Fanfics Brasil - 1 Papai cowboy - vondy - adaptada - TERMINADA

Fanfic: Papai cowboy - vondy - adaptada - TERMINADA | Tema: Rebelde


Capítulo: 1

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"Para Christopher Uckerman Paradeiro: Desconhecido


Querido Christopher:


Volte para casa.


Você não jurou para mim que voltaria quando tivesse ganhado dinheiro suficiente nos rodeios para comprar um rancho e se estabelecer? Já se passaram quase três anos desde essas suas palavras, Christopher. Suas andanças por este país já fizeram de você uma lenda. Então, quando virá?


Preciso vê-lo de novo. Tenho de olhá-lo no fundo dos olhos e dizer tudo o que está guardado dentro de mim desde aquela nossa horrível discussão. Há mil coisas em meu coração que podem ser resumidas em duas: eu te amo, Christopher Uckerman, e adeus.


Por tanto tempo, desejei que voltasse para casa a fim de tentarmos outra vez! Não posso mais esperar ou ansiar por isso. Eu mudei. Minha vida mudou.


Apesar de saber que sempre te amarei do modo intenso e selvagem, que tanto combina com o caubói indomável que é, preciso me despedir do sonho de que em algum momento seríamos iguais e únicos.


Não quero nada além disso, mas você, sim. Quer alguém para cuidar e proteger. Eu ansiava pela chance de ser uma pessoa respeitada por seu trabalho, inteligência e generosidade.


Hoje, consegui. Sou uma nova mulher, que se agarra a outra oportunidade de traçar o próprio caminho. E o irónico, Christopher, foi que você contribuiu para que me tornasse a pessoa confiante e apta a encarar o mundo que hoje sou.


Meu único arrependimento é que nem imagina qual seja a fonte de minha inspiração: nossa filha de dois anos, Angelina Sanviñon Uckerman, ou Angel, como todos nós a chamamos.


Não, retiro o que disse. Recuso-me a iniciar esta nova e excitante fase com algum tipo de arrependi­mento ou amarra a me manter ainda a seu lado.


Essa é a razão pela qual gostaria que você voltasse para casa. Poderia lhe mostrar a preciosidade que nosso breve amor criou.


Sim, tentei entrar em contato no início, para fazê-lo saber do bebé. Você, porém, volteava pelos circuitos dos rodeios como fogo na palha seca. Senti sua falta. Soube, afinal, ao receber de volta minhas cartas fe­chadas, que você, Christopher, queria me punir. Se ao menos tivesse aberto uma dessas mensagens talvez fosse capaz de me perdoar, e nós...


Porém, o tempo passou e já não desejo seu perdão. Não preciso mais dele.


No dia do nascimento de Angel, ao fitar-lhe os olhinhos, percebi ser chegado o tempo de parar de viver em função de um homem que não se importava conosco. O tempo novo que se abria à minha frente era para mim, minha filha e o futuro.


O que direi a nossa criança quando ela perguntar sobre o pai? Penso que falarei a Angel que o papai era um homem bom, com grande capacidade para amar e estreita definição sobre o que isso significava. Um rapaz para quem era difícil compreender que o parceiro cresceria forte e altivo sob a sombra protetora do outro companheiro. Acreditava ser capaz de me salvar de minhas próprias quedas e erros, e esse foi seu maior pecado.


O que direi a mim mesma ao beijar nossa menina à noite e ir para a cama sozinha? Que sou forte e inteli­gente e não preciso de você nem de ninguém para suavizar meu caminho. Posso percorrê-lo do meu modo e ser um orgulhoso exemplo para nossa filha."


Dulce Sanviñon rabiscou seu nome ao pé da página, pousou a caneta ao lado e recostou-se no espaldar da cadeira.


Piscou repetidas vezes, espantando o nublar dos olhos. Não choraria. O momento era para celebrações, e não para lágrimas. O dia seguinte seria o de sua independência.


Devagar, virou o pálido papel amarelo para admirar o outro lado, seu primeiro trabalho de propaganda em sua recente sociedade com James. Companhia de Ge-renciamento James e Sanviñon. Sim, havia sido um ótimo panfleto publicitário para a famosa festa de seus pais em Summit City. Mas, agora, como melhor provar suas habilidades do que satisfazer às pessoas que dela duvidavam?


Tanto Fernando quanto Blanca Sanviñon tinham concordado que aquela fora a melhor propaganda já feita para anun­ciar seu grande churrasco. Lógico que assim se sentiam, pois não somente o trabalho fora feito pela filha, mas também porque ela usara a neta, o orgulho e alegria daqueles avós, como modelo.


Dulce deslizou um dedo sobre o adorável retrato da criança, acariciando o grande chapéu preto sobre a cabeça de Angel. Seu dedo ainda percorreu o lenço que parecia escorregar dos ombros para o delicado peito, tocou de leve as fraldas brancas seguras por um alfinete country, duas pequenas pistolas se sobrepondo. Então, alcançou as botas. As botas de Christopher.


Ele as deixara no dia em que se despedira do casa­mento e de sua vida. Dulce acompanhou o desenho das botas desde o cano até o salto, que ele pedira para ela levar para consertar. Pedira?! Ordenara, como lhe orde­nava todo o resto.


