Fanfic: Nossa Filha Mimada - Terminada | Tema: Vondy

Postando peoples do meu tum tum!

ah, AVISO: leiam sentados, e qm for emotivo leia com algum lenço na mão! Pois o post ta bem tenso!

E enfim tinha mudado, e logo agora que tinha mudado vem o destino e apronta mais uma pra ele, não podia ser! Passou a mão pelo cabelo, nervoso, ansioso por informações da mulher que amava, desesperado!

Levantou a cabeça e pediu em pensamento com os olhos molhados de lagrimas.

- Senhor... Eu sei que não sou uma pessoa muito chegada em religião, mas eu preciso de ajuda... Ou melhor, ela precisa. Não a leve de mim mais uma vez... Por favor, eu não conseguirei mais viver sem a Dulce... Ela é o amor da minha vida, a mãe da minha filha e nós precisamos dela, por favor. – ele enxugou as lagrimas e encarou um ponto qualquer.

Do outro lado, Blanca andava pra lá e pra cá com o terço nas mãos. Não estava acreditando que Dulce estava ali, entre a vida e a morte sendo que há algumas horas trás estava em sua casa conversando. Simplesmente não podia acreditar. Estava se sentindo mal, com peso na consciência e pedia a Deus de cinco em cinco minutos para que acolhesse sua filha, que não a deixasse morrer tão jovem. Dulce ainda tinha muito que fazer, tinha uma família para cuidar, uma filha linda, e um marido, ou o que for que aquele homem seja dela... Deus não podia leva-la.

Não antes de ela pedir perdão a Dulce por todo o mal que lhe fez. Sentiu as lágrimas castigar lhe outra vez, estava com medo, sim, estava com muito medo. Uma angustia a parecia sufocar lenta e dolorosamente. Ela precisava de noticias senão enlouqueceria... Caminhou até os bancos e sentou-se defronte Alexandra que tinha Selena dormindo em suas pernas. Dava para notar que as duas eram bem ligadas... Sentiu um leve incomodo ao notar tal afeição, mas deu de ombros e voltou a se concentrar nas suas orações.

Não demorou a que o doutor voltasse, ainda vestido com sua roupa de cirurgião. Todos levantaram apreensivos.

- E então doutor? – Christopher perguntou. – Como ela está? Ela está bem?

O medico suspirou e passou a mão no rosto.

- A cirurgia foi bem sucedida. – deu um leve sorriso e todos aliviaram. – Mas ela ainda corre riscos, não tantos quanto agora pouco, mas mesmo assim, nós a levamos para o CTI e ela está bastante fraca, perdeu bastante sangue, mas por sorte o tipo sanguíneo dela é bastante comum... Nós fizemos uma transfusão sanguínea e ela está estável.

Apesar de ela ainda correr riscos todos estavam felizes em saber que ela teve uma melhora.

- Nós podemos vê-la?

- Por enquanto não. – o doutor anotou algo na prancheta. – Mas eu recomendo vocês a irem para casa. Por aqui a situação está sob controle e eu mesmo avisarei caso algum imprevisto aconteça.

- Eu prefiro ficar... – ele disse mordendo o lábio.

- Como quiser. – o doutor sorriu de canto. – Agora se me permite preciso ver alguns pacientes.

Todos assentiram e ele se retirou.

- Graças a Deus meu filho! – Alexandra sorriu. – Não acha melhor agora você ir pra casa? Comer um pouco?

- Não mãe, enquanto eu não tiver certeza que a Dulce vai ficar bem, eu não saio daqui.

- Nada do que eu fizer vai adiantar não é? – a mulher fez uma carinha engraçada.

- Não mamãe, é melhor você ir e levar a Selena... – ele apontou a filha que dormia toda encolhida.

- Ok, então qualquer coisa você avisa? – ele assentiu enquanto batia de leve no ombro de Selena.

- Filha...? – ele sussurrou e ela se mexeu um pouco. – Acorda meu amor.

Ela abriu os olhos e olhou para os lados, demorou, mas logo reconheceu que estava no hospital e tudo veio à tona... O maldito acidente, sua mãe quase morrendo... Merda! Levantou olhando para os lados.

- Onde ela está? – perguntou abraçando o próprio corpo. – Ela já melhorou?

- Sua mãe vai ficar bem. – ele deu um beijo na testa dela. – É melhor ir pra casa princesa...

- Não... – negando com a cabeça. – Eu quero ficar aqui.

- Filha, é melhor você dormir um pouco em casa. A mamãe já está bem... – engoliu o seco. – Amanhã eu trago você de novo.

- Mas e a minha mãe? – coçando o olho.

- Ela está bem querida. – a avó assegurou. – Vamos com a vovó, amanhã você vem com a mamãe, combinado?

- Tá bem. – suspirou. – Vamos. – deu um beijo no pai e se despediram de todos, saindo em seguida.

- Ela é muito ligada com a sua mãe não é? – Blanca pela primeira vez na vida, falou com ele.

- Sim... – passou a mão no rosto sentando novamente. – Minha mãe é como uma mãe pra ela... – suspirou. – Enfim... A senhora não deseja ir descansar um pouco? Se quiser chamo um taxi e...

- Não rapaz. – ela disse observando seu terço. – Só saio daqui depois de conversar com a Dulce.

Ele encarou os amigos e apenas suspiraram.

- Eu vou buscar um café, quem vai querer? – Anahí perguntou.

- Traz um pra mim, por favor, e pro Ucker também. – Poncho disse batendo de leve nas costas do amigo.

- E a senhora? – Anahí a encarou. – Não vai querer nada? Um café? Um chá?

- Um chá, por favor. – ela disse e Anahí caminhou poucos passos até uma cafeteira, e buscou os cafés e o chá de Blanca.

