Fanfic: A BITE TO REMEMBER (Uma Mordida Inesquecível) `adaptada` | Tema: Vondy
— Você nasceu em 1592 de Víctor Manuel Casillas Arias e Marie Christina Alexandra von Uckerman Karlsson, ambos vampiros... ou imortais, como preferir. Alexandra era muito amiga de sua cunhada Lucero Uckermann, e você nasceu dois meses antes do filho de Lucero, Christian. Os dois passaram muito tempo juntos durante a infância, e são como irmãos. Sua mãe morreu em 1695, queimada na fogueira, grávida. Seu pai se tornou recluso desde então, passando a agir como representante do conselho. Você o vê muito pouco. Decidiu se tornar ator quando conheceu Shakespeare aos dez anos de idade. Viajou pelo mundo, permanecendo não mais que dez anos em um lugar antes de se mudar e começar tudo novamente. Esteve na Califórnia por oito anos, antes disso, dez anos na Inglaterra, e antes ainda, Rússia, Espanha e França. Tem participações nas empresas Uckermann, mas também possui a Incorporações C. V. U., com ramificações em vários outros segmentos. Um deles é sua própria empresa de produções artísticas, que no momento não está produzindo nada por causa dos vários eventos, os quais você pensa serem sabotagem. Isso o forçou a interromper toda e qualquer produção.
Dulce calou-se e sentiu prazer ao ver a expressão que Christopher Uckermann tinha no rosto. Ele parecia hesitante, inseguro. O sujeito bem que merecia! Ela só estava ali como um favor a Christian. Tinha outros casos nos quais preferiria estar trabalhando, mas Vincent havia pensado nisso? Não, batera a porta na cara dela, e ainda tivera a pachorra de reclamar com Christian sobre ela ser mortal e mulher! Ela estava acostumada com as pessoas a julgando pelo sexo e tamanho. Isso a incomodava às vezes, mas podia superar. Entretanto, ficava furiosa se alguém falasse mal de sua espécie. Era humana e orgulhava-se disso. Alguns desses sugadores de sangue eram muito esnobes, em sua opinião. Dormiam o dia todo, bebiam sangue embalado à noite, então agiam como superiores só porque não pegavam nem uma gripe comum e tinham uma saúde perfeita.
Tal pensamento lembrou Dulce de um ponto que deixara passar.
— Você herdou de seu pai a predisposição genética que não o permite se alimentar de bolsas de sangue como o restante da sua espécie. Em uma dieta restrita de sangue embalado, você morreria de fome. É forçado a caçar suas refeições e se alimentar de doadores vivos. — Ela arqueou a sobrancelha e adicionou: — Luis e eu não estamos no menu. Se morder algum de nós, estaremos no próximo voo para Nova Iorque, entendido?
Dulce não esperou por uma resposta. Decidindo que havia desperdiçado muito tempo do lado de fora da porta, passou por ele, entrando na casa, atenta para que Luis estivesse bem em seus calcanhares.
— Sua segurança aqui é inexistente — ela anunciou, olhando para cada sala que passava em sua caminhada pelo vestíbulo. — O portão da frente está escancarado. Passamos direto por ele, qualquer um pode fazer o mesmo.
— A segurança de minha casa não está em questão — Christopher Uckermann pareceu irritado, ela notou, mas também parecia recuperado do recital de informações sobre sua vida.
— Deveria estar — Dulce o informou, então prosseguiu: — Agora que interrompeu suas produções, o sabotador perdeu seu alvo original. Ele vai procurar por outro, e sua casa é o primeiro lugar que vem à minha mente. — Dulce olhou para trás e quando avistou o final do saguão não ficou surpresa ao ver Christopher espiando, preocupado, a porta de entrada. Ela não tinha ouvido o barulho da tranca quando ele fechara a porta um momento atrás. Christopher voltou para trancá-la, e ela sorriu de satisfação, enquanto se afastava da porta em direção a cozinha.
Luis aguardava na sala e ela dava voltas, fechando e abrindo armários, enquanto esperava Christopher retornar. Estava espiando o interior da geladeira quando ele se apressou a entrar na cozinha.
— Você tem muito vidro nesta casa — ela comentou. — Portas francesas, portas deslizantes de vidro e janelas amplas. Tem pelo menos um sistema de segurança por aqui?
A hesitação de Christopher foi resposta suficiente.
— O que você está procurando? — ele perguntou, em vez de admitir que não tinha um sistema de segurança.
Dulce deu de ombros.
