Fanfic: . Esbarrões .

- Claro. Você é cego ou o que ein? – nessa hora, já tinha um bando de curioso á nossa volta. A minha sorte é que minha saia tinha um short por baixo, e eu quase levei as mãos pro alto por isso.

- Nossa, e você, ta de TPM ou é sempre assim? – ele zombou, e algumas meninas odiosas, no tipo Belinda Peregrin, Karla Cossio, e Maria Fernanda Solaris soltaram risinhos. Patéticas.

- Com retardados como você e aquelas ali? – apontei pra elas – Sempre! – disse eu.

- O que houve, linda? – Poncho chegou por trás de mim, e encarou o outro – Ah, não!

- CARA! – os dois sorriram e se abraçaram. – Quanto tempo Poncho!

- Eu é que o digo moleque! – Poncho voltou ao meu lado e sorriu pra mim, mas fechou o sorriso quando viu minha expressão de “o que você ta fazendo?” e minha sobrancelha levantada. – O que foi linda? – respirei fundo, fazendo uma dramatização á mais e olhei pro outro garoto, que estava com uma cara parecida com a minha.

- Ok, Poncho, ok. Eu finjo que não vi a sua ceninha, então eu vou pro meu quarto, e vou voltar a dormir, ta? – ele me olhou mais confuso ainda e eu bufei. – Quem é o retardado?

- Retardado não! – protestou o outro e eu levantei a mão com a palma virada pra ele, como se pedisse pra parar.

- Cala a boca, bonequinho de plástico. – vi pelo canto do olho que ele levantou a sobrancelha.

- Meu amigo. Por quê? – Poncho parecia preocupado e assustado ao mesmo tempo.

- Sempre achei que você soubesse escolher seus amigos Poncho, sério mesmo. – olhei pros lados e vi que Dan, o garoto que me levantou me ofereceu minha bolsa. Sorri pra ele. – Obrigada Dan.

- De nada Dul. – ele sorriu.

Peguei minha bolsa e antes de sair, olhei pros dois mais uma vez. Fui pra pátio, onde tinham alguns alunos conversando e rindo, mas eu passei direto. Não, eu não tinha o direito sobre Poncho, mas sei lá, ele costumava ter boas amizades. Primeiro veio as vadias tipo Belinda e Cia, e agora o garoto estúpido. Sei lá, só não fui com a cara dele.

Entrei na ala do dormitório feminino. Ficava num pavilhão á parte do colégio. Entre o saguão principal, e as quadras. Ficava de frente para o masculino, sendo assim, as portas principais de cada um ficavam um de frente para o outro, interligadas por uma passarela de pedras irregulares. Caminhei até o fim do corredor e subi para o segundo andar. Esse andar era pouco usado. Tinham poucos quartos, e um deles era o meu.

Abri a porta e encontrei-o como sempre foi. Vazio. Sim, eu dormia sozinha ali. Ficava no último quarto habitado do corredor. Tinham outros no corredor, mas a maioria vazio, e apenas eu dormia num sozinha. Devem pensar que é uma maravilha ter um quarto só pra você, mas não, é um saco! Tipo, tem seus lados bons e tudo mais, mas... é ruim ao mesmo tempo.

Ta ae , oo bundudo . ((: