Fanfic: O fantasma da Outra AYA finalizada | Tema: anahi e alfonso

CAPITULO VIII

— Não! — Annie conseguiu pronunciar, incrédula, enquanto seus joelhos tremiam.

Maite continuou a falar, relembrando o que a amiga tinha contado sobre a conversa que ouvira entre Celina e Poncho, em seu primeiro dia no hospital.

Com um grande esforço, Anahí controlou a vontade de gritar e pedir a Maite que a deixasse sozinha, para poder dar vazão à dor e à agonia que estava sentindo.

— Esse noivado pode mudar a decisão dele sobre ir embora, você não acha? — Mai perguntou.

— Eu… eu não sei.

— Bem, de qualquer modo, essa novidade vai acabar com os rumores sobre um romance entre vocês.

Nesse momento, Anahí não conseguiu mais se controlar e lágrimas brotaram em seus olhos.

— O que há, Annie? Pensei que ia gostar da notícia. Esse noivado pode modificar completamente a atitude dele em relação a você. Com certeza, agora que está noivo, vai se tornar mais tolerante e esquecer completamente toda essa história.

— É, pode ser.

Queria contar a Maite que estava apaixonada por Alfonso, mas as palavras não vinham.

Com a chegada do domingo. Anahí sentiu-se aliviada. A não ser em caso de emergência, não haveria operações e não teria que se encontrar com Alfonso. As enfermeiras passaram o dia fazendo pequenas arrumações e preparando, gazes e ataduras. Examinou os equipamentos e aprontou a sala de operações para o dia seguinte. Todos os domingos, pela manhã. Mai e Ucker juntavam-se a ela, na cantina, para tomarem café.

— Bem — Ucker disse, enquanto pegava a xícara —, parece que o nosso grande cirurgião ficou noivo. Talvez agora ele se torne mais sociável. E a enfermeira Celina, como está se comportando?

Annie deu um pequeno suspiro. Se ao menos as pessoas falassem sobre outro assunto!

— Eu não a vi esta manhã — Ucker continuou.

— Não estou nem um pouco interessada nela — respondeu mal-humorada.

Ucker e Maite trocaram um olhar de espanto. Ele brincou:

— Sabe do que você está precisando, Annie? De um passeio agradável no campo. Que tal?

— Essa tarde? — forçou um sorriso. — Eu adoraria. — Qualquer coisa seria melhor do que ficar no hospital, pensando em Alfonso. — Pena que você não tenha folga hoje, Mai.

— Mesmo que tivesse, não iria atrapalhar vocês!

Ucker ficou surpreso e franziu a testa.

— Verdade? Desde quando você atrapalha? Não tem folga nenhuma hoje?

— Apenas algumas horas, agora de manhã.

— Bem, acho que um passeio faria bem a você também. Nós poderíamos almoçar em algum lugar, e então eu traria você de volta e pegaria Anahí, aí pelas duas horas.

— Até parece que você trabalha como guia turístico! —Maite brincou. Catherine, porém, não estava ouvindo a conversa. Imaginava se naquele instante Alfonso e Celina estariam juntos. Formavam um belo casal, e Celina seria uma esposa perfeita para um cirurgião como ele, pois era serena e inteiramente segura de si. Com esforço, trouxe seus pensamentos de volta para Ucker e Mai, que já estavam prontos para sair.

— Vejo você às duas horas, Annie. Espere-me na entrada da ala residencial, está bem?

Concordou com a cabeça e foi para a sala cirúrgica, verificar alguns materiais. Quando, depois de meia hora, voltou à sala de estar, encontrou Peter examinando umas chapas de raio-X. O susto de encontrar-se com ele assim de repente, fez com que corasse.

— Bom-dia, enfermeira. Não sabia que estava trabalhando hoje.

— Bom-dia, dr. Herrera. Tem alguma coisa que eu possa fazer para o senhor?

— Tenho tudo de que preciso, obrigado.

— Gostaria de uma xícara de café?

— Não, obrigado — ele respondeu, com determinação, fixando uma chapa de raio-X. — Não se incomode comigo, enfermeira.

Annie pegou, em silêncio, alguns livros do arquivo e depois, como que dominada por um desejo de sofrer, disse:

— Acho que devo dar os parabéns, não é?

— Por quê?

— Por causa do seu noivado com a enfermeira Celina.