Fanfic: Nossa Filha Mimada - Terminada | Tema: Vondy

Peoples do meu tum tum, gracias pelos parebéns!

Ae les van mais uma da Selena!kkkkkkkkkk(amo ela!*-*)

No dia seguinte Dulce levou as duas meninas para a escola com felicidade, estava muito feliz por ter dado uma trégua de confusões com Selena.

- Hoje seu pai chega. – a ruiva sorriu e olhou a filha que estava sentada no banco do carona.

- Pois é. – olhando pra fora. – Estou ansiosa e com saudades. – coçou o olho.

- Ainda tem sono querida? – Dulce perguntou carinhosamente.

- Um pouco. – Selena respondeu.

- Temos um trabalho pra entregar hoje tia. – Lola disse do banco traseiro. – Espero que as meninas tenham feito a parte dela, não é Selena?

Selena estava longe, pensava exatamente em sua avó materna, por que aquela mulher tinha feito o que fez com sua mãe? Ela não entendia como uma mãe, se é que a tal Blanca podia ser chamada de mãe, podia fazer algo assim com uma filha...

- Selena! – Lola berrou no ouvido dela fazendo-a acordar.

- Oi maluca! – se virou espantada.

- Eu estou dizendo que espero que as meninas tenham feito a parte delas no trabalho de literatura.

- Ah sim, fizeram sim... – dando pouca importância e desviando o olhar para sua mãe. Que assim que notou seu olhar se virou e sorriu pra ela.

- Algum problema filha? – desviou o olhar para o transito.

Selena apenas negou com a cabeça, Dulce sorria sempre, tinha tudo para ser uma pessoa amargurada, mas não. Não era.

Chegaram ao colégio e Dulce estacionou na calçada para que as duas saíssem.

- Até logo tia Dulce. – Lola deu um beijinho em Dulce e saltou do carro. – Vamos Selena! – disse já do lado de fora.

- Vai indo, cinderela, já te alcanço... – Lola assentiu e saiu aos pinotes.

- Ela é uma gracinha. – Dulce sorriu olhando Lola. – Que bom que já estão se dando bem. – Selena assentiu. – Eu adorei o dia de ontem. – disse por fim. – Espero que possa acontecer mais vezes.

- Mamãe? – ela encarou a mãe.

- Sim querida?

- Você sente saudades da minha avó? Digo da sua mãe?

Dulce respirou fundo e forçou um sorriso.

- Não filha. – mordeu o lábio. Ela estava mentindo, Selena pôde perceber.

- Você mente muito mal. – ela disse ainda encarando a expressão da mãe.

- Não pensa nisso ok? – acariciou os cabelos dela. – Isso não é importante.

- Mas você sente não é? – insistia.

- Sinto. – lançou um sorrisinho triste, não adiantava dizer ao contrario, apesar de tudo ainda sentia muita falta de Blanca. – Agora vai tá? Você não pode se atrasar senão Lola arranca os cabelos. – disse dando um abraço e um beijo na filha. – Tenha um bom dia...

- Tchau. – não disse mais nada e saiu.

Dulce suspirou e ficou um momento pensando, depois deu partida, estava atrasada para a reunião.

Selena entrou na sala e as amigas já estavam a esperando.

- Enfim chegou! – Mary sorriu. – Lola disse que você ficou conversando com a sua mãe! O que ela disse? – enrolando a ponta do cabelo na caneta.

- O que vocês têm de curiosas tem a Barbie filha de fofoqueira hein? – bufou e sentou-se ao seu lugar.

- Mas conta pra gente amiga...  – Elas insistiam.

- Nada, eu só me despedi dela e pronto. – rolou os olhos.

A professora entrou na sala e todas se calaram. Era literatura, a professora pediu para que entregassem os benditos trabalhos e liberou os alunos.

- Nossa eu nem acredito, primeiro horário vago! – Louise sorriu.

Selena continuava no mundo da lua.

- Selena! – deu um pedala nela. – Fala logo o que você tem! – disse já com um bico.

Selena sentou-se em um banco, e logo as amigas sentaram também.

- Ai meninas... – suspirou. – É que quando a minha mãe ficou gravida de mim, minha avó expulsou ela de casa como um cachorro velho... Isso me deixa muito bolada...

- Ela falou com você sobre isso? – Ana perguntou mexendo nos cabelos da amiga.

- Sim... E ela sente muita falta da mãe dela, dá pra notar!

- Nossa isso é uma barra. – Catarine disse. – E o que você acha disso?

- Sei lá... – ela coçou a nuca. – Eu me sinto de certa forma culpada sabe?

- Claro que não amiga. – Mary sorriu. – Não tem nada a ver, sua avó é uma louca, você mesmo contou naquele dia que ela era uma fanática religiosa, não é isso? – Selena assentiu. – E então? Fica tranquila.

- Mas eu queria saber... – pensativa. – Hei! – levantou.

- O que? – Catarine pôs a mão no peito.

- Minha mãe já estudou nessa escola... – andando de um lado para outro deixando as amigas tontas. – Eu tenho certeza que ainda tem a ficha dela aqui.

