Fanfics Brasil - Capítulo 6: Parte 2 Nossa Filha Mimada - Terminada

Fanfic: Nossa Filha Mimada - Terminada | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 6: Parte 2

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Sejam bem vindos aos leitores novos!


 


Gracias pelos coments, peoples do meu tum tum!


Ae les van a 2ª parte do cp. e leiam sentados please!jajaj


 







- Eu não sei... – com o rosto molhado pelas lagrimas. – Ela me odeia Christopher! Não era pra ela ter descoberto agora... – negando com a cabeça enquanto ele a abraçava.


- O que foi? – Alexandra entrou na sala apressada. – Que grito foi esse?


- Selena descobriu tudo mamãe! – Christopher disse. – Tudo.


- Meu Deus! – a loira pôs a mão na boca espantada. – Mas como, meu filho?


- Ela ouviu nossa conversa, enquanto a gente conversava... – ele pôs a mão no rosto enquanto ouvia os soluços de Dulce. – Não podíamos imaginar que ela estava ouvindo.


- Ela disse que estava demorando demais, e resolveu vir te buscar... – Alexandra explicou. – Oh meu Deus a culpa é minha, eu não deveria ter a deixado vir atrás de vocês.


- Ninguém te culpa mãe, ela saberia em um momento ou outro. – conduzindo Dulce até o sofá que tinha em seu escritório. – Senta aqui meu amor... – ela sentou, estava muito angustiada. – Mamãe, pode trazer um copo de agua pra ela, ela está muito nervosa. – Alexandra a assentiu se retirando. – Dulce, fica calma, por favor. – beijando as mãos dela. – Eu preciso conversar com a nossa filha agora, entende ela, tudo deve estar muito confuso na cabecinha dela, isso deve ser muito difícil pra ela. – Dulce assentiu.


- Claro... – ela disse chorosa. – Eu entendo, mas eu tenho muito medo.


- Vai ficar tudo bem. – ele garantiu.


Alexandra voltou com a agua e um calmante.


- Tome isso querida. – ofereceu e Dulce pegou, tomando em seguida.


- Obrigado Ale... – ela forçou um sorriso. – Escuta não tem alguma aspirina por aí? Eu preciso comer... – dizia roendo as unhas ela estava nervosa e precisava das malditas aspirinas.


- Pega pra ela na minha gaveta mamãe. – Christopher disse. – Eu preciso conversar com a minha filha, pode fazer companhia a Dulce, enquanto isso?


- Claro que sim, pode ir.


Ele olhou Dulce e ela o encarou como se estivesse desejando boa sorte. Ele realmente iria precisar, Selena deveria estar uma fera.


 


No quarto a menina quebrava tudo enquanto chorava, aquela mulher não podia ter voltado, sabia que essa Dulce Maria tinha alguma coisa, mas nunca passou pela sua cabeça que ela fosse sua mãe. Ouviu a maçaneta girando loucamente, depois ouviu seu pai chamar.


- Selena abra a porta! – ele ordenou. – Deixa o papai explicar filha...


- VAI EMBORA! VOCÊ É UM MENTIROSO CHRISTOPHER! – ela berrou soluçando. – POR QUE NÃO VAI FICAR COM SUA NAMORADINHA IDIOTA E ME ESQUECE!


- Selena, por favor, abra a porta! – ele disse ignorando os berros dela.


- Eu não quero ver minha mãe... – ela disse mais baixo.


- Sua mãe não está aqui, eu estou sozinho filha, abre pra mim...


Selena retrucou um pouco e abriu, deitou em sua cama e abraçou o seu ursinho de pelúcia. Christopher entrou e fechou a porta, arrastou um pufe e sentou-se à frente da filha.


- Ela é minha mãe mesmo papai? – perguntou com lagrimas, ele sentiu o coração apertado ao vê-la daquele jeito, sabia que deveria estar sendo muito difícil para Selena.


- É filha. Dulce é sua mãe. – ele disse.


- E por que você não falou pra mim que ela era minha mãe? – soluçando. – Por que papai?


