Fanfics Brasil - 46 UM ADORÁVEL TIRANO - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA}

Fanfic: UM ADORÁVEL TIRANO - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA} | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: 46

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Foi no jantar daquela noite que Poncho disse a Anahi: - Mai me disse que você tem de voltar ao hospital na quinta-feira. Tenho negócios para tratar em Hollywood; por que não viajamos juntos?


Antes que Annie pudesse responder, Della interrompeu. - Diga adeus àquele velho hospital e fique aqui comigo para sempre! Vamos, Anahi!


Annie sorriu de leve, enquanto as expressivas sobrancelhas de Alfonso se erguiam indagativamente. Ela não via objeção alguma à sugestão de Poncho de viajarem juntos de volta. É verdade que temia um pouco que a intimidade de uma longa viagem de trem pudesse induzir a conversas mais pessoais do que as que tiveram ao se encontrarem de novo. Mas também sentia que, se isso acontecesse, ela não se intimidaria. Alfonso não mais a amedrontava, ela achou que ele havia mudado pouco por fora, mas havia uma certa calma nos olhos dele, uma falta de agressividade no seu olhar. Ele tinha mudado, ela achou, porque aceitava o fato de que ela não era mais dele, sobre quem ele antigamente podia lançar aquele olhar possessivo.


- Eu gosto bastante de trabalhar no Anita Hill - Annie disse. Depois olhou para Alfonso. - Você pretende mesmo ir embora na quinta, não estou atrapalhando seus planos, não?


- Ora, não! - ele riu. - Mai vai ficar contente em me ver pelas costas.


- Isso não é verdade e você sabe, Alfonso Herrera - Maite fez uma careta para ele. - Eu gostaria que você ficasse para sempre também, só que você seria uma influência perigosa para o meu bondoso Derrick.


O "bondoso" Derrick, que estava cuidadosamente descascando castanhas e colocando-as no prato de Maite, fez um muxoxo. - Coma suas castanhas e pare de me insultar. Saiba que antes de me conhecer era um grande conquistador!


Maite pegou uma castanha e obedientemente a mastigou, os olhos sobre o bronze brilhante do cabelo de Derrick. - Estou imaginando se vou gostar de ter um filho ruivo - disse. Sorriu para Annie. - Se meu filho se atrever a nascer de cabelo vermelho, vou dá-lo a você, Anahi. Com sua paixão por crianças, você não vai se incomodar com a cor do cabelo dele, não?


- Nem um pouco! - Annie retrucou alegremente, sem perceber que Alfonso a estava encarando. - De qualquer modo, minha querida, seu bebê provavelmente vai nascer com a cabeça lisa como uma bola de bilhar. Já pensou nisso?


Quando Annie, acompanhada por Alfonso, deixou Laurel Bay, um nevoeiro leve caía sobre a casa, toldando as luzes amigas, quando o carro passou pelo portão.


O nevoeiro pareceu ficar mais forte enquanto iam pela estrada, e quando chegaram à estação ferroviária estava começando a se tornar uma neblina amarelada. Alfonso olhou para o relógio quando estavam na plataforma e comentou: - Essa droga está atrasando nosso trem!


- Você tem um encontro em Hollywood, então? - Annie perguntou.


- Nada que não possa esperar. Só uma consulta preliminar sobre a exibição européia de Lucrécia.


- Lucrécia? - Fay sorriu levemente. - É um bom filme,Alfonso?


- Acho que sim. As cenas exteriores estão ótimas. Sabe, Annie, você teria adorado Toledo, onde rodamos uma parte do filme. - Ela não respondeu, e ele continuou: É um lugar estranho, mexe com o sangue da gente; encerra segredos em suas casas altas e fechadas, construídas de pedra. É um lugar que não mudou em séculos.


Ouviram o trem chegando, sentiram a vibração repercutindo na plataforma. Parou com um grande clamor, pulsando com força e vomitando fumaça branca para cima da neblina que havia em volta.


Entraram em um compartimento e Fay se afundou em um banco de canto, e de repente se viu perguntando: - Diga-me, Alfonso, o que acabou fazendo com a cigarreira de Robert? Ela era muito cara e não gostaria de saber que ficou perdida.


Poncho estava/colocando a bagagem no lugar apropriado e olhou de lado para ela, surpreso:


- Você não o viu desde então? - exclamou.


- Ora, não! - Tirou o casaco e o dobrou bem dobrado, do modo como Alfonso se lembrava tão bem. - Não, eu não vi mais o Robert. - Depois sorriu de leve. - Isto é, eu vi um filme dele há algum tempo, mas foi só isso.


- Sim, sei. - Poncho sentou-se de frente, cruzando a perna e ajeitando o vinco impecável das calças, do jeito que Annie se lembrava tão bem. - Eu a deixei com o dono da pensão - disse secamente. - Não ia querer me denunciar, entregando pessoalmente um objeto àquele sujeito!


