Fanfics Brasil - 8 Papai cowboy - vondy - adaptada - TERMINADA

Fanfic: Papai cowboy - vondy - adaptada - TERMINADA | Tema: Rebelde


Capítulo: 8

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Muuuuuuuuuuito obrigada por todos os coments!!!


 


 


CAPITULO VII


 


Que novidade é essa que eu ouvi sobre uma nova temporada? — man pousou ambos os cotovelos na cerca, seu olhar passeando, atento, pelas febris atividades do rodeio à volta deles.


Com tiras e laços de couro por entre as mãos, os dedos e braços de Christopher agitavam-se num movimentar viril, enquanto checava seu equipamento para o próximo show.


Onde ouviu isso, Alfonso?


Um tal de Dérick James está espalhando a no­vidade. — Alfonso mantinha o olhar nas atividades. —Anda dizendo que é seu novo agente.


Christopher deu um último nó em uma das cordas.


Bem, ele não é.


Imaginei que não.


Mas sua sócia, sim. — Christopher vasculhou com o olhar a arena, achando as cadeiras vip dos Sanviñon.


A visão de Fernando e Blanca em pé, cumprimentando os passantes, chamou sua atenção, mas as figuras de Dulce e Angel renderam seu coração.


Examinou a menina, que aprendera a amar nos últi­mos dias. Dulce estivera certa sobre uma coisa: a filha deles nao era exatamente um anjo de candura. Christopher riu quando lhe veio à memória a teimosia da criança, sua obstinação em fazer o que queria, à sua maneira, seus olhos brilhantes, suas covinhas, o sorriso igual ao da mãe. Desviou-se para Dulce, com as feições iluminadas de amor pelo bebé.


Doía-lhe na alma saber que sua mulher nunca mais o veria com olhos amorosos, que não mais a teria nos braços, e não mais teriam bebés. Mas então...


Levou as costas da mão aos lábios. O beijo de Dulce havia lhe dado esperança. Caso concluísse as duas apre­sentações que estavam por vir, Christopher iria para a final, e depois para a Grande Final Nacional, em Las Vegas. Os contratos e patrocinadores já estavam decididos, e Christopher faria dinheiro para ambos. Outra temporada a mais, e Dulce estaria com os negócios assentados. Quem sabe assim Christopher pudesse provar a ela que era um homem com o qual se podia contar, digno dela e do bebé. A menos que o trabalho desse cabo de sua carreira antes.


Então, os rumores não são verdadeiros, Christopher?


Que rumores? — indagou, desviando o olhar para Alfonso, como se estivesse entrando na conversa de outra pessoa.


Sobre você arriscar outra temporada, o que poderia acabar levando-o para a mesa de operação, e depois para um longo e, quem sabe, definitivo afastamento.


Oh, isso? Sim, é tudo verdade.


Então, por que se comprometer com outra temporada?


Você está vendo aquela cabecinha de cabelos loiros na tribuna? — Apontou para Angel no colo da mãe.


Sim.


Essa é a razão. Dulce não quer que eu lhe dê dinheiro, então, terei de fazer com que ela o receba de mim através de meus contratos. A mãe de minha filha está me assessorando.


Mesmo que esse processo o mate?


Pelo que tenho de viver se não for para fazer o que é certo pela minha menina, Alfonso? Além disso, não vou morrer, só me machucar um pouco.


Sim, mas pode acabar numa cadeira de rodas — Alfonso resmungou, enquanto Christopher se afastava da cerca, indo em outra direção.


A última imagem que Christopher guardou antes de ir para o plano inclinado onde sua primeira apresentação da noi­te o aguardava era a de Dulce com Angel. Acenou para as duas, percebendo em seguida que não olhavam para ele. Ficou triste, mas, mesmo assim, ao tomar sua posição no show, tinha na memória as figuras de suas garotas.


Dulce fechou a jaqueta de couro que usava. A mul­tidão, em contínuo movimento, era um desfilar trémulo de cores. O vento da noite tingiu de ligeiro tom averme­lhado suas faces e a ponta do nariz. Ao puxar o zíper do casaco rosa-choque de Angel, seus dedos tremeram.


Uma antiga balada country soava alta e distorcida através dos alto-falantes a pouca distância da tribuna. Fernando marcava com a ponteira de prata de sua bota o ritmo da canção. Blanca remexia-se em sua cadeira, balançando as exageradas e abundantes franjas de seu casaco ver­melho de camurça.


Apesar de tudo, Dulce tinha de sorrir para os pais. Amava aquela dupla de exibicionistas que tinham lhe dado uma nada convencional, e em alguns momentos frustrante, infância. Contudo, também sabia ser amada por eles. Como Fernando diria, amava-a mais do que a própria respiração.


