Fanfic: Colorful Friendship | Tema: Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
Recusava-me a sair do quarto, a ver qualquer pessoa, ir para escola; recusava-me até a me alimentar, só queria curtir minha dor e solidão em paz. É claro que meus pais e meu irmão não respeitavam isso, sempre que vinham bater na porta do meu quarto, desligava-me do mundo; deviam achar que eu estava morto ou algo bem perto disso, pois da última vez que minha mãe tinha vindo avisara que se eu não abrisse a porta, iria tomar medidas drásticas. Bom, até agora estou esperando.
Nunca imaginei que ficaria assim por causa de uma garota... Bom, na verdade acho que não foi por causa da garota e sim pelo o que aquela maldita fez. Ela me traiu e, pior com meu melhor, quero dizer, ex-melhor amigo, Bob. Não esperava isso dele, se bem que Mikey havia me dito uma vez que achava que tinha visto os dois juntos, mas eu idiota, não dei importância. Agora estou aqui sofrendo feito uma mulherzinha, sofrendo uma humilhação por causa daquela filha de uma... Batidinhas hesitantes na porta chamaram minha atenção, se fosse meu pai estaria esmurrando; minha mãe gritando e me ameaçando e, se fosse Mikey a pobre porta não estaria lugar por causa dos chutes que ele dava nela.
- Gee? – era Frank. Ah, então essa era a medida drástica da minha mãe? Se bem que eu estava com saudades do pequeno, desde que terminei com aquela desgraçada não atendia a um sequer telefonema dele ou de Ray, não contara a eles o que havia acontecido, mas como ele estava aqui, minha mãe ou Mikey havia contado a minha desgraça. – Posso entrar? Tenho uma coisa para você. – minha curiosidade falou mais alto. O que ele poderia ter para mim? Uma faca de açougueiro para eu poder matar a filha da puta da Lyn-z? Resmunguei um “entra”, depois voltei a enfiar minha cabeça debaixo do travesseiro deixando somente uma frestinha para poder respirar, ouvi a porta sendo aberta e depois fechada com delicadeza, um cheiro forte de café impregnou o quarto. Ah, assim é golpe baixo. Senti o espaço ao meu lado na cama afundar e uma mão afagar minhas costas. – Fiz café para você. – minha mãe verdadeiramente apelou, eu sou louco pelo café do Frank – não que ele ou alguém saiba disso, claro –; não tem nada demais ou de especial, só é... Diferente.
- Obrigada. – sentei-me na cama aceitando a xícara que me era estendida.
- Como você tá? – ele perguntou ajeitando alguns fios vermelhos que caiam sobre meus olhos. – Mikey disse que você não está se alimentando. – então foi aquele moleque fofoqueiro, beberiquei o café, na verdade foi um belo gole, apesar de estar muito quente. Ah, estava divino; o pequeno me olhava esperando uma resposta; olhei para ele por sobre a xícara.
- Estou ótimo. – Frank arqueou sua sobrancelha direita – não sei como ele consegue fazer isso, adoraria fazer também – e começou a rir, uma risada curta e gostosa, contra minha vontade um pequeno sorriso surgiu em meus lábios. Só ele mesmo para me fazer rir num momento desses.
- Você mente muito mal, Gee. – riu mais um pouco as minhas custas, mas logo ficou sério. – Ahn... Ray bateu no Bob. – quase me engasguei com o café, o olhei incrédulo limpando minha perna onde eu havia cuspido café quente.
- Como é que é?
- Bom... Quando ele soube ficou puto e você conhece o Ray. – deu de ombros. Ah, como era bom saber que o rostinho do Bob provavelmente estava deformado. – Quando vai sair desse quarto? Sinto sua falta na escola. – reclamou fazendo biquinho, ri novamente com isso. Estava pensando seriamente em mudar de escola, não queria passar humilhação com fama de corno.
- Não sei, quero dizer, do quarto eu posso sair, não sei quanto a voltar para a escola. – dei o último e longo gole no café, que pena. Frank ficou me encarando por um tempo depois sorriu, aquele sorriso que só ele tinha; verdadeiro e infantil.
- Vamos descer, fiz cupcakes para você. – pegou a xícara da minha mão, se levantou e foi em direção a porta.
