Fanfic: O fantasma da Outra AYA finalizada | Tema: anahi e alfonso

Antes que Anahí pudesse responder, Poncho falou com ironia:

— Oh, a enfermeira Portilla encontrou outras distrações mais interessantes, não é verdade?

— Não sei por que o senhor está dizendo isso! — seus olhos brilharam de raiva. — Não faltei a nenhuma conferência. Afinal de contas, foi por isso que fui a Londres.

— Foi mesmo?

— Vamos lá, conte-me a verdade. O que você andou fazendo por lá? — a dra. Dulce insistiu.

— Não sei a que o dr. Herrera está se referindo. A única folga que tive foi um passeio a Richmond, quando as conferências acabaram.

— Ah, aí está! — disse a dra. Dulce. — E com quem você foi a Richmond?

Houve um momento de silêncio. Alfonso estendeu o braço para pegar uma toalha esterilizada e, por cima da máscara, encarou Anahí com seriedade.

— Por coincidência, encontrei a enfermeira Rodriguez em Londres. Lembra-se dela, dra. Dulce?

— Oh, aquela moça morena. Sim, eu me lembro dela — Ucker deu um sorriso, aliviado. — Onde está trabalhando agora?

Novamente Anahí captou um olhar de advertência de Alfonso.

— Mais tarde conto tudo — disse a Ucker, evasiva.

Tão logo surgiu uma oportunidade, ele a bombardeou de perguntas sobre a viagem.

— Que negócio é esse, Annie? Não sabia que Herrera tinha ido para Londres também. Ele não me disse nada, nem você — pegou a xícara de café que ela lhe ofereceu.

— Eu não tive chance de contar a você, Ucker. Pela centésima vez, não tinha idéia de que ele ia a Londres.

— O que você quer dizer, pela centésima vez?

— É que todos parecem saber e não acreditam que… Oh, é ridículo, eu já estou esgotada com essa história toda. Bom, é melhor eu contar tudo a você, antes que fique sabendo através de comentários maldosos.

Contou o que havia acontecido, concluindo:

— Nós encontramos algumas enfermeiras na entrada do hospital, e agora todos estão falando que existe um romance entre o dr. Herrera e eu.

Ucker jogou a cabeça para trás e riu.

— Bem, bem!

— Pelo que parece, você está achando tudo bastante divertido. Mas eu não estou achando nenhuma graça nessa história.

— Anime-se, Annie — colocou a mão no ombro dela. — Daqui a alguns dias, tudo será esquecido. E então, você gostou da viagem de volta?

— Não, não gostei.

— Você e Herrera, pelo que parece, continuam travando uma batalha, heim?

Sim, uma guerra contra o homem que ela amava. Lágrimas embaçaram seus olhos e tentou segurá-las, mas não conseguiu.

— Não é brincadeira para mim, Ucker — explodiu.

— Ei, calma! — Encarou-a e ficou surpreso ao ver que estava chorando. — Querida, eu não sabia que você estava levando essa história tão a sério. Eu…

— Oh, por favor, Ucker, deixe-me sozinha.

— Está bem, Annie.

Mas assim que Ucker saiu, Poncho entrou.

— Bem, enfermeira, estava contando para seu amigo tudo que viu e ouviu em Londres?

Essas palavras foram como punhaladas em seu coração. Por que ele tinha sempre que pensar o pior dela?

Por que não a tratava normalmente, como tratava as outras pessoas? Parecia que se esforçava para feri-la, de propósito. Ofereceu-lhe uma xícara de chá e entregou-lhe o livro de operações.

— É claro que estava contando tudo a Ucker! — respondeu, tentando desesperadamente se proteger do poder que ele tinha para magoá-la.

— O dr. Uckermann deve ter achado tudo muito interessante.

— Oh, sim, ele achou, sim.

Falou sem pensar, não percebendo a gravidade de suas palavras. Sua mente estava muito ocupada, tentando permanecer calma na presença dele. Nem lembrava mais que havia dito a Ucker, na frente de Alfonso, que contaria tudo sobre a viagem mais tarde.

Poncho, no entanto, lembrava-se perfeitamente bem disso, e também de que Anahí tinha conversado longamente com Giovanna e Ruddy.

— Apenas por curiosidade, enfermeira — disse, com frieza — por que você foi a Londres? Com certeza, não foi apenas para aperfeiçoar seu trabalho, não é?

— O que mais poderia ser?