Antes de Dulce ter Angel, não fazia ideia da dimensão desse amor. Lógico que amara Christopher, de uma maneira que acreditava ter sido experimentada por poucas pessoas, por­que o amava pelo que ele era, não pelo que poderia ser ou pelo que ela desejava que fosse. Se ao menos Christopher tivesse retribuído seu sentimento, pensou, tudo teria sido diferente. Christopher, porém, nem tentara conhecer a verdadeira Dulce. Então, como poderia tê-la amado?


Abraçou Angel mais forte. O importante, falou para si mesma, não era mais como amara Christopher nem como esse amor fora retribuído, e sim, que ambos adoravam a filha. E, assim como se lembrara durante aquele beijo quente e memorável, repetia agora que Angel era a prio­ridade número um. Não importava o que sentisse ou vies­se a sentir, sabia que nunca deveria demonstrar o quanto se importava com aquele homem.


   Agora, um caubói esperado por todos. — A voz de um dos primeiros apresentadores ecoou alto, sacudindo os assentos das arquibancadas.


Dulce esticou o pescoço para ter a melhor visão possível.


Ele esteve ausente de Summit City nos dois últimos anos, sabia, Vernon? — anunciou o segundo apresenta­dor. — E tem sido um espetáculo à parte. Com certeza, teremos uma ótima apresentação com Christopher montando Bowdleerizer.


Pode contar com isso, Earl Júnior. Mas é a segunda apresentação desse caubói que realmente está entusias­mando, excitando seus fãs. Em quatro de cinco shows desta temporada, como parte de um espetacular evento promocional, Christopher Uckerman enfrentará mais uma vez Diablo, o Matador.


A multidão à volta gritou e aplaudiu, entusiasmada.


   Mas, primeiro, Christopher terá de concentrar-se nesta apresentação — Earl Júnior explicou. — Ele é um campeão, senhoras e senhores, e leva cada uma de suas aparições tão a sério quanto seu duelo pessoal com Diablo, o Matador.


Dulce tentava não ouvir, mas a dupla de apresenta­dores continuava a falar de Christopher.


É isso mesmo, Earl Júnior. Cada vez que um homem monta um desses touros, é um candidato à morte no topo de uma tonelada de perigo.


E é por isso que ganham um dinheirão, e... Bem, agora, parece que Christopher já está a postos. Pronto, estamos só aguardando que dê seu sinal.


Dulce pressionou os lábios. Enterrando os dedos no acolchoado do casaco da filha, debruçou-se na beirada do assento.


—Aí está — Vernon disse, em tom provocador. — Christopher acaba de acenar a mão. Quero que todos de Summit City dêem um grande aplauso de boas-vindas para Christopher Uckerman!


O plano inclinado abriu-se. A multidão aplaudia e gri­tava, frenética.


Dulce respirou fundo, fechando os olhos, que, de tão apertados, arderam.


Oito segundos. Como podia tão pequena medida de tempo parecer nunca se acabar?


   Por favor, não se machuque — murmurou de encontro ao tecido macio do capuz de Angel. — Por favor, só se segure e...


O som de uma estrondosa buzina cortou o ar, inter­rompendo seu pungente pedido.


   Ei! Christopher conseguiu!


Devagar, Dulce abriu os olhos, vendo os pais em pé a aplaudir a performance de Christopher.


   Que show, amigos. Que espetáculo! — os anunciantes exclamavam.


A mente de Dulce nada mais registrava a não ser a figura de Christopher subindo a cerca, enquanto os ajudantes, vestidos com coloridas roupas de palhaço, desviavam a atenção de Bowdleerizer do caubói. Suspirou, engolindo em seco e ignorando a umidade dos cílios. Ele conseguira. Christopher estava seguro... por enquanto.


Angel batia palmas e sacudia os pezinhos.


Fernando tomou a criança em seus braços.


Ele foi bem, hein? Foi muito bem seu papai, menina. Não foi, Dulce?


Não estava olhando, pai. Mas, a julgar pela alegria geral, diria que foi mesmo. E isso, sem sombra de dúvida, é muito bom para os negócios.


Sim, e eu suponho que seu interesse nesse caubói seja apenas comercial, estou certo?


Claro que é. — Ergueu o queixo, encontrando os olhos avaliadores do pai.


Um pequeno conselho, minha querida.


O quê? — Dulce jogou os cabelos para trás.


Da próxima vez que tentar me convencer, é melhor enxugar os vestígios de preocupadas e amorosas lágrimas de seus olhos, primeiro — Fernando falou, grave, enxugando com um dedo a umidade no rosto da filha.


Desculpe-me, papai. E, agora se você e mamãe não se importarem, gostaria de ver como Christopher está.


Fernando nada comentou, limitando-se a encará-la.


Estou indo como agente, papai. — A explicação foi rápida e defensiva. — É parte de meu trabalho verificar se o cliente está bem, se continua com todas as melhores condições para fazer o grande show.


Faça isso, menina. Vá checar seu cliente...


Ei, Dulce, obrigado por vir me ver! — Christopher passava as mãos na parte traseira da calça, não porque se im­portasse com a poeira, e sim, por não querer parecer ansioso demais pela presença dela.