— Se Luis e eu vamos ficar aqui, tenho que saber do que precisaremos. Como eu esperava, você não tem nenhuma comida nesta casa, sem mencionar pratos, talheres ou eletrodomésticos — acrescentou, secamente.
Fechando a geladeira, ela olhou para seu assistente.
— É melhor você começar a fazer uma lista, Luis. Apenas anote tudo nela.
— Vocês vão ficar aqui? — Christopher perguntou, horrorizado.
— Se não tivesse cancelado suas produções, poderíamos alugar algum lugar e trabalhar em alguma de suas peças como disfarce enquanto investigássemos. Mas já que cancelou todas as suas peças e fez de você e sua casa os únicos alvos disponíveis, teremos que ficar aqui e escolher disfarces diferentes. — Virou-se para fitá-lo. — Acredito que não tenha uma assistente pessoal?
— Não — ele respondeu, relutante.
— Agora tem — Dulce o informou. Apontou para Luis enquanto completava: — E também um cozinheiro e mordomo.
Christopher olhou para ela e então para Luis, que assentiu solenemente.
Deixando-o absorver as mudanças que estavam para tomar conta de sua vida, Dulce se dirigiu para porta da cozinha.
— Vou fazer algumas ligações. Presumo que possa usar o telefone em seu escritório?
— Sim, claro. — As palavras soaram quase automáticas.
Christopher parecia confuso com tudo o que estava acontecendo.
— Quer que eu descarregue a bagagem? — Luis indagou, assim que ela passou a seu lado.
— Sim, por favor. Precisarei de minha pasta que está no carro também. Depois de fazer as ligações, irei para o primeiro andar. Se não estiver no escritório, poderá me encontrar lá em cima.
— Certo, chefe — Luis murmurou, enquanto a acompanhava pela cozinha.
Christopher não a seguiu desta vez, o que deixou seus ombros um pouco relaxados enquanto voltava para vestíbulo.
— Você está sendo meio dura com ele — Luis comentou quando chegaram à porta, e ela encontrou o escritório no caminho.
Dulce deu de ombros.
— Ele precisa de um chacoalhão. Seres como ele chegam a uma certa idade e pensam que são invulneráveis. Este lugar é um paraíso para os ladrões. É sorte ele não ter sofrido um assalto, emboscada ou ataque... ainda mais agora que tem alguém lá fora querendo pegá-lo. Não há tempo para tratá-lo como um bibelô. Temos que deixar este lugar seguro rapidamente, assim poderemos nos concentrar em rastrear o sabotador.
— E ele foi rude ao bater a porta na sua cara — Luis completou de forma seca, trazendo um sorriso aos lábios de Jackie. O gigante raramente a deixava mentir para si mesma.
— Sim — ela admitiu. — Ele foi rude, e duvidou de que eu daria conta do trabalho, e meu orgulho foi ferido. Mas o fiz repensar sua opinião.
— Você acha que ele repensou?
— Eu acho que ele está desejando nunca ter ligado para Christian e pedido ajuda para encontrar alguém para ajudar a lidar com seus assuntos — ela concluiu, com um sorriso de prazer.
— Se ele está arrependido, então nosso trabalho aqui está terminado — Luis disse, muito sério.
— Bem que eu queria — Dulce respondeu e se pôs a rir, enquanto Luis ia em direção ao carro e ela, para o escritório. A habilidade do gigante de alegrá-la era impagável e ela agradecera a Deus por isso diversas vezes. Ela suspeitava de que fosse precisar dessa habilidade muitas e muitas vezes até terminar aquele trabalho.
Suspirando, sentou-se na cadeira do escritório e olhou para o telefone. Era sem fio, e agora que via a base vazia lembrou-se de que Christopher estava falando ao telefone quando atendera a porta. O aparelho ainda estava com ele.
Balançando a cabeça, levantou-se e começou a andar em volta da mesa, parando quando Christopher Uckermann apareceu de repente, com o telefone na mão. Depois de hesitar, Dulce estendeu a mão, mas ele continuou a segurá-lo.
— Peço desculpas por ter sido rude ao bater a porta na sua cara. Temo que por ter acabado de acordar ainda não estava muito lúcido, e... pelas informações que Christian havia me dado... eu só a esperava dentro de meia hora.
— Nosso voo pegou uma boa corrente de vento. Aterrissamos cedo — Dulce explicou.
Christopher meneou a cabeça.
