Fanfics Brasil - 6 Papai cowboy - vondy - adaptada - TERMINADA

Fanfic: Papai cowboy - vondy - adaptada - TERMINADA | Tema: Rebelde


Capítulo: 6

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CAPITULO V


 


Olhe, Angel, querida, vovô e vovó estão naquela primeira carrua­gem aberta que vem vindo lá na frente. — Christopher ergueu a criança no ombro, de modo que ela visse a entrada do desfile, ainda a meio quarteirão.


Christopher, cuidado! — Dulce esticou os braços para a pequena, no entanto, sem tentar tirá-la dos braços do pai,


Não vou deixá-la cair — Christopher protestou, baixo, mantendo uma das mãos firme no peito de Angel, en­quanto a outra a segurava pelos rechonchudos quadris.


Bem, você não é um especialista nisso. Não é a maneira apropriada de se segurar um bebé — Dulce defendeu-se, explicando sua preocupação com um toque de impaciência.


Você sempre soube segurar um chapéu de caubói, e agora não a vejo fazendo isso direito.


Dulce olhou para o chapéu que Christopher lhe entregara a fim de carregar o bebé.


Oh! — Soltou as abas e o segurou pelo alto, o que era o correto.


Boa menina. — Christopher endereçou-lhe um olhar de aprovação.


Os olhos de Dulce se estreitaram a ponto de se tor­narem duas finas linhas. Então, levou o chapéu à cabeça, ajeitando-o de modo que não lhe toldasse a visão.


Pronto, ele está a salvo, agora.


Bem, sua filha também — Christopher assegurou, dando ligeiros tapinhas na barriga redonda de Angel.


Bom.


Christopher cumprimentou Fernando e Blanca Sanviñon com um silencioso balançar de cabeça. Apesar da desa­provação de seu casamento com Dulce, nem Fernando nem Blanca deixaram de desrespeitá-lo algum dia. Na noite anterior, os Sanviñon haviam sido quase que libe­rais. O tratamento surpreendera Christopher, mas agora percebia que, assim como ele mesmo, todos, pelo bem de Angel, fariam um esforço em comum para as coi­sas correrem bem.


Angel bateu palmas à passagem dos avós na carruagem.


Aposto que seu pai deu a Angel seu primeiro pónei antes mesmo de ela começar a andar. — Christopher sorriu para a filha.


Na verdade, não.


Você está brincando.


Não, não estou. Angel não tem um pónei. Por que acha que teria?


Por quê?! Olhe para ela. Pula como um cabritinho ao ver os cavalos. Está claro que quer um.


Arreios balançando, o bater característico das ferra­duras ecoando pelo ar, os imponentes animais continua­vam sua passagem.


Você gosta dos cavalos, benzinho? — Christopher perguntou a Angel, o coração deliciado ao pensar na próxima opor­tunidade de agradar a filha. — Quer um? Quer um cavalo?


Não faça isso, Christopher. Não vou ficar com ele.


É para Angel, Dulce. O que acha, Angel? Quer que papai lhe dê um pónei?


O pequeno rosto se iluminou, e o bebé deu aquele seu lindo sorriso, exibindo os pequeninos e alvos dentes. Sor­riso esse que fazia aparecer as covinhas das bochechas e quase derretia de alegria o coração do pai.


Bebé quer!


Bem, se é isso o que quer, é o que terá.


Christopher! Christopher Uckerman!


Alfonso Herrera! — Christopher bateu a palma da mão de encontro à que o amigo lhe oferecia para depois trocarem um forte aperto de mãos. — Não o vejo desde aquele problema há alguns anos.


Sim. — Alfonso, homem alto e forte, baixou um pouco a cabeça e coçou o queixo. — Lamento ter deixado para trás nossos planos de comprar aquele rancho, Christopher. Não podíamos gastar o dinheiro, na ocasião.


Não deu para evitar, Alfonso.


E parece que tudo acabou sendo para o melhor. Se você não tivesse voltado, o rodeio teria perdido o melhor de seus caubóis. Tenho acompanhado suas façanhas com Diablo, o Matador, e... Aquela ali é Dulce?


Um quê de tristeza atingiu-o ao olhar para Dulce empurrando o carrinho de Angel na direção deles.


Olá, Alfonso. Coma vai?


Vou bem, Dulce, mas não tanto quanto este caubói.


