Fanfics Brasil - 43 UM ADORÁVEL TIRANO - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA}

Fanfic: UM ADORÁVEL TIRANO - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA} | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: 43

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Ao voltar, na manhã seguinte, Annie encontrou-a calma. Chegou a dar-lhe mesmo um ligeiro sorriso quando entrou no quarto e sentou-se na beirada da cama, segurando sua mão.


- Amor, escute - disse. - Agora que Brewster concordou em fazer o filme... eu consegui que ele concordasse, você vê... nós vamos começar a produção. As cenas exteriores vão ser filmadas na Espanha. Você não quer ir para a Espanha?


Ela tranqüilamente moveu a cabeça.


Ele pareceu inteiramente surpreendido. - Não consigo te entender - disse, um tom de exasperação na voz. - A Espanha é um país lindo, excitante, romântico, você iria aproveitar muito. O que vai ficar fazendo sozinha na Inglaterra?


- Vou voltar para a enfermagem - ela replicou.


E, agora, a exasperação que havia na voz dele se espalhou pelo rosto. Sua boca se afinou. - Que é isto? Por que essa demonstração de infantilidade só porque eu disse algo para você quando estava nervoso? Eu já pedi desculpas por aquilo. Que mais devo fazer, me ajoelhar, para que você aceite minhas desculpas?


- Não, Alfonso - ela deu um meio sorriso. Sua voz era tranqüila. Fisicamente ela estava bem melhor e isso aparecia em seu rosto. O ar de exaustão tinha desaparecido e a cor estava de volta às faces. Parecia perfeitamente calma e absolutamente certa do que queria fazer e por que queria fazer. - Eu não estou fazendo demonstração nenhuma, nem sendo criança, Alfonso. Recobrei meu orgulho, é só isso. Não posso, não quero ser mais a sua pequena Cinderela. Sua bonequinha bem vestida! Não vou ser mandada passear no parque ou ser obrigada a usar a roupa que você quer. Nunca mais. Não irei correndo quando você estalar os dedos. -Seus olhos estavam firmes no rosto dele e não mostravam sinal de desafio. Falou com a simplicidade de uma completa e inalterável decisão. - Eu não vou para a Espanha com você, Alfonso.


- Você quer dizer que vai mesmo voltar para sua velha vida? - ele exclamou incrédulo.


- Não Alfonso - ela deu um meio sorriso. Sua voz era tranqüila.


Ela fez um sinal de assentimento com a cabeça. - Eu sempre soube que isso ia acontecer, cedo ou tarde - ela disse calmamente. E, então, fez algo que mostrou como estava completamente livre dele. Retirou a mão que ele segurava, tirou a aliança do dedo e a estendeu para Alfonso. Ele, ali sentado, olhando para ela, o rosto moreno feroz, a boca como que esculpida em granito. Ela o olhou, sem se perturbar. Pegou a mão dele, virou a palma para cima e depositou nela o anel, fechando os dedos dele sobre o brilho tão caro e tão sem significado.


Os olhos de Annie não mostravam a exultação que sentia, mas isso corria quente e forte em seu sangue. Tinha conseguido expulsar Alfonso do seu coração. Tinha fechado as portas do seu coração, deixando-o c de fora, o insolente invasor. Tinha readquirido o orgulho e a auto-consideração. Estava livre da escravidão!


Viu a mão dele se fechar sobre o anel vagarosamente, e viu quando o significado do que ela fizera penetrou na mente dele.


- Você não está com medo - ele perguntou calmo - de que eu a obrigue avir comigo para a Espanha? Você ainda é minha mulher, lembra-se? !


- Sou sim, Alfonso, mas não sou mais seu cachorrinho numa coleira. Você não pode me obrigar a ir a nenhum lugar que eu não queira ir. Não pode, - ela sorriu - não pode me puxar pelos cabelos.


- Ah, mas eu conheço outro jeito. - Os olhos dele, de repente, ficaram insolentes. Sorriu para ela. Curvou-se e, bem gentilmente, mas também possessivamente, beijou-lhe os lábios. Ela sentiu o calor e a dureza dos lábios dele, sentiu o cheiro de sua pele, do seu charuto, e ficou completamente insensível ao seu beijo.


Quando ele levantou a cabeça, ela percebeu como sua resposta fria ao beijo dele o tinha transtornado. Ele estudou seu rosto sereno no travesseiro, os olhos que não mais fugiam dos dele em tímida confusão ou que olhavam para ele com algo parecido com temor em suas profundezas azuis.


- O amor é um mistério complicado, não é?  -resmungou. - Ou sou eu que não tenho sorte na minha escolha de mulheres?


- Acho que é falta de sorte mesmo, Alfonso. - Deu um tapinha na mão que continha o anel. - Inez Holden não se suicidou, Alfonso. Você sabia?