— Fiquei assustado quando encontrei com você na escada, e ainda mais assustado por ser uma humana. Christian não me avisou disso, e presumi que seria alguém de nossa espécie a lidar com a situação.
Dulce hesitou a princípio, para depois assentir.
— Desculpas aceitas.
— Bom, nesse caso talvez pudéssemos começar novamente. — Ele soltou o telefone e estendeu a mão com um sorriso conciliatório. — Olá, meu nome é Christopher Uckermann. Você deve ser a maravilhosa Dulce Maria Saviñón que meu primo Christian mandou para salvar minha pele. É um prazer conhecê-la. Agradeço toda ajuda que puder me dar neste assunto. Bem-vinda à minha casa.
Dulce imediatamente colocou sua mão na dele, então piscou com a leve sensação de alerta que o toque causou. Assustada, tratou de soltar a mão de Christopher. Suas palavras saíram rápidas e afiadas como sempre.
— Gostaria que alguém viesse e instalasse um sistema de segurança adequado. Vai lhe custar um bocado de dinheiro. Se você tiver algum problema com isso... — sua voz sumiu, enquanto ele meneava a cabeça em negativa.
— Se acha que é necessário, faça o que quiser, não importa o preço. Com essa preocupação fora do caminho, talvez você possa se concentrar no meu sabotador. Agora vejo que fui displicente quanto a essas coisas. Suponho que tenho muita sorte de não ter sido assaltado, emboscado ou atacado. Obrigado pelo chacoalhão.
Dulce ficou tensa ao reconhecer suas próprias palavras para Luis alguns momentos atrás, e lembrou-se de repente que a espécie de Christopher tinha uma ótima audição. Eles podiam ler mentes também, pensou, temerosa. Tinha de ser cuidadosa e manter sua mente vazia quando ele estivesse por perto. Era um truque que aprendera alguns anos antes. Seu povo podia ler mentes, mas... felizmente, apenas se a pessoa estivesse pensando em algo. Manter a mente vazia ou recitar alguma cantiga boba sem parar, os deixava confusos. Precisava se lembrar disso com aquele homem por perto.
— Deixarei você com seus telefonemas e vou tomar um banho e me vestir.
As palavras de Christopher chamaram a atenção de Dulce para o peito nu dele, e ela piscou, surpresa, pensando como não havia notado aquilo ao chegar. O homem continuava parado ali, o cabelo preto bagunçado pelo sono e vestindo apenas uma calça de pijama azul-escura. Isso deixava o peito pálido, largo e extenso à mostra. Dulce estava tão nervosa com o comportamento dele ao atender a porta, que nem notara suas vestimentas, ou a falta delas. Ou quão bonito o rosto esculpido e os olhos azul-acinzentados eram.
Maravilhoso!, ela pensou, incrédula.
— Quando terminar com o pessoal da segurança, levarei Luis e você para comprar as coisas de cozinha que irão precisar durante sua estada — ele anunciou. — Agora, se me permite...
Christopher Uckermann deixou a sala. Dulce foi até a porta e o observou. Seu olhar deslizou com interesse sobre a costa musculosa e o traseiro naquela calça de pijama, enquanto ele voltava para a escada. Percebendo o que estava fazendo, balançou a cabeça e foi rapidamente até a mesa.
— Nem pense nisso — reprimiu-se, procurando por uma lista telefônica a fim de ligar para empresas de segurança locais. — A última coisa de que precisa é começar a se apaixonar por um vampiro. Já esteve lá, já fez isso, e tem as cicatrizes para provar.
— Já está falando sozinha? Este é sempre um mau sinal no trabalho.
Dulce ouviu as palavras de Luis e olhou para cima para encontrá-lo na porta, com uma grande caixa nas mãos.
— O que é isso?
— Uma entrega da B.S.U. O caminhão de entregas chegou quando eu saía do carro.
— B.S.A.? — Dulce se preocupou, sabendo que aquilo poderia ser sangue que Bastien havia mandado do Banco de Sangue Uckermann para sua mãe se alimentar enquanto estivesse ali. Ele a avisara de que Lucero Uckermann estava voando para se encontrar com Christopher, o qual ela tinha certeza de que estava sozinho e deprimido por estar solteiro em comparação aos primos, que estavam um a um encontrando suas caras metades.
Dulce, porém, não achava que ele parecia deprimido, mas não o conhecia o suficiente.
Luis se moveu, atraindo seu olhar novamente para o fardo que carregava. Ela olhou para a caixa que com certeza continha um cooler cheio de bolsas de sangue, e decidiu que aquele trabalho definitivamente seria um desafio. Eles normalmente não precisavam viver tão perto de imortais e nem conviver com seus hábitos alimentares. Não achava que iria gostar.
