amava ela *-------------------------------* AAAA

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:08

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:07

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:06

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:05

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