Fanfic: Paixão do Outro Mundo *Adaptada AyA* (Cancelada) | Tema: Ponny
Confusa com os sentimentos contraditórios que ele lhe suscitava, Anahí examinou o emplastro em seu joelho. Antes que ela tivesse tempo de esboçar qualquer reação, Alfonso adiantou-se e ajudou-a a retirar o emplastro. Foi até o banheiro, apanhou medicamentos e preparou-lhe uma cataplasma. Começou a aplicá-la no joelho ferido, sem dizer nada.
Anahí tinha certeza de que Alfonso sabia o que ela estava pensando. Sem erguer os olhos, desabafou:
— Esta situação é constrangedora.
— É, sim — ele anuiu, em voz baixa.
— Não estou habituada a dividir meu espaço com outras pessoas.
— Há quanto tempo sua mãe morreu?
— Dez anos.
— Que idade você tinha naquela época?
— Dezoito anos. Morávamos só nós duas aqui. Depois fiquei sozinha. Você é a primeira pessoa com quem eu faço uma refeição desde a morte dela. Tenho uma sensação tão estranha… Não sei como lidar com outras pessoas.
— Pois está lidando muito bem comigo.
— É porque nos conhecemos em circunstâncias excepcionais. Mas não sou muito sociável. — Como ele se mantivesse calado, Anahí achou que não estava entendendo seu ponto de vista. Embaraçada, admitiu: — Não estou acostumada com homens.
— Você já teve algum na sua vida? — Alfonso perguntou, sondando o rosto dela.
Seus olhares se cruzaram por um momento, e com uma intensidade tal, que Anahí ficou cabisbaixa, com o coração descompassado e as faces afogueadas. Não, nunca houvera ninguém em sua vida, salvo os pacientes de quem tratava. Jamais fizera amor com um homem. Dada sua idade e a mentalidade liberal da sociedade contemporânea, ela era uma aberração.
Não queria que Alfonso a julgasse mal. Ainda de cabeça baixa, justificou-se:
— Sou diferente da maioria das mulheres. Sempre fui assim. Nasci e passei a vida inteira nesta cabana. Minha mãe foi minha médica, amiga e confidente. Nunca freqüentei a escola, porque aprendi aqui tudo o que precisava saber.
— Não brincava com as outras crianças?
A fisionomia dela endureceu. Tudo o que queria de Alfonso era compreensão, não piedade.
— Você não imagina o que é viver num lugar como este. A ilha de Pride tem uma população de, no máximo, oitocentos habitantes. A maioria é composta de pescadores. Há uma igreja, uma escola, uma rua principal e um mercado. Todos se conhecem. Os Homesy, Dubay e Twill são pescadores de lagostas há várias gerações. Os Dunkirk são sacerdotes, os Shaw são encanadores, os Thane, eletricistas. — Anahí fez uma pausa antes de prosseguir, com ar ligeiramente desafiador: — Os Van Vorn são uma família de curandeiros, e todo mundo sabe que os curandeiros são gente esquisita. Não somos considerados normais, mas eu pouco me importo com a opinião dos outros. Como já disse, levo uma vida plenamente satisfatória. Tenho minhas ocupações e isso me basta.
Autor(a): Bela
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— Por exemplo? — Por exemplo, tocar minha flauta. Ouvir música. Ver televisão. Ler um bom livro. Pesquisar ervas. Cuidar dos pôneis. Plantar legumes, frutas e hortaliças. A temporada de plantio e colheita é curta, assim, tudo tem de ser feito com rapidez. Agora mesmo, os suprimentos para o próximo inverno estão &ag ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 114
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anywhen Postado em 09/01/2012 - 14:48:48
Possssta maisss!
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mileponnyforever Postado em 25/12/2011 - 21:47:35
Feliz natal!!! posta mais:)
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mileponnyforever Postado em 25/12/2011 - 21:47:35
Feliz natal!!! posta mais:)
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mileponnyforever Postado em 25/12/2011 - 21:47:34
Feliz natal!!! posta mais:)
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jl Postado em 16/12/2011 - 16:08:01
Esperando o/
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jl Postado em 16/12/2011 - 16:08:00
Esperando o/
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jl Postado em 16/12/2011 - 16:08:00
Esperando o/
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jl Postado em 16/12/2011 - 16:07:59
Esperando o/
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sophia Postado em 04/12/2011 - 11:16:29
maisssssssssssssssssssssssssssssssssss
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jl Postado em 02/12/2011 - 10:35:11
O jeito é esperar neh '-' =/