—Inclinando a cabeça em direção a Christopher.


A referência a sua carreira fez Christopher querer mudar o assunto:


Então, Alfonso, ouvi dizer que você se mudou com a família para vinte milhas distante da casa de seus pais.


Isso mesmo. E tão logo me reabilitei, compramos um pedaço de terra e uma casa que minha mulher trans­formou em uma pousada.


Interessante. — Christopher soltou uma espécie de risada.


   Viver dos negócios dela, é?


   Muito engraçado... — Alfonso pegou-o pelo braço. — Eu faço a manutenção do lugar, e temos baias para cavalos. Adestro esses animais para exposições e ajudo no patrocínio do rodeio de juniores todo ano. A esposa toma conta da pousada e dos hóspedes.


Então, é uma verdadeira sociedade — Dulce resu­miu, lançando um longo olhar para Christopher.


Sim, senhora.


Christopher cruzou os braços, tenso, tentando fingir não estar preocupado em decifrar o significado das palavras de Dulce.


   Mas me parece que vocês sabem uma coisinha aqui, outra ali sobre trabalho em conjunto...


Dulce comprimiu os lábios, as faces corando ao co­mentário de Alfonso.


Christopher lançava um olhar significativo para Angel, que adormecera no carrinho.


Sim, bem... — Christopher passou o braço pelos ombros dela, impedindo-a de embaraçar aos três com uma ne­gativa hostil. — Você sabe como é...


Claro, Christopher!


Dulce empertigou-se toda sob o braço de Christopher, mas manteve a compostura, pelo qual ele lhe agra­decia. Mas o modo como a proximidade daquela mu­lher o fazia se sentir não era tão bem-vindo assim. A tentação de trazê-la para mais perto, até que sen­tisse o calor de seus seios através do fino algodão da camisa, era quase insuportável.


Bom encontrá-lo depois de todo esse tempo, Alfonso.


Sim, muito bom, amigo. — Alfonso esboçou um sorriso largo. — Quem teria imaginado há três anos que, em vez de dirigirmos nosso próprio rancho, estaríamos aqui, eu, na fila para comprar maçãs do amor para minhas crianças, e você a empurrar um carrinho de bebé.


Christopher disfarçou o constrangimento. Na realidade não via nenhuma graça nisso.


Então, quer dizer que você está mesmo sossegando? — Alfonso apontava para o carrinho. — Espero que não seja por causa dos rumores que ouvi.


Que rumores?


Nada consistente, Dulce. Você sabe quanta con­versa fiada existe no circuito dos rodeios.


Christopher fechou os dedos no ombro de Dulce, lançando para Alfonso um olhar que afastaria um coiote.


Sabia que teria de contar a ela sobre suas condições físicas, mas não era o momento. Quando tivesse termi­nado a temporada, deixando o circuito no auge de sua performance, então poderia falar-lhe sobre esse assunto sem correr o Yisço de despertar sua piedade. Tinham muito com que lidar, muito a resolver para envolvê-la em algo que ninguém poderia mudar. O problema era seu, e sozinho o resolveria.


Afastando o braço dos ombros de Dulce, estendeu a mão para despedir-se do amigo.


Cuide-se, Alfonso.


E lembranças a sua família — Dulce acrescentou, enquanto Christopher virava o carrinho em outra direção.


Obrigado, Dulce. Estaremos todos torcendo por você neste final de semana, Christopher.


Depois de alguns minutos de silêncio, Dulce resolveu falar:


Bem, você parecia um tanto apressado para se livrar de Alfonso...


Já tínhamos falado tudo. Por que ficar jogando con­versa fora?


Ela mostrou-lhe a língua.


Otimo. Preferia que Dulce ficasse desgostosa por sua falta de boas maneiras do que curiosa daqueles rumores. Christopher apoiou-se mais ainda no carrinho, até que este rangeu sob seu peso.


   Por que não procuramos um lugar à sombra para sentar e conversar um pouco?


Dulce olhou à volta.


Iria me sentir melhor se continuássemos caminhando.


Imagino que sim...


O que foi? Por que parou?


Vi um ótimo lugar ali adiante. — Christopher começou a andar naquela direção, mas Dulce se recusou a acompanhá-lo.


   Escute aqui, Christopher, não vou me sentar agora.
— Mas, Dulce...