- Por que estávamos esperando um melhor momento para contar, mas parecia que esse momento nunca chegava você não gosta dela e assim era muito complicado falar. – ele explicou acariciando os cabelos negros e bem cuidados de Selena. – Filha a sua mãe te ama...


- Ama tanto que me abandonou quando era um neném, nem sequer se importou por eu ainda depender dela, por eu ainda precisar mamar, me deixou sozinha. – ela dizia amargurada.


 


Christopher suspirou e lembrou-se como foi difícil quando Dulce partiu, Selena era só um bebê e ele não fazia ideia de como lidar com a paternidade, dar de mamar a ela sempre fora um desafio, a pequena não queria saber de outro leite que não fosse o da mãe, depois de muito custo ela se acostumou com a mãe de leite que Alexandra contratara. Foi um período difícil.


- Sua mãe teve os motivos para ir... – ele suspirou coçando a nuca.


- Que motivos? – ela enxugou as lagrimas e mirou o pai.


- Isso ela mesmo tem que te explicar... – ele disse carinhosamente enquanto fazia carinho nos cabelos da filha. – Eu sei que está sendo muito difícil pra você essa situação toda, e eu seria capaz de tudo para evitar esse sofrimento meu bem, pra um filho não tem justificativa alguma, ser abandonado. – ele assentiu. – E a única inocente no meio de toda essa confusão é você... – Selena abraçou o ursinho mais forte. – Foi tudo muito difícil quando a Dulce engravidou, ela tinha a sua idade, e eu tinha quinze anos, éramos duas crianças, foi uma gravidez difícil, cheia de riscos, eu não sei como ela conseguiu segurar você, pensei que ela não conseguiria... – ele disse nostálgico.


- Seria melhor se ela me perdesse! – a menina disse com raiva. – Pelo menos pouparia meu abandono.


- Não repita isso nunca mais! – ele disse sério. – Você tem noção do que está dizendo?


- E você tem noção do que é pra mim, descobrir que minha mãe voltou depois de ter me abandonado? E o pior, ter descoberto tudo como eu descobri? Não você não tem noção papai, a vovó sempre esteve ao seu lado pra tudo e nunca te abandonou, a mim sim, minha mãe não me quis! – ela voltou a chorar deixando o pai sem saber o que dizer.


- Filha, você é tudo pra mim... – ele murmurou. – O fato de a sua mãe ter voltado não vai mudar isso, ela é sua mãe e eu sou o seu pai, nós te amamos muito pequenina.


-Eu sei que você me ama, mas ela não me ama, nunca me amou e nem vai amar! – berrou. – E se ela voltou foi só pra voltar a namorar você. Eu sou um estorvo pra ela.


- Não diga isso, você sabe que não é assim.


- Me deixa sozinha, papai! – ela disse mal humorada. – Não quero mais ver ninguém!


- Tudo bem, qualquer coisa é só chamar que eu venho correndo princesa. – ela deu um sorriso de canto e ele lhe deu um beijo estalado na testa. – Eu te amo.


- Eu também te amo. – ela respondeu e ele saiu.


 


Seu pai não tinha culpa de nada, ele era tão vitima quanto ela. A única culpada era Dulce Maria... Ainda se perguntava o motivo que levara aquela mulher a abandona-la, voltou a chorar agarrada a seu urso de pelúcia, observando o céu pela janela, logo começou a serenar, e uma vontade de dormir se apoderou da menina, não demorou e estava dormindo.


 


Christopher desceu e encontrou Dulce dormindo no colo de Alexandra.


- O que houve mamãe? – ele perguntou.


- Ela tomou um calmante e dormiu pobrezinha está muito abatida, e o melhor seria ela dormir mesmo.


- Tem razão, é melhor eu leva-la para o quarto e avisar para Anahí que ela dormirá aqui.


- Se quiser eu posso ligar avisando. – Alexandra se ofereceu.


- Faça isso mamãe. – pegando a namorada no colo e saindo com ela do escritório.


 


Alexandra ligou para Anahí e disse à loira tudo o que tinha acontecido, Anahí ficou chocada e preocupada com Dulce e Selena, Alexandra explicou a ela a situação. Depois a tranquilizou desligando em seguida, olhou no relógio e viu que eram seis da tarde, Dulce não acordaria tão cedo, já que o calmante era forte. Decidiu ir ao quarto da neta ver como ela estava, deu duas batidinhas e viu que ninguém atendia, resolveu entrar e sorriu ao ver que ela dormia agarrada ao bichinho de pelúcia.