No dia seguinte.

- Vamos logo vovó! – Selena batia o pé enquanto a avó se penteava.

- Se acalme minha querida, o hospital não vai sumir. – a loira disse, com um sorriso.

- É que, eu quero ver minha mãe. – disse sentando no sofá, cabisbaixa. – Eu estou com medo que ela morra.

- Ei... – Alexandra sentou ao seu lado. – O que é isso meu bem? Sua mãe não vai morrer... Ela vai ficar bem logo! É só questão de tempo.

- Você acha mesmo? – secando a lágrima solitária que caía dos seus olhos.

- É claro que sim, querida. – piscou. – Agora vamos sim? – a menina assentiu e as duas saíram.

Assim que chegaram ao hospital, encontraram Christopher, Blanca, Anahí, Lola e Poncho. Assim que Lola a viu correu para lhe dar um abraço apertado.

- Onw Selenita... – dizia com lagrimas. – Vai dar tudo certo viu? A tia Dulce é muito forte ela vai sair dessa.

Selena assentiu começando a chorar.

- Eu espero que sim. – a abraçando mais forte. – Não quero que ela morra...

- Não vai morrer, ela já está mais corada e tudo. – soltando a amiga e lhe enxugando as lágrimas.

- Obrigado Lola. Você até que é bem legal sabe? – sorrindo de leve enquanto enxugava as lagrimas. Lola assentiu. Selena foi em direção ao pai e o abraçou.

- Eu quero ver ela... – disse baixinho. – Eu posso?

- Tem certeza? – Selena assentiu. – Ela não está como você costuma vê-la.

- Não me importa... – negando com a cabeça. – Eu quero ver ela...

- Ela ainda dorme.

- Eu quero ver papai! – disse com dor. – Não me importa como ela esteja! E eu quero entrar sozinha!

                                                             ***

Atenção: daqui p/ frente leia escutando: http://www.youtube.com/watch?v=bp-YlnS7VIU

                                                             ***

Christopher encarou a enfermeira e a mesma assentiu.

- Me acompanhe mocinha... – a enfermeira sorria acolhedora. – Vamos colocar uma roupa apropriada ok? – Selena assentia enquanto caminhavam pelo enorme corredor. Trocou de roupa e logo adentrou na sala em que Dulce estava, tinha vários aparelhos e pode enxergar a ruiva deitada ali, no meio de tudo aquilo, estava tão diferente, tão pálida e com olheiras, estava cheia de arranhões pelos braços e um corte na testa. Sentiu uma coisa estranha no coração ao vê-la daquele jeito, muito diferente do que era acostumada a vê-la...

- Nossa... – ela murmurou. – Você tá estranha... – sentindo um nó na garganta e pegando a mão fria da mãe. – Tá gelada... – desabando no choro. – Você é teimosa mamãe... Prometeu-me que iria ficar bem e não cumpriu sua palavra. E olha só aonde você veio parar? – sorriu de leve. – Eu nunca soube o que é ter uma mãe... Uma pessoa que me amasse acima de tudo, claro tem meu pai e eu o amo demais, mas você entende do que eu falo não é? Eu sei que eu sou chata e mimada, e que sou insuportável às vezes, mas... – soluçou. – Você é minha mame, como diz a retardada da Lola. – rolou os olhos sorrindo de leve. – E apesar de tudo, eu... – pausa. – Eu... Te amo... – apertando a mão dela e dando um sorriso. – Te amo mamãe, você não pode morrer, por favor... – chorando. – Não pode me deixar sozinha outra vez... Não outra vez. Eu precisei ver você entre a vida e a morte pra entender que eu te amo; sempre te amei e sempre vou amar, apesar de tudo o que você fez... – entrelaçando os dedos com os dela. – Volta mamãe, eu tou com saudades de chamar você de arroto de fanta... Você e papai são tudo pra mim... – parou de falar ao ver que rolava uma lagrima dos olhos de Dulce, e a mão dela se mexia... – Mamãe? – sorriu. – Mamãe? – disse ansiosa. – Acorda mãe...

Dulce ao ouvir aquela declaração tão linda de sua filha, arrumou forças que nem ela mesma sabia de onde... As lagrimas acumularam em seus olhos e transbordou, abriu os olhos de leve e se deparou com sua filha chorando.

- Filha... – disse fraca. – Onw meu amor... – sorriu. – Não sabe como me fez bem ouvir essas palavras... Não ideia de como me deixou feliz... Você me ama mesmo? – disse fazendo uma careta devido a dor que sentia.

- Amo mãe... – chorando de alegria. – Apesar de você se achar muito, você é minha mãe e eu te amo! – beijando a mão dela.

- Eu também te amo meu amor. – Dulce não estava acreditando naquilo, parecia ser um sonho. – Você é a minha razão de viver. Dá um abraço na mamãe filha...

Selena sorriu e a abraçou do jeito que podia afinal Dulce estava machucada e tinha que ter cuidado para não piorar a situação.

- Me perdoa filha... – Dulce sussurrou. – Me perdoa por tudo o que te fiz sofrer meu amor. – chorando. – Eu juro que eu não queria...

- Não chora. – Selena pediu. – É claro que sim, eu perdoo você! Eu sei que você só queria o meu bem e fez isso pra me proteger.

Dulce sentiu como se um camelo saltasse de suas costas, não podia acreditar que sua filha estava dizendo aquilo.

- Obrigada meu amor... – dizia enchendo a menina de beijos. – Muito obrigada por isso...

- Não me deixa nunca mais mamãe... – soluçando.

- Jamais meu anjinho. – beijou os cabelos dela. – Nunca.

Sorriu finalmente realizada, ela não falharia outra vez... Não mais.