   Saí com Alfonso Herrera e comprei um rancho para nós tocarmos — ele revelara no dia em que retornavam da curta lua-de-mel. — Aluguei uma casa para ficarmos até podermos construir nosso próprio rancho.


Dois meses mais tarde, lhe participara:


   Alfonso se feriu muito em um rodeio e não vai poder trabalhar nas terras.


O que Dulce vira como um modo de contribuir para o matrimónio e para os sonhos de Christopher ele usara como outra boa oportunidade para lhe falar do seu modo de ver as coisas.


   Mulher minha não trabalha fora, muito menos servindo caubóis famintos de tudo o que se imagina. Ganha-se muito dinheiro com um bom rodeio, querida. Sei que lhe prometi que, se nos casássemos, deixaria o cir­cuito, mas parece que terei de enfrentar mais uma ou duas temporadas. Então, compraremos nosso rancho e nos estabeleceremos para sempre.


Dulce ainda tentara lhe dizer algumas coisas, como o fato de suspeitar de que talvez estivesse grávida, mas Christopher não lhe dera chance. Aliás, nem esperara mais por uma, assim que Christopher a tomara nos braços. Haviam se amado de maneira selvagem e apaixonada naquela noite, e pela manhã ele tinha deixado um bilhete lhe dizendo para levar as botas para o sapateiro e que ligaria mais tarde.


Dulce não esteve em casa para receber o telefonema, nem para nenhuma das outras ligações, até que Christopher a encontrou na casa dos pais.


Fechou os olhos para bloquear a lembrança da terrível discussão que tiveram nessa ocasião, da ameaça perigosa que fizera ao lhe dizer que anularia o casamento, que levara Christopher a lhe dizer as últimas palavras:


      Tudo o que fiz foi por você e por nosso futuro. Se não consegue ver isso, então é melhor que eu a deixe. Suponho que tenha o direito de querer se livrar de mim. Faça o que tiver de fazer. Peça para seu rico e famoso papai puxar os cordões certos e arrumar um documento que diga que nosso casamento é de mentira, sem validade alguma. Com certeza me curvarei diante disso, mesmo que não o aceite em meu coração. E lhe prometo: voltarei para você e para casa, Dulce Uckerman, com o sucesso que uma mulher como você merece, ou não voltarei nunca mais.


As palavras soavam claras, audíveis em sua memória, como se as ouvisse agora. Machucavam com a mesma intensidade, também.


Dulce engoliu em seco, voltando a atenção para o re­trato de Angel mais uma vez. Christopher não voltara e, apesar de duvidar de que alguém ainda veria seu rosto em Sum-mit City, uma parte de seu coração esperava...


Bem, por que mais teria usado aquele par de botas em sua filha num panfleto que seria visto por todos os participantes no circuito dos rodeios? Por que mais es­creveria sua carta de despedida no verso de um daqueles panfletos?


Virou o papel de frente e se encaminhou para a va­randa do quarto.


As estrelas piscavam no veludo negro do céu de Dakota do Sul. O vento lhe desalinhava os cabelos. Mergulhada na morna essência de final de verão, lançava um olhar para os preparativos do churrasco de seus pais da noite seguinte, em pleno andamento.


Ainda permanecia na residência dos pais, sentindo-se como a criança que nunca aprende de vez as lições. Era a garota que desobedecera às leis paternas: "Ame qual­quer homem, exceto um vaqueiro. Case-se com qualquer um, menos alguém que se dedique a rodeios". E pagara o preço com seu coração, seu futuro e sua auto-estima. Porém, decidira fazer tudo ser passado. Poria os pés na estrada que a levaria ao sucesso e à independência financeira. Dentro de poucos meses, estaria em condições de se mudar com a filha para sua própria casa. Nada a impediria de construir um lar maravilhoso.


Levantou a folha no ar e soltou-a para que o vento da noite a levasse. Observou-a flutuar a distância, afastar-se, planando, delicada, pelo ar. Então, sussurrou as palavras que esperava serem ouvidas por seu marido algum dia, para que, afinal, pudesse encerrar esse capí­tulo de sua existência:


— Volte para casa...




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Autor(a): natyvondy

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Comentários do Capítulo:

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  • AnazinhaCandyS2 Postado em 28/02/2017 - 00:22:10

    Que fanfic boa, pena q foi tão curtinha :( Mas otima em tudo!

  • stellabarcelos Postado em 17/12/2015 - 23:59:38

    Lindos amei!

  • larivondy Postado em 03/10/2013 - 21:20:01

    ameeei, li em menos de um dia *-* tuas web's são perfeeeitas :)

  • PatyMenezes Postado em 17/12/2011 - 01:29:46

    Aqui estou eu, iguais uma tartaruga tewrminando de ler só agora -.-' desculpa o sumiço, provas finais, sabe como é neh?! mas enfim.... a web foi perfeita do inicio ao fim *-* quase morri com esse final *-* como sempre, suas web's são as melhores :D parabéns!!!

  • PatyMenezes Postado em 17/12/2011 - 01:29:46

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  • PatyMenezes Postado em 17/12/2011 - 01:29:45

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