- Coisinha escandalosa da vovó... – sussurrou enquanto dava um beijinho na cabeça da neta. – Amo você. – sussurrou arrumando o edredom, e cobrindo-a melhor. Depois fechou as persianas e apagou a luz, deixando o quarto escuro, deu mais um beijinho nela e saiu.


 


Aquela noite jantou sozinha, Christopher estava sem fome e Selena e Dulce estavam dormindo e preferiu não se meter naquele assunto, afinal era um assunto deles  que já estava passando na hora de ser resolvido.


 


No dia seguinte, Selena acordou cedo, também pudera fora dormir cinco e meia da tarde do dia anterior. Respirou fundo ao lembrar-se do sábado péssimo que tivera, e lembrar que Dulce Maria era sua mãe. Não queria sair da cama, não queria ver sua mãe nunca mais! Estava muito bom sem ela, não tinha nada que voltar para irritá-la.


Ouviu duas batidinhas na porta.


- Quem é? – disse preguiçosa.


- Papai. – Christopher respondeu, do lado de fora. – Posso entrar?


- Está sozinho?


- Estou.


- Entra. – ela respondeu sentando.


Ele entrou com uma bandeja de café da manhã, Selena sentiu o estomago roncar de fome, tinha tudo o que ela gostava na bandeja... Bolos, torradas, chocolate quente, e enroladinhos de queijo e presunto.


- Oba! – bateu palminhas. – Estou morrendo de fome.


Ele sorriu e colocou a bandeja em cima dela, em seguida sentou ao lado da filha.


- Está melhor? – ele perguntou carinhoso.


- Não, mas eu não vou passar o resto da minha vida chorando por causa dessa mulher. – disse mordendo o bolo.


- Fico feliz que não esteja mais chorando. – apertou o nariz dela que sorriu. – Mas filhota... – ele disse e ela parou de sorrir. – Não acha que vocês precisam conversar? – ela negou com a cabeça. – Dulce tem muitas coisas pra te falar, tem muito que explicar.


- Não quero conversar com ela! – berrou.


- Tem certeza? – ele arqueou a sobrancelha. – Tem certeza que não te interessa mesmo saber o motivo por qual ela foi?


Selena o encarou, na verdade se interessava e muito, era uma das coisas que ela se perguntava quase todos os dias, o motivo de ter sido abandonada pela mãe.


- Eu não sei se quero ver ela.


- Vocês vão ter que conversar em um momento ou outro. – ele disse. – Melhor que seja logo, não acha?


Selena colocou uma torrada inteira na boca e ficou se perguntando o porquê de tudo isso ter acontecido.


- Tudo bem papai. – ela disse. – Você venceu!


Christopher sorriu orgulhoso.


- Mas eu vou primeiro tomar café. – disse voltando a tomar café.


 


Ela tomou café sob os olhares atentos do pai, comeu tudo, realmente estava com muita fome.


- Preparada? – disse pegando a bandeja que ela lhe estendia.


- Estou sim... – suspirou. – Pode chamar ela. – voltando a deitar.


Ela estava nervosa, pela primeira vez veria Dulce como sua mãe e não como a namorada chata do seu pai, isso era muito estranho, era uma sensação nova pra ela.


 


Christopher desceu e Dulce estava ajudando as empregadas a tirar a mesa do café. Viu-o chegando até ela e lhe dando um beijo. Sorriu de leve.


- E então? – estalando os dedos. – Como ela está?


- Acordou melhor, graças a Deus. – ele abriu um sorriso. – Ela quer te ouvir.


- É sério? – perguntou surpresa. Achava que a menina não iria querer vê-la tão cedo.


- Sim. – ele assentiu. – Quer ir agora? Ela está esperando.


- Oh céus, eu estou muito nervosa amor... – disse abraçando o corpo. – Eu tenho medo da reação dela quando eu falar.