Você sabe que é parte de minha função, Christopher. — Dulce se postou ao lado dele, numa área pouco iluminada reservada para os caubóis e as pessoas com acesso garantido.


O estreito espaço forçava a aproximação, e tão perto estavam um do outro que Christopher podia ouvir o arranhar do solado dos ténis de Dulce sobre o concreto, perceber o perfume da noite mesclado a seus cabelos e ao odor de sua jaqueta. O espesso balançar das franjas da pro-teção de couro especial que ele usava em volta dos quadris e das pernas aquietou-se, afinal, ao colocar-se em pé. Se estivessem um pouco mais próximos, não seria capaz de resistir à vontade de beijá-la.


Tirando o chapéu da cabeça, Christopher ocupou-se em examiná-lo.


Então, o que achou?


O público te ama, Christopher.


Era bobagem querer a aprovação dela, mas assim mes­mo a queria.


Não perguntei sobre o público, Dulce.


Eu... — Pressionou os lábios, contendo a respiração por alguns segundos, de modo que seus seios altivos desta-caram-se sob a jaqueta como num oferecimento a Christopher.


Ele ergueu a mão.


Tenho de confessar que não assisti a sua apresen­tação, Christopher.


Ocupada demais usando suas credenciais para obter novos clientes?


Sabe que não — Dulce sussurrou.


Christopher sabia. Dissera isso só para brincar e obter al­guma resposta, além de evasivas.


Conte-me, então. Como é que conseguiu perder a primeira apresentação de seu primeiro e único cliente?


Eu estava nervosa! Eu... — Dulce fechou os olhos, engoliu em seco, e então, ao tornar a abri-los, fitou o chão. — ...não consegui.


Não conseguiu?


Não, não consegui! — Ergueu a cabeça.


Mesmo através da sombra, Christopher podia ver mais do que as palavras revelavam. Não pudera assistir porque se importava muito com ele? Bem, talvez não muito. Im-portava-se o suficiente, porque Christopher era seu marido, o pai de sua filha? "Otimo, agarre-se a isso e..."


Não pude assistir, Christopher, porque tenho muito in­vestido aqui.


Continue.


Bem, você sabe como são os negócios. Sendo você meu melhor e mais importante cliente, caso você fosse desqualificado...


Dulce podia insultar sua maturidade, rejeitar suas ideias. Suportaria tudo como um homem. O que Christopher nunca poderia fazer, no entanto, era ficar ali e permitir que ela menosprezasse a única coisa que fazia muito


Bem e que o mantinha vivo, além da filha, e, se Dulce o desejasse, além dela mesma.


Eu não me desqualifico, Dulce. Poderia ser atirado a meio caminho do céu por uma montaria, mas jamais desqualificado.


Ou pior...


Bem, não espero pelo pior quando estou me apre­sentando, e, como minha assessora e mãe de minha filha, não creio que você deveria fazê-lo. — Sentia-se mal por falar com ela daquele modo, mas a dor que o invadia era grande.


Christopher, eu...


Tenho de me preparar para a próxima apresentação. --- Passou por ela, temeroso por dizer mais alguma coisa de que viesse a se arrepender. Então, voltou-se, apon­tando um dedo para a pequena figura na escuridão. — Desta vez, mantenha os olhos abertos, Dulce. Você vai ver do que seu marido é capaz. Então, por uma vez que seja, talvez se sinta orgulhosa de seu homem, e não brava por ele não ter lhe dado o tipo de casamento que esperava, nem receosa por apostar suas fichas nele.


Christopher, eu não...


Juro para você, Dulce: não vou decepcioná-la.


 


 


Comentem plixxx *-*


 


Bjix da Naty




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Autor(a): natyvondy

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1000 desculpas pela demora pessoal... mas estou fazendo minhas últimas provas desse período na faculdade... então tenho que estudar muuuuuito!!! Como sempre, muuuuuito obrigada pelos coments!!! *-*   CAPÍTULO VIII   Christopher Uckerman é um caubói de nível internacional, o tipo que Diablo, o Matador, adora at ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 580



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  • AnazinhaCandyS2 Postado em 28/02/2017 - 00:22:10

    Que fanfic boa, pena q foi tão curtinha :( Mas otima em tudo!

  • stellabarcelos Postado em 17/12/2015 - 23:59:38

    Lindos amei!

  • larivondy Postado em 03/10/2013 - 21:20:01

    ameeei, li em menos de um dia *-* tuas web's são perfeeeitas :)

  • PatyMenezes Postado em 17/12/2011 - 01:29:46

    Aqui estou eu, iguais uma tartaruga tewrminando de ler só agora -.-' desculpa o sumiço, provas finais, sabe como é neh?! mas enfim.... a web foi perfeita do inicio ao fim *-* quase morri com esse final *-* como sempre, suas web's são as melhores :D parabéns!!!

  • PatyMenezes Postado em 17/12/2011 - 01:29:46

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  • PatyMenezes Postado em 17/12/2011 - 01:29:45

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