- Você é o melhor amigo do mundo, sabia? – perguntei com um sorriso, ele se virou e ficou me analisando por nem sei quanto tempo. Éramos assim, às vezes só com o olhar conseguíamos transmitir o que sentíamos um para o outro. Ele colocou a xícara vazia em cima da mesinha do computador, veio até mim sorrindo e sentou-se novamente na cama, mas agora de frente para mim e aproximou seu rosto do meu, até que nossas testa se encontraram e nossos olhos também. Queria perguntar o que estava fazendo, mas ele falou primeiro.
- Sabia e, você também é o melhor amigo do mundo para mim, Gee. – sussurrou roçando seu nariz contra o meu, sua respiração contra o meu rosto fez um arrepio estranho percorrer meu corpo, tive uma louca vontade de beijá-lo. – Agora levanta essa bunda branca da cama, tome um banho e desça. – quando ele se afastou, minha vontade foi de agarrá-lo e fazê-lo ficar do mesmo jeito que estava, mas não fiz, somente o observei pegar a xícara na mesinha e sair do quarto me sozinho e extremamente confuso.
***
Conseguia ouvir as risadas vinda da cozinha assim que comecei a descer as escadas, a maioria era de Mikey e... Frank. Ao passar pela porta da cozinha tive uma visão para lá de... Pervertida. Pelo menos na minha mente, ela ficou BEM pervertida. Frank estava debruçado ou apoiado na bancada da cozinha perto do fogão mexendo em alguma coisa e, o seu traseiro mexia junto como se ele estivesse rebolando bem devagar e aquilo era totalmente... Comível para mim.
Pare com isso, Gerard Way. Ele é seu melhor amigo.
Mikey e Ray estavam do outro lado da bancada comendo cupcakes, quando notaram minha presença abriram um sorriso.
- Resolveu descer foi? Por qual motivo? Café, cupcakes ou Frank? – meu irmão imbecil sussurrou o nome no meu ouvido, olhando o pequeno mexer o que agora mais de perto parecia ser massa para os bolinhos. – Bela visão, não? Não sei se me concentro nos bolinhos ou nele. – como? Ele riu e deu de ombros. – Depois conversamos. – Ah, pode apostar que sim, irmãozinho.
- Estou tendo que fazer mais, já que seu irmão e o Ray fizeram questão de acabar com quase tudo. – Frank desculpou-se olhando raivoso para os dois seres que riam da cara dele. – Idiotas.
- Não tem problema. – peguei uma xícara e a enchi de café que ele havia feito.
- Quando você volta para a escola? – Ray perguntou de boca cheia, fizemos cara de nojo.
- Argh, engula primeiro, não quero saber o que se passa dentro da sua boca, Ray. – reclamou o pequeno distribuindo a massa entre as forminhas, Mikey o olhava estranho, como se quisesse devorá-lo ou algo assim. Acho que era só impressão minha.
- Foi mal. – ele engoliu tudo e voltou a falar. – Então...?
- Não sei, to pensando em mudar de escola. – falei tomando café logo em seguida, Mikey me tacou um cupcake.
- Vai mudar de escola, o caralho. Tá maluco? – exclamou pegando outro bolinho para me tacar, mas Frank o impediu segurando sua mão.
- Taque isso. – entregou-lhe uma colher. Ué, ele estava do lado de quem, afinal? – Não fiz isso para você ficar tacando no seu irmão, imbecil. – pegou o cupcake da mão dele e entregou a Ray. Meu irmão ainda estava meio aéreo quando eu voltei a falar.
- Não vou ficar sendo zoado por causa daquela vaca da Lyn-z.
- E quem disse que irão te zoar? – Ray voltou a falar com a boca cheia, mas só um olhar do pequeno o fez engolir em seco. – Eu meto a porrada em quem te zoar, manolo. – ele riu, eu ri, Frank riu, mas meu irmão continuou olhando para o nada com aquela cara de abestado, tinha algo errado.
Autor(a): thesaah_
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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- Posso falar com você um minuto? - Ahn? Claro. – o levei até a sala. - O que está acontecendo? Você está est... - Eu o quero. – falou, demorei um pouco para assimilar o que ele estava dizendo. Ele queria o Frank? O meu Frank? Ele não é seu, Gerard. - Ele é tão gostosinho, cheiros ...
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