- É difícil tudo isso... – ele a abraçou. – Mas você precisa falar, e essa é a hora, se quiser eu vou com você.


- Não precisa. – ela se separou dele e passou a mão no rosto. – É melhor eu ir sozinha.


Ele assentiu.


- Me deseje sorte. – murmurou.


- Boa sorte. – deu um selinho nela.


 


Dulce respirou fundo antes de entrar no quarto de Selena, entrou e a encontrou vendo TV, deitada e embrulhada da cabeça aos pés. A menina notou sua presença e sentou, a encarando de cima abaixo. Como se quisesse gravar sua imagem pra sempre.


Selena notou que Dulce realmente se parecia com ela. Tinha vários traços da mãe. Os cabelos eram em grande quantidade como os seus e o nariz tinha o mesmo formato. Eram muito parecidas.


- Bom dia. – a ruiva disse, dando um sorriso de canto. – Como dormiu?


- Ora, por favor... – Selena ironizou. – Não se faça de mãe dedicada, por que você não é mesmo. – Dulce suspirou.


- Eu posso me sentar? – a ruiva perguntou apontando o pufe. Selena deu de ombros e ela sentou.


- Agora? Vai me responder por que me abandonou Mamãe? – disse a ultima palavra com a voz carregada de ironia. – É a única coisa que eu quero saber.


Dulce engoliu o seco, falar daquilo era tão doloroso, tão duro... Mas ela iria falar tudo para Selena.


- Claro que sim... – a ruiva assentiu. – A minha vida nunca foi fácil Selena... Eu nunca conheci meu pai, e cresci ouvindo da minha mãe que eu era o maior pecado dela, que eu era tudo de ruim que aconteceu na vida dela... Minha mãe veio de uma família católica, eles eram muito devotos e minha mãe se tornou igual, vivia rezando achando que tudo era pecado. E eu cresci somente com a figura dela na minha vida. Eu sempre fui muito estudiosa, sempre tirava as melhores notas no colégio, sempre fui motivo de orgulho, só minha mãe que não pensava assim, pra ela eu continuava sendo seu maior pecado. Eu consegui uma bolsa pra estudar no San Alfredo, que era um colégio caro, cheio de riquinhos e foi lá que conheci seu pai, eu não sei o que ele viu em mim, sinceramente, eu usava umas saias que iam até embaixo do joelho e um suéter marrom horrível todos os dias... Não que eu gostasse de me vestir assim, minha mãe me obrigava, falava que usar roupas justas era pecado, e eu morria de medo de pecar. – a ruiva falava e Selena prestava atenção, ainda não entendendo. - Eu me apaixonei pelo seu pai assim que o vi, ele sempre arrodeado de namoradinhas, era muito popular... – sorriu lembrando-se. – E eu era considerada estranha, algumas pessoas tinham medo de mim...


- Tipo Carie a estranha? – Selena perguntou. – Na boa, sua historia parece muito com a dela.


- Eu também acho, mas eu não tinha poderes mentais, infelizmente... – Dulce suspirou. – Enfim seu pai começou a dar em cima de mim, e eu resolvi dar uma chance a ele apesar de saber que não estava fazendo a coisa certa, segundo a minha mãe, mas eu estava tão apaixonada que pela primeira vez na vida eu não me importei... – ela sorriu de leve ao lembrar-se dos momentos que passou com Christopher na adolescência, ele era tão fofo e gentil. – Quando eu completei quatorze anos decidimos dar um passo adiante na nossa relação, foi uma experiência nova tanto pra ele quanto pra mim e estávamos conhecendo aquilo que os adultos diziam que era incrível...


- E foi aí que eu surgi. – Selena interrompeu mais uma vez. – Se não queriam um bebê por que não usaram camisinha? – disse rolando os olhos.


- Nós esquecemos. – pôs a mão no rosto. – Mas isso não importa agora, Selena, você foi gerada... Não demorou em que eu começasse a sentir os sintomas da gravidez, no inicio eu achava que estava doente, apenas com alguma virose, minha mãe me levou ao posto de saúde e lá falaram que eu estava grávida. Ela meteu a mão na minha cara lá mesmo... Na frente de todos os médicos e enfermeiras. – disse sentindo a primeira lagrima rolar. – E me puxou pelos cabelos até em casa enquanto me xingava de tudo o que era nome, falou que eu era o uma pequena pecadora e iria arder no fogo do inferno por toda a eternidade, disse que Deus me odiava, que eu era uma vergonha, me chamava de piranha, vadia... Enfim de tudo o que era nome.


