Fanfic: Paixão do Outro Mundo *Adaptada AyA* (Cancelada) | Tema: Ponny

Deixando os pacotes de lado, Anahí apanhou o envelope. Abriu-o com o coração apertado e começou a ler: Os representantes da Companhia OSAY vão estar na ilha de Pride no próximo dia 28 de agosto. Eles estão pensando em instalar uma estação de rastreamento de satélites no campo perto da sua casa. A estação vai trazer benfeitorias para a comunidade da ilha, sem prejudicar o meio ambiente. Se você tiver alguma objeção, pode tratar do assunto diretamente conosco. Fique na sua casa durante a visita dos representantes da Companhia OSAY.

Assinado: Conselho Administrativo da ilha de Pride.

Anahí sorriu ironicamente e dobrou a folha de papel.

— Querem instalar uma estação de rastreamento de satélites no campo dos pôneis. O que mais vão inventar?

— Só não entendo por que se deram ao trabalho de avisá-la. Se você não soubesse da vinda deles, não teria tempo de fazer nada com o campo.

— Mas, Millie, não sou eu quem provoca os lodaçais e as outras coisas.

— Diga isso aos homens da companhia, não a mim.

— Eles não me acreditam. Bem, terei de esperar. Virão dentro de cinco dias.

Não precisava de poderes paranormais para saber o que aconteceria naquela visita. Eles andariam pelo campo, enquanto Anahí rezava para que alguma coisa bem desagradável acontecesse e os fizesse mudar de idéia. Depois tentaria argumentar com eles, e eles, por sua vez, tentariam persuadi-la de que a estação de rastreamento de satélites seria um grande investimento social, etc, etc.

Forçando um sorriso, Anahí despediu-se de Millie, saiu da agência de correio e atravessou a rua para encontrar Alfonso no mercado. Os adolescentes Mundy passaram por ela e, diminuindo a marcha, dirigiram-lhe um olhar de escárnio.

— Veja, George. A fazedora de chuva está de volta — disse Sam, o mais velho e mais atrevido.

— Não sei por que ela precisava armar um temporal daqueles. Não tem ninguém indo aos campos agora, Sam.

— Anahí estava só treinando. Afinal, ela é uma bruxa, não é, Anahí? — Sam agora olhava-a abertamente, soltando uma risada mordaz.

— Não tenho nada para conversar com vocês. Se me dão licença… — Anahí murmurou, tentando chegar à porta do mercado. Os dois irmãos, porém, bloquearam-lhe o caminho. Eram conhecidos por sua agressividade e pareciam dispostos a armar uma boa confusão.

— Com licença, — ela repetiu.