- Selena, o que você tá pensando hein? – Louise perguntou já com medo. Selena tinha cada ideia mirabolante que a deixava de cabelo em pé.

- Vou encontrar o endereço da minha avó, e vou fazer uma visita a ela.

- PIROU Selena?! – as amigas disseram em um uníssono.

- Não, eu não pirei! – disse com um sorriso. – E vocês vão me ajudar! – disse encarando as amigas com os olhinhos brilhando.

As amigas se entreolharam e suspiraram, elas sabiam que Selena não ia desistir mesmo, então só o que restava era ajuda-la.

- Tudo bem, o que quer fazer?

- Simples. – deu de ombros. – É só irmos até a sala da secretaria e procurar a ficha da minha mãe, copia o endereço e pronto.

- Você é louca Selena, acha que a gente vai conseguir? – Mary disse. – Ah não ser que queira ir para a diretoria mais uma vez.

- Não fala bobagens! – Selena disse. – Vamos logo!

- O que? Você quer ir agora? – as amigas estavam perplexas.

- Olhem só, se quiserem vir, ótimo, senão eu vou sozinha! – disse se virando para sair com bico do tamanho do mundo.

- Espera aí amiga! – Catarine disse correndo até ela. – É claro que nós vamos com você! – piscou.

- Ótimo, então vamos!

Elas assentiram e seguram Selena até a secretaria, onde a simpática secretaria estava digitando algo no computador.

- Celia! – Selena parou na frente da secretaria.

- Selena... – a mulher sorriu debochada, arrancando risos de todas. – O que fazem aqui meus anjinhos? Não deveriam estar em aula? – voltando a digitar.

- É que estamos sem aula. – Mary disse.

- Bem Celia a professora Marília chamou você lá na nossa sala, ela disse que tem algo a falar sobre o horário. – Selena mentiu na cara dura.

- Sobre o horário? – as meninas assentiram com carinha de anjo. – Não entendo, toda semana eu mesmo entrego os bilhetes com os horários...

- Aí nós não sabemos, mas ela disse que é urgente.

- Ok meninas. – a secretaria levantou. – Onde ela está?

- Acho que está no sétimo ano. – Selena disse.

- Não Selena, deve estar no sexto, não a viu dizendo que ia pra lá? – Louise piscou para a amiga que entendeu, quanto mais Celia demorasse procurando a professora, melhor pra elas.

- Ah, nos não temos certeza, mas é por aí mesmo...

- Se vocês estiverem aprontando pra cima de mim. – apontou sorrateiramente. – Vou dar muitas palmadas em vocês, suas danadas.

As meninas continuaram olhando-a com carinha de anjo enquanto ela saia reclamando.

- Ótimo, meninas! Mary fica vigiando pra caso alguém aparecer de surpresa ok?

- Claro. – foi para o corredor.

- Muito bem, qual era o ano que minha mãe estudou aqui, pensa Selena... – dizia para si mesma – Dois mil e onze... menos quatorze ou quinze?

- Mil novecentos e noventa e seis, Selena!

Selena assentiu e pesquisou todos os alunos de mil novecentos e noventa e seis e noventa e sete também.

- Dulce Maria... – olhando. – Caramba, eu não estou lembrada do sobrenome exato dela.

- Espinosa Saviñon!

- E como sabe?

- Estava em todo lugar no desfile dela, eu sou muito perceptiva. – Catarine piscou.

Selena apenas negou com a cabeça e pesquisou. Não demorou pra encontrar.

- ACHEI! – deu um pulo da cadeira. – Nossa, como minha mãe era estranha! – olhando a foto três por quatro de Dulce.

- Realmente sua mãe mudou demais, ela não era feia, mas parecia a Carie a estranha. – Ana sorriu.

- Eu também já falei isso pra ela. – Selena disse pegando um papel e uma caneta que tinha por ali. – Aqui está o endereço... – disse começando a copiar o endereço e viu que ficava em um bairrozinho de quinta categoria.

- Anda logo Selena, a Celia tá vindo aí. – Mary disse apavorada do lado de fora.

- Já tou acabando! – se apressou e logo terminou de copiar, fechou rapidamente os programas que abriu deixando apenas os que Celia estava usando.

Celia entrou no exato momento em que Selena terminava de guardar o papel no bolso da calça jeans. A secretaria as encarava com insatisfação. As garotas sorriam falsamente pra ela.

- Rapem já daqui! – ela berrou. As garotas saíram correndo. – Gurias desocupadas! – sentando novamente em sua cadeira giratória e voltando ao seu trabalho.

- Nós conseguimos meninas! – disse dando pinotes e tirando o papel do bolso.

- E agora, o que vai fazer com isso? – Ana perguntou cruzando os braços.

- Quando acabar a aula eu vou lá. – guardando o papel novamente.

- Tem certeza Selena?

Selena ia responder quando Lola chegou afoita.

- Enfim achei vocês! – a menina disse puxando o ar. – A professora de matemática está na sala, “usando” o tempo de literatura...