Selena estava impressionada, sua avó materna era doente!


- Quando chegamos em casa ela não deixou eu entrar, disse que o pecado jamais passaria pela porta dela, e jogou as poucas roupas que eu tinha pela janela e me mandou embora, que não queria me ver nunca mais... – ela soluçava, era muito duro lembrar-se da forma como sua própria mãe a tratou em um dos momentos que ela mais precisava de carinho e apoio. – Aquela noite eu passei na rua, sozinha, com muito medo, só eu e você... – olhou para Selena, que já estava com os olhos mareados. – No outro dia eu fui à escola procurar seu pai, expliquei tudo a ele e ele me trouxe pra casa dos pais dele, no tempo eles moravam em uma casa no norte, bem próximo da escola, eu falei pra ele do meu estado, ele também ficou muito assustado, mas disse que iria me apoiar no que eu precisasse...


 


Selena sorriu sozinha, seu pai era incrível e ela sabia muito bem.


- Os seus avós também ficaram muito alterados, mas ao contrario da minha mãe, ofereceram ajuda, e me hospedaram na casa deles bondosamente. Eu tive vários problemas durante a gravidez, emagreci muito, sentia saudades da minha mãe, apesar de tudo, eu só tinha a ela no mundo e isso me entristecia... Eu não tinha ninguém mais por mim. Tive muitos sangramentos devido à gravidez ser muito, muito precoce, por muitas vezes achei que não iria conseguir chegar ao final, mas você se mantinha firme e forte na minha barriga e parecia querer nascer a todo o custo... – sorriu de leve. – Minha bolsa estourou faltando três semanas para completar os nove meses, eu não sei explicar o pavor quando senti as dores, eu pensei que eu iria morrer, tia Alexandra e tio Luiz, era assim que eu chamava eles, me levaram pra maternidade, depois o Christopher chegou e ficou ao meu lado o tempo inteiro, foram vinte e uma horas de trabalho de parto, eu não tinha mais forças pra nada, não conseguia sequer respirar direito, quando eu ouvi o seu choro fino eu não acreditei, você era uma neném perfeita, chorava direto... – disse sorrindo mediante as lagrimas.


- Se eu era um bebê perfeito, por que me abandonou? – ela indagou, ainda com amargura.


- De volta pra casa eu comecei a desenvolver depressão-pós parto, eu ficava sozinha em casa com você todo o tempo, não tinha com quem conversar, não tinha amigos, eu não tinha nada. – disse ela que parecia voltar no tempo, com as lembranças. – Então dona Alexandra contratou uma empregada, Luzia. – mordeu o lábio. – Essa mulher me ofereceu maconha, disse que sempre que eu me sentisse infeliz era só fumar uma daquelas que toda a minha infelicidade passaria, e eu de besta, fui na conversa dela e realmente, era só alegria, e eu fui me viciando naquilo, e cada dia queria mais, até que eu estava completamente viciada em drogas, não só maconha, mas crack e LSD também, fiquei magra como um palito de dentes... Eu olhava pra você e sentia medo de te machucar. – olhou para a filha chorando muito. – Você era tão pequenininha e ficava sozinha em casa com uma drogada, você tem noção?


- E os meus avós? Meu pai? Não sabiam? – Selena enxugou uma lagrima que escoria em seu rosto.


- Seus avós trabalhavam juntos na empresa do seu avô, e seu pai também estava trabalhando lá, ele queria ser independente... – sorriu de leve. – Eles descobriram um pouco antes de eu ir embora, quando o seu pai achou vários cigarros de maconha em baixo da cama, ele ficou muito decepcionado comigo, eu senti muita vergonha pelos seus avós e por ele mesmo... No outro dia eu me droguei o dia inteiro, e cheguei a colocar droga dentro da sua mamadeira de chazinho, que eu fazia pra que você não tivesse cólica. – Selena arregalou os olhos, completamente surpresa. – Aquilo foi o fim pra mim, eu poderia ter matado você e só não matei por que seu pai chegou a tempo.


