Fanfic: O Show de Dulce | Tema: Rebelde

Sou Christopher Uckermann, atacante do Milan e jogador também da seleção inglesa. Tenho uma noiva interesseira, e igualmente, obediente. Uma mansão, uma Ferrari reluzente, empregados e motoristas a minha disposição,  acomodadamente famoso, e tenho também as mulheres aos meus pés. É, minha vida não é fácil.

Agora na reta final do campeonato inglês, não tenho tempo para nada, treinos e concentrações, só vejo comida boa e homens, homens e homens... Estou ficando enjoado, porem o treinador alegou ser necessário nos concentrar inteiramente nos jogos.

Pra porra com os jogos!

― Alfonso! Cara, preciso relaxar. Não agüento mais!

― Nem fala brother, esse método do treinador não esta me fazendo bem.

― Não sei o que fazer.

― Você tem mão rapaz! ― Christian entrou na conversa.

― Chris, há muito tempo não utilizo esse método, nem lembrava que existia! ― falei.

― Vai te fuder Ucker!

― O treinador disse que após esse jogo, iria nos liberar para desestressar. ― Poncho disse.

― Esperar né, agora falando do jogo de amanha, não confio naquele Derrick. 

― Ucker, ninguém daquele time é de confiança, eles são uns bárbaros, só sabem machucar. ― Chris falou.

― E estão cientes que vão perder. ― disse.

― Com certeza! ― Poncho berrou.

[...]

O jogo estava correndo como esperava... Um massacre. Enquanto jogávamos, eles batiam.

Tinha feito um gol de tabela com Alfonso e um de falta, estava com um braço dolorido por conta de uma trombada, levei uma cabeçada na orelha e por fim um chute no interior da minha coxa, Derrick foi expulso e com essa contusão não conseguiria jogar mais, nem para o segundo tempo. Maldito!

Ainda na maca fui levado para o pequeno consultório do Dr. Fernando Salviñón e logo fiquei o esperando chegar, ele é melhor amigo de meu pai e também medico Victor. A última vez que vim aqui foi por ironia num jogo contra o time do Derrick, cortei meu supercílio. Aqueles doentes tinham que ser proibidos de jogarem, não aceita perder e quando isso acontece – sempre – começa apelar para violência, e dessa vez aquele filho de uma cadela me machucou pra valer.

Mas o consultório estava diferente. Uma bolsa grande D&G, um jaleco de médico com o nome “Drª Salviñón” bordado de Pink, um Notebook bem chamativo ao lado de um bip. Será que o Fernando estava com uma acompanhante? Onde aquele médico safado estava? Com certeza fazendo o que eu devia estar fazendo há muitos dias, desci minha mão para consolar Ucker-Júnior e lembrei-me da coxa machucada, maldito Derrick!

Fui tirado de meus pensamentos com a entrada de uma mulher linda.

Por Deus, como era linda!

Estava com uma pasta de prontuário com meu nome escrito na capa, entrou trancando a porta atrás de si. Encostou-se à mesa, mastigando chicletes, tinha fones nos ouvidos e percebi seu quadril balançando lentamente enquanto lia o prontuário. Usava uma calça branca justíssima, uma blusa branca com strass que valorizava seus seios generosos e deixava uma parte de sua barriga lisa amostra. Podia ver até o inicio do pingente de seu piercing no umbigo.

Como conhecedor de mulheres, sabia que era vaidosa, duas pulseiras delicadas no pulso delgado, uma lisa e outra com crucifixo, um anel com a letra “D” e outro um solitário, poderia ser de noivado ou formatura. Seus olhos eram escuros intensos e seus cabelos um ruivo forte e provocante. Era linda!

Virou-se de costas jogando o meu prontuário num canto da mesa, pude ver uma tatuagem bem no sentido do cós de sua calça, era um tribal não estranho, mas bem desenhado, sexy.

Vi que tirou seu fone e retornou a mim. Era linda e gostosa, o sangue começou a pulsar rapidamente em uma área do meu corpo, que diabos estou fazendo, desejando a acompanhante de Fernando? Definitivamente não preciso disso.

Seus olhos que estavam nos meus, desceu pelo meu corpo, pausou aonde minha mão segurava fortemente, e voltou a me fitar.

― Bom, sou a Dulce Maria Salviñón, como deve saber o Dr. Fernando esta de férias e... ― a partir daí não prestei mais atenção, então ela não era dele, era parente mais não acompanhante. Bom muito bom.

― Senhor Uckermann, prestou atenção em alguma coisa que disse? ― ela perguntou e eu balancei a cabeça negativamente ― Deve ter batido a cabeça com força!

― Como? ― perguntei.

― No seu prontuário diz que levou uma cabeçada e um chute na coxa, é isso?

― Ah, a cabeça não dói, somente a coxa.

― Tire sua camisa e... ― ela mordeu os lábios ― A bermuda!

Safada!