Suspirando, Dulce encontrou uma relação de agências de segurança na lista, e começou a discar.
— Coloque tudo na cozinha e o avise. Ele vai querer guardar isso logo.
Concordando, Luis deixou a sala, enquanto ela esperava que sua ligação fosse atendida.
Duas horas depois, Pedro Damián da Damián Segurança estava tagarelando sobre todas as melhorias que deveriam ser feitas, e os itens que deveriam ser instalados para tornar a casa de Christopher Uckermann segura. Para cada ponto que ele mencionava, Dulce fazia uma nota mental, ticando cada item da lista que tinha em sua cabeça. Pedro era o terceiro homem que tinha vindo ver a casa nas últimas duas horas, e o primeiro que não havia deixado passar nada. Então, era a companhia certa a contratar.
— Você pode fazer isso hoje? — perguntou quando ele terminou.
— Vai sair caro — Pedro avisou, passando a mão pelo cabelo grisalho. — Terei que dispensar outro trabalho, usar equipamento de outro trabalho também. Meus homens terão que trabalhar além do horário e... — Parou para examinar o bloquinho em que vinha fazendo anotações, enquanto andavam pela casa e pela propriedade.
Em seguida, ele mencionou um número que faria a maioria das pessoas empalidecer. De qualquer maneira, não era mais do que Dulce esperava, então olhou para Christopher, que havia se juntado a eles no final da inspeção.
— Você consegue pagar? — perguntou, seca. Christopher olhou como que ofendido, então resmungou:
— Faça.
Dulce voltou para Pedro e assentiu.
— Ligarei para o escritório e trarei os homens e os equipamentos aqui na próxima hora. — Pedro Damián foi em direção ao seu carro, e puxou um telefone celular do bolso enquanto saía.
— Bem... — Christopher franziu a testa — Acho que isso coloca um fim nos nossos planos de fazer compras.
— Eu posso ficar de olho na casa enquanto você e Dulce fazem compras — Luis opinou, juntando-se a eles na entrada da casa.
Dulce franziu a testa ao pensar na sugestão. Detestaria fazer compras com Christopher Uckermann. Infelizmente, já eram quatro em ponto e o horário do jantar se aproximava.
Eles precisariam de comida... e café. Ela era movida pelo líquido negro, e não conseguiria atravessar a noite sem ele. Dando o braço a torcer com um suspiro, disse:
— Vou pegar minha bolsa.
— Devo lhe avisar, Dulce odeia fazer compras — Luis informou a Christopher, enquanto ela entrava na casa.
Dulce virou os olhos ao ouvir o comentário, mas não teve a oportunidade de responder. O telefone estava tocando quando abriu a porta.
— Eu atendo. — Christopher passou correndo por ela em direção ao escritório.
Dulce o seguiu e pegou a bolsa de cima da mesa, enquanto ele tirava o telefone da base. Virava-se para deixar o escritório quando ele disse: “O quê?!” com tanto sofrimento que ela parou e olhou, preocupada.
O homem parecia horrorizado.
— Então a ligação era da sua assistente de produção, dizendo que o ator principal da peça que devia estrear hoje à noite se demitiu e a peça não vai poder estrear?
— Sim — Christopher respondeu, cautelosamente, olhando a estrada à frente. Jackie estava dirigindo, e ele a estava levando até algum lugar onde vendesse equipamentos de cozinha. Contudo, não tinha a menor ideia de onde as pessoas compravam esse tipo de coisa. Mas não disse nada, torcendo para encontrar uma loja adequada antes dela.
— Achei que você tinha cancelado todas as suas peças até descobrir quem as está sabotando.
— Não exatamente — ele murmurou, divagando sobre o que Christian havia lhe contado. Mas antes que pudesse perguntar, Dulce já estava respondendo:
— Christian não foi muito específico. Só disse que alguém estava sabotando suas peças. Eu estava esperando que Luis e eu pudéssemos conversar com você mais tarde para obter maiores detalhes, porém queria resolver as urgências primeiro.
— Devo entender por urgências, deixar minha casa segura e fazer as compras — concluiu Christopher com um sorrisinho nos lábios.
— Bem, você pode até funcionar sem comida, mas nós não — defendeu-se Dulce. — E eu, definitivamente, não funciono sem café.
