Fanfic: A BITE TO REMEMBER (Uma Mordida Inesquecível) `adaptada` | Tema: Vondy

desculpa.. n ter postado... + estou mto ocupada esses tempos.... Beijos p/ todos!

Lucero apenas meneou a cabeça.

— Acho que vou desfazer as malas e tomar uma ducha. Entre a espera no aeroporto e o ar reciclado no avião, sempre me sinto empoeirada depois de viajar.

— Tudo bem. Vá para o térreo quando estiver pronta, e eu lhe mostrarei a casa com mais detalhes — Christopher disse, deixando-a sozinha.

Dulce e Luis ainda estavam na cozinha quando ele voltou. Sentou-se em seu lugar, pegou a colher e franziu a testa ao ver o sorvete derretido.

— Vou pegar mais um pouco — Luis recolheu a tigela e levantou-se para levá-la até a pia.

Christopher notou que Dulce franzia o cenho para o gigante, e presumiu que ela não gostava que Luis o estivesse servin­do. O título de cozinheiro-mordomo era só um disfarce, afinal. Ela nada disse ao gigante, entretanto, virando-se para Christopher a fim de perguntar:

— Então, o que você fez para irritar alguém de sua espécie? Ele piscou, sem entender.

— Não entendi.

— Bem, deve ter feito alguma coisa. Certamente há um motivo para sabotarem você desse jeito.

— Não tem que ser um imortal — disse ele, ressentido. Dulce arqueou uma sobrancelha.

— Não, claro que não. Talvez seja uma coincidência que o elenco inteiro de sua peça tenha ficado anêmico. Embora, até onde eu saiba, essa coisa de anemia contagiosa não existe.

Os ombros de Christopher caíram.

— Sim... Isso indica que alguém de minha espécie está por trás de tudo — reconheceu ele. — Mas eu estava torcendo que fosse um humano que tivesse contratado, ou conseguido ajuda de algum imortal.

— Isso faz alguma diferença? — ela perguntou, calmamen­te. — De qualquer jeito, um imortal está envolvido, e eles por certo não costumam se aliar aos humanos contra sua própria espécie, não é?

— Não — ele concordou. — E já tentei pensar em quem pode­ria estar por trás disso, ou mesmo envolvido, mas não consigo me lembrar de ninguém.

Dulce relaxou na cadeira, comprimindo os lábios, enquanto Luis voltava com uma tigela de sorvete.

— Bem, pense um pouco mais. Se lembrar de alguma coisa, me avise.

Christopher assentiu, perguntando:

— Então, por onde nós começamos?

— Nós não faremos nada. Você vai seguir sua vida. O sabotador é um problema para Luis e eu. — Ela afastou a cadeira e se levantou. — Vou checar como os homens estão indo com o sistema de segurança.

Ele a observou sair, apreciando a vista.

— Dulce tem razão. E melhor deixar a investigação para os detetives — Luis disse, chamando sua atenção. — E nós deixaremos a atuação com você.

Christopher tomou uma colherada de sorvete, saboreando, e imaginou por que tinha parado de comer tanto tempo atrás. Tinha mesmo ficado entediado de comida? Engraçado como, agora, isso não parecia nada entediante.

— Então... — falou, após um tempo. — Conte-me sobre Dulce.

Luis levantou as sobrancelhas e deu de ombros.

— Ela é esperta, atenta e um pouco cínica. Também é minha chefe..

A última parte foi dita como um aviso de sua lealdade, e Christopher meneou a cabeça para assinalar que respeitava aquilo.

— Christian disse que foi o pai dela que fundou a companhia.

— Sim, o Fernando. Ele era realmente durão. Esperava muito de todos... inclusive da filha. E Dulce jamais o desapontou.

— Nunca?

— Nunca, nos dez anos em que a conheço — Luis completou, solene.

Christopher pensou naquilo por um instante, depois indagou:

— O pai dela morreu?

— Sim, de câncer — o gigante respondeu, sério. — Há dois anos.

— Então ela está no comando da empresa há dois anos?

— Três — Luis corrigiu. — Fernando esteve muito doente no último ano. Dulce praticamente tomou conta de tudo. Ele era só a figura de proa.

Christopher assentiu.

— Deve ter sido duro. Digo, quando se fala em detetives, as pessoas presumem que será um homem no comando. Acredito que a maioria dos homens gostaria de um homem no serviço.

Luis sorriu, debilmente.