Não. Esta discussão não está aberta a debates. Não é a hora nem o lugar para eu dizer as coisas que preciso revelar.


Mas, Dulce...


Goste ou não, Christopher, a nova e independente Dulce não tem a menor intenção de se deixar levar por seu comando — concluiu, jogando os cabelos para trás.


Mas, Dulce...


Chega, Christopher. Vou me sentar e conversar quando for a hora apropriada para mim, e não quando você de­cretar. Entendeu? E pare de dizer "mas, Dulce..."!


Ei, calma! Não estou forçando nada, querida. Só queria me sentar, fazer uma pausa, talvez conversar um pouco sobre amenidades e olhar nossa filha.


Oh... — Os seios subiram e desceram num suspiro controlado. O rosado de seu rosto acentuou-se pelo arre­pendimento que sentia. — Creio que me precipitei numa conclusão errada.


Acontece. — Christopher não quisera acusá-la, mas a tris­teza do olhar de Dulce e a tristeza em seu tom tornavam claro que ela assim o entendia.


Talvez eu o tenha julgado mal. Deve ser por nossa experiência passada e sua ideia teimosa de comprar um pónei para Angel, quando eu não concordo com isso.


O pónei de Angel... Isso me lembra... — Christopher levou a mão em concha à boca, na esperança de que sua voz atravessasse a multidão. — Alfonso?!


O amigo virou-se, e deixou a fila da barraca de maçãs do amor.


O que posso fazer por você, companheiro?


Conhece alguém por aqui que tenha um bom pónei à venda?


Então, na verdade, talvez eu não tenha me preci­pitado tanto assim em meu julgamento — Dulce mur­murou, a suas costas. — Você ainda continua a ser o dominador que sempre foi.


E agora, o que foi que eu fiz? — Christopher virou a cabeça para ela, e a viu abrindo caminho com o carrinho através da multidão.


Tinha de estar fora de si. Essa era a única explicação viável, Dulce decidiu. Cerrou os olhos por alguns minu­tos. Confrontou-se, então, com a verdade: durante todo o dia, acreditara, no fundo, que ela, Angel e Christopher po­deriam vir a se tornar uma família.


Que idiota fora! Cerrou os dentes, lembrando-se do desenrolar dos acontecimentos.


Tudo o que estivera querendo, e ainda queria, era en­contrar um lugar calmo e seguro para ter uma conversa madura com Christopher sobre a situação deles. Mas isso havia acontecido? Não. Em vez disso, estavam passando o dia como Christopher sugerira.


Lógico que aceitara seu papel por força das circunstân­cias, mas no fundo sabia que Christopher a manipulara de modo que satisfizesse seus desejos. Christopher não mudara. Talvez estivesse um pouco mais maduro, mas, sob aquela calma e benevolente superfície, batia o coração do mesmo tirano.


"Quer que papai lhe dê um pónei?" — Dulce imi-tou-o por entre os dentes. — "Bem, se é isso o que quer, é o que terá." Só se for sobre o meu cadáver!


Dulce, meu bem, aí está você! — Blanca Sanviñon acenava, os braceletes ao longo do braço erguido, cha-coalhando como pequenos sinos.


Por um momento, pensou em sair correndo, mas, com Christopher logo atrás e seus pais parados na esquina, não tinha a menor ideia de para onde ir.


   Olá, mamãe — saudou-a de volta, com um dis­creto aceno.


   O que aconteceu com aquele seu acompanhante?
Levantou-se e desapareceu outra vez?


Só mesmo Fernando poderia gritar, expondo algo tão pessoal em plena rua de uma cidadezinha como aquela.


Voltou a cabeça para trás, vendo Christopher se destacar na multidão, e em seguida virou-se de novo para os pais, que apressavam o passo até ela. Por um momento surreal, viu-os como personagens de um filme a se moverem devagar.


Teria de passar por um segundo encontro entre seus pais, preocupados com o fato de que Christopher pudesse tirar-lhes a neta preciosa, e o homem que nem imaginava que o ainda válido casamento entre os dois lhe dava essa opção. A culpa se tornava mais intensa a cada hora que mantinha seu segredo. A dor invadia-lhe o peito. Imagi­nou como sobreviveria sem cometer outro erro em frente das três pessoas, que pareciam sempre alertas, à espera de um novo e maldado passo seu.