- Eu não imaginava. – a menina disse cobrindo o rosto. Caindo no choro.


- Eu fui embora... – Dulce continuou. – Fui embora por que achei que você ficaria melhor comigo longe, eu era uma ameaça pra você, e a ultima coisa que eu queria era que te acontecesse algo de ruim, eu tinha certeza que o papai iria cuidar de você e ser pra você tudo aquilo que eu não fui...


Selena levantou os olhos e a encarou.


- E depois? Quando você foi embora, o que aconteceu? – a menina perguntou, abalada.


- Eu fiquei vagando por aí, consegui me abrigar em um lar de freiras, pedi ajuda e elas me ajudaram, me mandaram para uma casa de recuperação... Demorei quatro anos pra me recuperar do vicio, o que não foi nada fácil... Eu tinha crises de abstinência horríveis, depois disso terminei meus estudos em um supletivo e fui tentar faculdade em Cancun e como eu era muito inteligente consegui uma bolsa em uma faculdade muito boa, depois de mais seis anos me formei em moda e depois lutei até conseguir meu próprio negocio. Essa é a minha historia. Agora você pode tirar suas próprias conclusões a respeito de tudo isso. – se levantou, enquanto enxugava as lagrimas. – Eu só espero que um dia, você me perdoe por tudo filha... A última coisa que eu queria era te fazer sofrer, entende a mamãe, por favor... – se aproximou dela e lhe deu um abraço, um abraço que estava esperando há muito tempo, sua filha era a tudo pra ela, tudo... Selena afogou-se no abraço, sua mãe tinha sofrido muito para dar-lhe a vida, mas ainda tinha um buraco em seu coração que não podia fechar-se, e isso era mais forte do que ela... Dulce separou e lhe deu um beijinho na testa. – Eu vou deixar você em paz... – sorriu de leve. – Obrigado por me dar a oportunidade de explicar, qualquer coisa é só me ligar ok? – Selena não disse nada, apenas a observou sair.


Quando Dulce saiu a menina caiu no choro, perdeu a noção de quanto tempo ficou chorando, não queria estar no lugar de Dulce, em pensar que na sua idade sua mãe já estava sofrendo daquele jeito a deixava muito mal, apesar de não gostar da ruiva, ela tinha um coração, e seu coração não era feito de pedra pra não se comover com a historia dela. Depois de muito chorar, adormeceu outra vez.


 




deixem a Thata aqui feliz e comentem MUITOOOOOOOOO sim?! jajaja


 


Twitter: @Thata_Dulcitah


Tumblr: http://thatadulcitah.tumblr.com/



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Autor(a): thatadulcitah

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 831



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  • vondymiranda Postado em 13/02/2016 - 04:26:12

  • Raissa Postado em 08/05/2015 - 13:14:39

  • mahdc Postado em 09/07/2014 - 17:18:28

    Amei de Paixão essa Fanfics, você está de parabéns. Linda a Web!

  • vondizynha8 Postado em 06/04/2012 - 17:07:53

    adorei a web vc poderia fazer a segunda temporada em pense com carinho

  • vondizynha8 Postado em 06/04/2012 - 17:07:51

    adorei a web vc poderia fazer a segunda temporada em pense com carinho

  • lalavondy Postado em 30/11/2011 - 15:34:37

    QUEEEEEEE já acabou poxaaaaa a web era otima !!!

  • lalavondy Postado em 30/11/2011 - 15:34:35

    QUEEEEEEE já acabou poxaaaaa a web era otima !!!

  • lalavondy Postado em 30/11/2011 - 15:34:34

    QUEEEEEEE já acabou poxaaaaa a web era otima !!!

  • lalavondy Postado em 30/11/2011 - 15:34:34

    QUEEEEEEE já acabou poxaaaaa a web era otima !!!

  • lalavondy Postado em 30/11/2011 - 15:34:32

    QUEEEEEEE já acabou poxaaaaa a web era otima !!!


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