Fanfic: UM ADORÁVEL TIRANO - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA} | Tema: Anahi e Alfonso

Annie tocou a campainha da casa dos Ponces e sorriu para Poncho.

- Não precisa fazer essa cara de quem está indo ao dentista! - murmurou.

- Eu me sinto um pouco assim - ele respondeu.

A porta se abriu e Carlos Ponceficou emoldurado pelas luzes da sala, grande e loiro, uma expressão de surpresa ao examinar Alfonso.

- Espero não ser o fantasma da festa! - Poncho disse, seguindo Annie para dentro da sala. Estendeu a mão para Ponce. - Sou Alfonso Herrera.

Ponce olhou para a manga vazia do casaco leve que Alfonso usava, encarou o olhar amigo que o outro lhe oferecia e rapidamente fez um reajuste mental. Estava preparado para detestar esse sujeito de todo o coração, se algum dia o encontrasse, considerando que qualquer homem que tivesse a coragem de magoar Annie tinha que ser desprezível, mas agora, olhando para a manga vazia e lembrando-se do que Anahi contara sobre o desastre de trem, em uma carta para Mimi, sentiu a inimizade desaparecer. Esse sujeito atraente não podia ser inteiramente desprezível. Só o fato de Anahi ter chegado a amá-lo tão profundamente já demonstrava isso. Depois, o salto espontâneo que ele dera para salvá-la confirmava ao menos que era um cavalheiro.

- Entre e venha conhecer Mimi - disse Ponce.

Mimi, que ouvira a voz estranha, já estava de pé, com um olhar interrogativo no rosto, quando entraram na sala de visitas. Annie sorriu, ao dirigir-se para ela e beijar sua face.

- Eu trouxe Poncho comigo. Está bem?

- É claro! - Mimi ficou impressionada com o tamanho daquele homem, que ultrapassava até o seu grandão Ponce. - O senhor já está melhor agora, sr. Herrera? - perguntou. .

- No pontinho! - replicou, e os olhos que sabiam apreciar uma bela mulher mostraram que ela era muito bonita. A cor subiu ao rosto de Mimi e ela compreendeu por que, uma vez, Annie lhe dissera que não tinha conseguido escapar do encanto de Alfonso, como um gatinho que não pode ver uma bola de lã sem se enroscar nela.

- Deixe-me guardar seu casaco - Ponce disse, e Poncho o sacudiu para fora dos ombros, com palavras de agradecimento. Seu olhar tinha caído sobre um ursinho peludo em cima do rádio, com uma orelha torta e uma saia de papel cor-de-rosa no meio da barriga. Ele riu para Mimi.

- Annie me contou que a senhora tem três meninos, sra. Ponce!

- São três doses de bagunça - ela corrigiu. - Agora estão todos arrumadinhos nas camas, dormindo o sono dos justos. -Indicou uma cadeira. - Por favor, sente-se - disse. - O que quer tomar?

- Suco de tomate - Annie disse do outro lado da sala, entregando o casaco a Ponce.

Alfonso sentou-se na poltrona, os olhos movendo-se para Annie, tão atraente num vestido de linho rosa, que acentuava seu corpo esguio e elegante.