— Claro que não. Não esperaria isso — ele assegurou. — É natural cuidar das prioridades antes. Afinal, um teto seguro sobre nossas cabeças e comida são necessidades básicas.
— Não para você. Pelo menos, não a parte da comida — destacou Dulce. Antes que ele pudesse comentar, ela freou subitamente e entrou no estacionamento de um shopping.
— Desculpe, eu me distraí — murmurou Christopher ao olhar para o enorme complexo.
— Sem problemas — respondeu ela, estacionando. — Eu mesma quase não vi, e estava prestando atenção.
Christopher deu um grunhido e saiu do carro para segui-la até a loja. Achou que os momentos que se seguiriam seriam chatos, talvez até irritantes, mas logo percebeu que não era bem assim. Enquanto se concentrava em escolher itens para a cozinha, notou que sua frustração começava a ceder.
— Não sei por que você não gosta de fazer compras — comentou, enquanto tomava a cafeteira barata de plástico branco das mãos de Dulce, colocando-a de volta na prateleira. Pegou a mais cara, preta e cromada, e a colocou no carrinho.
Sem saber exatamente o que precisava na cozinha, Christopher estava pegando um item de cada de tudo o que via: um liquidificador, um mixer, um filtro, um espremedor, e daí por diante. Tinha perguntado a Dulce o que seria necessário, mas Luis não estava brincando quando dissera que ela odiava fazer compras. Dulce respondia suas perguntas com pouco-caso e resmungava sozinha desde que haviam chegado. Ele achou engraçado. Dulce era como um chiuaua rosnando… porém muito mais bonitinha.
— Por favor, não me diga que você é um deles. Dulce parecia enojada, e ele hesitou, cauteloso.
— Deles quem?
— Esses que acreditam em terapia das compras — ela falou de modo seco, pegando uma torradeira.
— Não sei. Mas parece mesmo estar me relaxando — Christopher admitiu. Pegou a torradeira das mãos dela e a trocou por outra.
— O que estava errado com a outra?
— Esta é melhor — ele respondeu, fingindo indiferença, enquanto colocava a torradeira no carrinho. — É preta e cromada, e combina com o restante dos aparelhos.
— A primeira também combinava — ela retrucou, impaciente.
— Mas esta tem um belo design, e torra quatro fatias. Dulce rolou os olhos.
— Mas somos apenas dois. Não precisamos de uma torradeira para quatro fatias.
— Seremos quatro. Você se esqueceu da minha tia e de mim — lembrou ele.
— Mas vocês não comem — disse Dulce, exasperada.
— Eu como, sim — Christopher a corrigiu. Não com frequência, reconheceu para si mesmo, mas começaria a comer mais enquanto ela estivesse por ali. Pousou o olhar no aparelho seguinte sobre a gôndola, e sua expressão se iluminou. — Veja, uma máquina de fazer waffles! Eu já comi waffles. São gostosos. — Empurrou o carrinho para a frente a fim de olhar a caixa.
— Como assim, você come? — Dulce deixou escapar, enquanto o seguia. Um pouco de seu aborrecimento parecia ter sumido, substituído por confusão. — Sua espécie não come, só suga sangue.
Autor(a): robertaedullcestar
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 42
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luana1998 Postado em 14/11/2011 - 22:32:53
posta mais por favor *_* beijão e continua tá¿
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luana1998 Postado em 11/11/2011 - 22:35:19
posta mais por favor amei a novela vonvandy kkkkkkkk ;D beijão cat e posta mais naum se esqueça ok?
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lucas2280 Postado em 06/11/2011 - 09:26:24
Esperando os próximos capítulos... POSTA MAIS!!!
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lucas2280 Postado em 06/11/2011 - 09:26:18
Esperando os próximos capítulos... POSTA MAIS!!!
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lucas2280 Postado em 06/11/2011 - 09:25:26
Esperando os próximos capítulos... POSTA MAIS!!!
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lucas2280 Postado em 06/11/2011 - 09:25:21
Esperando os próximos capítulos... POSTA MAIS!!!
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lucas2280 Postado em 06/11/2011 - 09:25:15
Esperando os próximos capítulos... POSTA MAIS!!!
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lucas2280 Postado em 06/11/2011 - 09:25:07
Esperando os próximos capítulos... POSTA MAIS!!!
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lucas2280 Postado em 06/11/2011 - 09:25:00
Esperando os próximos capítulos... POSTA MAIS!!!
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lucas2280 Postado em 06/11/2011 - 09:24:54
Esperando os próximos capítulos... POSTA MAIS!!!