- Ela é doida, não está nem no horário dela... – e foram resmungando para a sala de aula.

Enquanto isso com Dulce.

Ela chegou à empresa sorridente, não demorou em que Anahí lhe trouxesse os relatórios do dia para que assinasse e não pode deixar de observar o semblante alegre da ruiva.

- Quanta alegria! – a loira brincou.

- Nem me fale... – Ela sorriu enquanto assinava os documentos. – Estou muito feliz por estar digamos que “de bem” com a minha filha... Eu não sei explicar a alegria que estou sentindo.

- É assim mesmo amiga, e não sabe como me deixa feliz por ver você assim, tão alto astral. – Anahí sentou-se. – Logo vocês vão ser superamigas.

- É o que eu mais quero... – Dulce suspirou. – Eu sinto que ela ainda é meio assim... Não fala muito e não deixa transparecer que gosta de mim, mas a minha esperança é que ela confie em mim, que ela se abra comigo, entende?

- Perfeitamente. – Anahí piscou. – Ela só está confusa amiga, é muito normal, se ela aceitasse você de uma hora pra outra aí sim seria estranho. Temos que ter paciência com ela.

- Eu terei... – disse a ruiva com os olhos brilhando. – Terei toda a paciência do mundo com ela... Inclusive hoje ela me fez uma pergunta bastante estranha... – a ruiva disse pensativa.

- Que pergunta?

- Me perguntou se eu sentia falta da minha mãe... – olhou pra Anahí que também estava confusa.

- Serio? – Dulce assentiu. – Que estranho. Tem alguma noção do por que ela perguntou?

- Não faço ideia. – Dulce murmurou. – Mas eu não quero que a minha filha se sinta culpada por nada do que aconteceu comigo... Não quero que ela se preocupe com isso, ela é só uma menina.

- Vai ver ela só perguntou por curiosidade amiga. – Anahí sorriu se levantando. – Não se preocupe os adolescentes são bipolares. – as duas riram. – Já terminou? – apontando os relatórios.

- Sim. – entregando pra ela. – Tudo certinho.

- Perfeito, agora eu vou indo nessa. – indo em direção à porta. – Até mais ruiva... – saiu.

Algumas horas depois.

Selena conversava com a avó no telefone.

- É sério vovó, eu preciso fazer um trabalho na casa da Ana, é Mega importante. – rolou os olhos, isso é que dava ter uma avó superprotetora.

- Selena, querida, e quem me garante que você não vai fugir outra vez? – a avó retrucou do outro lado da linha.

- Claro que não vovó, não seja paranoica. – riu.

- Ah querida, eu estou com saudades de você, ontem passou o dia inteiro com sua mãe e esqueceu-se de mim.

- Ok vó, hoje prometo que durmo na sua cama.

- Promete? – Alexandra riu. – Olha lá moleca...

- Prometo vó, agora eu vou desligar.

- Ok querida, se cuide, quando terminar o trabalho me ligue pra eu ir buscar você.

- Tá vovó, beijos. – desligou. – Minha nossa! Minha avó é muito louca. – guardando o celular no bolso. – Então alguém vai me acompanhar? – encarou as meninas.

- Eu vou amiga. – Mary disse.

- Eu queria muito ir, mas prometi que ia sair com minha mãe pra comprar as coisas do aniversario do meu irmãozinho. – Louise explicou. – Mas boa sorte, amigas! – deu um abraço nas duas.

- E eu e a Ana vamos fazer o trabalho, mas vamos fazer o trabalho mesmo! – Catarine brincou quanto ao fato de Selena ter mentido para a avó.

- Ok meninas, então me desejem sorte! – piscou. – E não se esqueçam de por nosso nome no trabalho! – advertiu.

- Pode deixar, não se preocupem.

Selena foi caminhando com Mary em direção ao endereço em que capturaram, era um pouco distante do colégio, mas não precisaram pegar condução, foram perguntando a algumas pessoas e logo chegaram a tal Rua Martin Colombo.

- A rua é essa. – ela disse apontando a placa. – Agora vamos procurar a casa. – olhando o papel. – Numero 2500...

- Essa rua é meio suburbana hein Selena? – Mary disse forçando um sorriso. – Olha essas casas, são muito tensas...

- Larga de ser reclamona Mary, estamos aqui atrás da mãe da minha mãe, não pra comprar uma casa. – rolou os olhos. – Olha aquela casa ali é 2480! – apontou. – Estamos bem perto!

- Sim, vamos mais pra frente! – disse olhando todas as numerações. – Ali Selena! – apontou uma casa média, bem velhinha, pintada de branco. – É a 2500!

- Vamos lá... – Selena respirou fundo enquanto caminhavam até a casinha. – Eu estou nervosa... – sorriu de canto.

- Fica tranquila amiga, o máximo que essa louca pode fazer é mandar a gente ir embora.

- Tem razão, mas mesmo se ela mandar, eu não vou sair daqui até que ela me explique por que foi tão cruel com a minha mãe. – foi até a porta e tomada pela coragem, tocou a campainha.