- Foi uma briga bem estúpida a que tivemos por causa da cigarreira, não foi, Alfonso? - Annie encontrou os olhos dele, rememorando o que havia acontecido por causa da briga. Depois olhou para fora, vendo a passagem da neblina pelas janelas do trem.


- Estúpida, minha querida? - Alfonso disse, fazendo com que ela olhasse novamente para o rosto dele, mais moreno agora do que nunca do sol que tomara na Espanha, uma máscara cinzelada, de onde os olhos escuros brilhavam com uma paixão súbita que a assustou. - Monstruosa é a palavra certa, eu acho! Você tem toda a razão para me odiar. Não me esqueci das coisas que disse para você. Não me esqueci que acabei matando o bebê com minha língua brutal.


- Não! - Ela estendeu uma mão como para apagar as palavras que ele dissera, as memórias que elas evocavam. - Não, Alfonso! Isso tudo já passou, está acabado. Não vamos falar... falar sobre o bebê.


- Não, talvez você tenha razão. - Encostou a cabeça para trás no banco alto do trem, parecendo estranhamente melancólico, estranhamente cansado. - Bem, como vai o serviço, Annie? Você está contente no Anita Hill?


- Muito - disse ela.


- Isso me alegra. Quero ver você contente. - Seus olhos se moveram para os delicados contornos do rosto dela, repararam no modo novo como ela estava usando o cabelo. Não era mais o estilo pajem de quando eram casados, agora ele estava cortado bem curto, quase como o de um menino. Ela parecia, ele achou, mais esperta e independente - e tão linda! - Não podia crer nos meus olhos quando você entrou na sala, em Laurel Bay, minha querida - disse. - Pensei que ainda estivesse na Inglaterra.


- Eu pensei em escrever que estava de volta a Hollywood, mas temos estado tão ocupadas no hospital! - Sacudiu os ombros levemente. - Parecia que nunca tínhamos tempo para escrever cartas...


- Eu entendo, Annie. - Os lábios dele deram um sinal do antigo sorriso maroto. - Não era suficientemente importante para você encontrar tempo. Oh, eu compreendo!


- Parecia não haver necessidade, Alfonso. - Olhou de frente para ele com franqueza. - Nós tínhamos dito tudo. Que mais poderia acrescentar?


- Você realmente acha que nós já dissemos tudo? - Abruptamente debruçou-se para a frente, o rosto sério, os olhos atentos. - Para onde vamos daqui para a frente, Annie? Você quer o divórcio?


- Oh, não! - Ficou chocada. - Divórcio n... não! - Procurou os olhos dele. - Você não quer isso, quer?


- Eu, surpreendentemente, quero o que você quiser - falou baixo. Depois acrescentou: - Imagino que então continuamos como até aqui? Como estranhos bem educados?


- E não é o melhor modo? - Ela estendeu a mão para ele, e por um momento pareceu que ele ia aceitar o acordo, mas sua mão meio levantada voltou a apoiar-se no joelho. Afundou-se novamente no banco, e ficou olhando pensativamente um instante para ela. - Você está realmente feliz? - perguntou novamente. - Não está se sentindo solitária em Hollywood?


Ela negou com a cabeça. - Eu não estou sozinha. Tenho dois ótimos amigos, Mimi e Carlos Ponce. Não precisa se preocupar comigo, Alfonso, nem achar que estou sob sua responsabilidade. Não quero isso.


- Não isso, não aquilo! - O sorriso era inteiramente cínico. - Ora, não a estou culpando. Está certa em se livrar do lixo.


- Oh, Alfonso! - Ela teve que rir, se bem que a risada tivesse uma nota trêmula, como se ele ainda a emocionasse, apesar de tudo. - Alfonso, - seus olhos azuis estavam ansiosos - vamos deixar uma coisa clara, pelo menos. Eu, eu não te odeio, só porque não... bem, eu não te odeio. Não mesmo!


- Estou achando que você está insistindo demais - ele interrompeu, com um jeito sardônico.


- Alfonso, eu preciso fazer você entender. - Passou a mão pela cabeça, num gesto preocupado, desarrumando os cabelos brilhantes. - O amor fez de mim uma criatura sem proteção, alguém que se magoava muito facilmente. O amor tirou todo o resto de mim -independência, proteção. Mas a liberdade do amor, ficar livre desse amor, me devolveu a proteção e eu não me magôo mais. - Seu queixo ergueu-se e seus olhos tinham propósito definido. - Estou salva agora... e feliz.


Salva! Feliz! Livre!



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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:09

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA acabou maravilhosamente lindo e fofo *-* Fijnalmente ele confessou que amava ela *-------------------------------* AAAA

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:08

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  • jl Postado em 16/11/2011 - 10:13:06

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