- Sim, eu sabia. - Riu cinicamente. - Ela era egoísta demais para deliberadamente jogar toda aquela beleza debaixo de um caminhão de gasolina.


Annie se encolheu àquelas palavras. Poncho percebeu e abruptamente ficou de pé, enfiando a aliança no bolso. - Está bem, Annie. Se você quer que eu saia da sua vida, eu saio.


 


Poncho foi para a Espanha sozinho.


Annie viu-o partir, sem emoção. Aliás, as emoções estavam agora sempre distantes dela. Não chorava mais, nem mesmo pelo bebê que havia sacrificado por Alfonso. Sentia-se isolada do passado, de todos os sentimentos anteriores, onde a dor havia se misturado com o êxtase, onde o ódio andava de mãos dadas com o amor.


Poncho havia alugado para ela um apartamento em Londres, mas ela ficou lá somente por três semanas depois de Alfonso ter ido para a Espanha. Ainda convalescendo do aborto, e percebendo que seria bobagem começar a praticar enfermagem logo, ocupava os dias passeando um pouco, lendo um pouco e escrevendo algumas cartas. Não conhecia muitas pessoas a quem pudesse escrever, mas lembrou-se de que podia escrever para Carlos Poncee contar que tinha perdido a criança. Tinha gostado de Ponce. Ele tinha sido bondoso e amigo e ela estava agora em um período da vida que precisava conversar com um amigo, ainda que apenas por intermédio de cartas. Contou a Ponce que tinha intenção de voltar a ser enfermeira e, na carta de resposta, ele fez uma sugestão que ao mesmo tempo a encantou e deixou sem sono nessa noite.


Pois Ponce tinha escrito: Acho que você gostaria de trabalhar no Hospital Anita Hill, minha querida. Você conhece o hospital, pois me disse que um amigo do seu marido morreu lá. Talvez, se você tiver recordações tristes do lugar, não seja uma boa coisa, mas eu acho que, em vista do que sente atualmente, seu problema pessoal só pode ser vencido satisfatoriamente no lugar onde começou, Hollywood. Então eu sugiro: faça as malas e volte para Hollywood. Foi aqui que viveu sua vida de casada, não na Inglaterra. Portanto é aqui que você tem que procurar dentro do coração se não está jogando fora alguma coisa que realmente quer.


Annie passou uma noite inquieta, os olhos bem abertos procurando pelos cantos daquele apartamento tão estranho, no coração de Londres, a solução do problema. Será que Ponce estava certo? Será que estava?


Colocou os braços sobre os olhos, tentando ordenar seus pensamentos. O Hospital Anita Hill, em Hollywood, com terraços e pedras brancas, com laranjeiras nos jardins e um alojamento de enfermeiras moderno e bem perto do prédio do hospital. O lugar onde Bill Symans tinha morrido tranqüilamente.


Annie, depois de algum tempo, conseguiu dormir, e com a chegada da manhã chegou a uma conclusão. Faça as malas, havia dito Ponce, volte e venha encontrar a resposta.


E então, cheia de coragem, Annie voltou para Hollywood, onde Carlos Ponce usou de sua influência para conseguir-lhe um lugar no Anita Hill.


Annie sempre tinha sido uma boa enfermeira e a rotina de um trabalho que ela podia realizar com eficiência logo a conquistou.


Os dias ocupados transformaram-se em semanas e as semanas passaram rapidamente, e apesar de Anahi ter resolvido escrever a Alfonso, contando que voltara a Hollywood, ela estava cada vez mais relutante em fazer isso. E depois, que adiantava?


Annie participava muito pouco da vida social do hospital, sem ter interesse nas tentativas de aproximação feitas por um ou dois jovens médicos que teriam gostado de sair com ela, pois apesar de saberem que ela era casada, também sabiam que vivia separada do marido. Ela estava plenamente feliz, dando longas caminhadas nas horas de folga, ou às vezes tomando uma xícara de café com Mimi Forrester, esposa de Ponce. Então, um dia, vendo uma reprise de um velho filme de Robert anunciada no cinema local, resolveu entrar para ver. Sentou-se na sala escurecida vendo a tela brilhante e barulhenta, onde um Robert que ela não conhecia fazia o papel de um soldado lutando numa floresta tropical e morrendo espetado em uma baioneta de um japonês sorridente. Talvez uma boa atuação, ela pensou, mas esse não era o rapaz alegre e amigo que ela conhecera. Levantou-se e saiu do cinema cegamente, sentindo as recordações voltarem, fazendo sofrer seu pobre coração. Caro, caro Robert, por onde andaria agora?



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Comentários do Capítulo:

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:09

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA acabou maravilhosamente lindo e fofo *-* Fijnalmente ele confessou que amava ela *-------------------------------* AAAA

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:08

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:07

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:06

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:05

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