Dulce, espere, eu não sei o que disse lá atrás para você se aborrecer, mas... — Christopher já estava a seu lado, quase a encostar-lhe no ombro. — Não reparou que acaba de encontrar seus pais? Olá, Blanca, Fernando.


Como vai, Christopher? Estava justamente perguntando a Dulce se você havia...


Isso não tem importância. Fernando. — Blanca cutucou o marido com a ponta do cotovelo, fazendo tilintar suas jóias.


A tensão entre os dois homens permaneceu intacta.


Estava conversando com um amigo sobre um cavalo, se quer saber, Fernando. — Christopher pousou a mão sobre o car­rinho de Angel.


Este não é o lugar nem a hora para uma discussão em família. — A independente Dulce tentou se adiantar a fim de evitar constrangimentos. — Vamos dizer que...


   Um cavalo? Pensei que só lidasse com touros, Uckerman.
Christopher suspirou, um tanto impaciente.


   O cavalo não é para mim, caso isso seja de sua conta, Fernando Sanviñon. E para Angel.


   Agora, espere um minuto. — Dulce levantou a mão, pedindo atenção. — Christopher, creio que deixei bem claro que não quero que o bebé tenha um pónei.


   Para Angel? — A expressão de Fernando suavizou-se pela primeira vez. — Por que não disse antes, homem? Venho tentando conseguir esse pónei há mais de um ano.


   Verdade? — Christopher falava com o sogro como se Dulce tivesse de repente se tornado invisível.


Sim, e a razão pela qual não consegue é que eu não o permito. — Dulce ergueu os ombros para se impor. — Angel é minha filha, e eu digo...


Bem, acabei de dar uma palavra com Alfonso Herrera, Fernando. Eles têm um casal domado de shetlands, e talvez queiram se desfazer de um. E um bom e seguro modo de Angel começar.


 


Não me importo se o pónei vem com acessórios opcionais ou equipado com cinto de segurança ou air bags. Angel é minha filha, e eu digo que...


Esse Alfonso é um bom homem. — Blanca sorriu.


Conhece cavalos — Fernando acrescentou com um largo sorriso. — Se ele diz que o animal é adequado para o bebé, já é o suficiente para mim.


Mas para mim não é! — Dulce abriu sua posição na roda, entre os pais e Christopher, dando um passo adiante. Estaria perdida, caso o trio a excluísse com tanta faci­lidade. — Tenho minhas razões para não querer cavalos e todas essas coisas de rancho e caubóis para minha filha. Desejo que Angel tenha a chance de formar sua própria opinião sobre o que quer quando for madura o bastante para saber...


Quanto Alfonso está pedindo pelo animal, Christopher? — Fernando cruzou os braços, como se Dulce não houvesse emi­tido nenhum som.


O preço de mercado. Mas dinheiro não é a questão, Fernando. Comigo por perto agora, Angel não deixará de ter nada. Providenciarei tudo.


Eu já respondo por isso. — Dulce gritou, furiosa por ver seus desejos ignorados.


Fico feliz por ouvir isso, Christopher.


Não que nós nos importemos em dar alguma coisa para nossa criança. — Blanca deu o braço para o marido. — Faríamos qualquer coisa por essa menina.


Os pássaros diluem os alimentos antes de o darem para seus filhotes. — Fernando deixou evidente os sofrimentos que suportaria pela neta.


Desculpem-me, mas sou eu quem toma conta de Angel. — Dulce apontou para si mesma.


Pelo olhar que os pais e Christopher lhe lançaram, supôs que travava uma luta inglória. Mesmo assim, continuou, sua voz soando por um momento como um trovão a ecoar nas costas da montanha.


Eu trabalho, vocês sabem. Tenho trabalhado desde que minha filha tinha seis meses, para o caso de terem se esquecido. Sou sócia majoritária na James e Sanviñon. E, se quiserem, tenho os papéis do empréstimo do banco para provar.


Empréstimo do banco? — Isso chamou a atenção de Christopher.


Sim, é como a maioria dos negócios se iniciam. Toma-se capital de um banco, que se paga à medida que os lucros vão entrando. — Dulce começou a enrolar uma mecha de cabelos entre os dedos, largando-a assim que se deu conta do velho hábito, e levou as mãos ao carrinho.


Tenho novidades, querida — Christopher falou em meio a um sorriso cínico. — Banqueiros esperam que pague o empréstimo, tenha você lucros ou não.


Eu falei para ela... — Fernando deixou as palavras fluírem numa enfática insinuação da bobagem que a filha cometera.


Blanca olhou para o alto, e mesmo esse simples gesto fez seus colares lançarem um ruído metálico.


O jeito de Christopher, o tom do pai e o som das jóias da mãe eram como lâminas nos nervos agitados de Dulce.


Desejaria que você tivesse voltado antes de ela ter assinado aqueles papéis, Christopher.


E que diferença isso teria feito, pai? — Dulce, a custo, controlava a raiva e a humilhação por ser tratada como uma garotinha de cinco anos.


Um mundo de diferença, garota. Desde que você tivesse posto um ponto final nisso.


Bem, eu não vejo como, Fernando. Dulce é uma mulher crescida, com ideias próprias, e, mesmo que eu não apro­vasse ou preferisse que ela agisse de outra maneira, isso não tem mais nada a ver comigo.


Apesar de Christopher não ter demonstrado partilhar a opi­nião de seus pais, a irritação de Dulce em relação ao marido e ao casal não diminuiu. Admitir que não apro­vava seus atos, que tentaria fazê-la agir diferente era apenas um modo disfarçado de dizer que se tivesse chan­ce, passaria mais uma vez sobre seus sonhos e desejos. E tudo pelo bem dela, pensou, amarga.


   Você não vê como poderia tê-la detido? — Fernando soltou uma risada. — Seria como uma rasteira. Você poderia ter resolvido tudo se estivesse aqui a tempo.


   Já chega, papai! Não misture as coisas, estou avisando.
O tremor nas pernas de Dulce era pura adrenalina, e não medo. Estava pronta a desafiar suas inseguranças e o domínio do marido e do pai ao mesmo tempo.


Dulce tem suas razões e pontos de vista, Fernando. — Christopher movimentou-se num sutil balançar.


Oh, não, não você! — Dulce lançou-lhe um olhar fulminante, advertindo-o para que parasse. — Não venha tentar me defender, Christopher. Não tem esse direito.


Lógico que tem — Fernando redarguiu. — É como de­veria ser.


Papai, não diga mais...


Eu não tenho mais direitos em relação a Dulce, Fernando.


Pelo amor de Deus! — Fernando exclamou.


Papai, não! — O coração de Dulce batia desen­freado, o calor escaldava-lhe a nuca e o rosto.


Sabia o que estava por vir em seguida. Via as nuvens carregadas de uma terrível tempestade que se aproxi­mava, sem nada poder fazer.


   Você tem todo o direito do mundo, Christopher. Afinal, se está casado com minha filha há tanto tempo...


Uma espécie de paralisia mortal tomou Dulce, bem como a frustração, que se sobrepunha a todos os acon­tecimentos. Agora, seu sonho de independência escapava-lhe do controle como uma espiral de fumaça, cami­nhando para o desastre, quando Christopher reclamasse seus direitos sobre Angel e ela viesse a perder tudo o que lhe era mais caro.


Virou-se para Christopher, mais zangada do que amedron­tada, seu instinto materno pronto a explodir.


Casado? — Christopher arregalou os olhos.


Sim, Christopher, mas não comece a ter ideias sobre seus possíveis direitos sobre Angel. Podemos ainda estar ca­sados, mas não será por muito tempo, pois eu quero o divórcio.


 


Gracias por los coments *-*




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Autor(a): natyvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 580



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  • AnazinhaCandyS2 Postado em 28/02/2017 - 00:22:10

    Que fanfic boa, pena q foi tão curtinha :( Mas otima em tudo!

  • stellabarcelos Postado em 17/12/2015 - 23:59:38

    Lindos amei!

  • larivondy Postado em 03/10/2013 - 21:20:01

    ameeei, li em menos de um dia *-* tuas web's são perfeeeitas :)

  • PatyMenezes Postado em 17/12/2011 - 01:29:46

    Aqui estou eu, iguais uma tartaruga tewrminando de ler só agora -.-' desculpa o sumiço, provas finais, sabe como é neh?! mas enfim.... a web foi perfeita do inicio ao fim *-* quase morri com esse final *-* como sempre, suas web's são as melhores :D parabéns!!!

  • PatyMenezes Postado em 17/12/2011 - 01:29:46

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