Fanfic: . Esbarrões .

- Dulce? Oh, menina, acorda! – Mai estalou os dedos na minha frente e eu a olhei, ainda perdida nos pensamentos. – To te chamando aqui!

- Ah... o que foi?

- Você percebeu que entrou um garoto novo aqui junto com a Zo e o namorado dela?

- Ah, não. Quem? – ela apontou discretamente para o fundo da sala e eu me virei lentamente, como quem não quer nada. – Ah, já vi sim. – disse de mau humor, virando de novo pra frente. Havia acabado de ver o garoto que havia trombado comigo mais cedo.

- Credo, que mau humor mulher. O que houve?

- Ele trombou em mim no meio de saguão cheio de gente hoje! – eu reclamei. – E ainda se achou no direito de zombar de mim, idiota. – Mai riu e voltou a escrever.

Depois de alguns minutos eu bufei. Não consegui voltar á linha de raciocínio que estava agora á pouco. Encostei-me na parede e me pus á observar a sala. O professor estava corrigindo algumas tarefas e não estava prestando muita atenção, e o pessoal sabia respeitar ele o suficiente pra continuar conversando sem virar zona.

- E ai Dulce, conseguiu fazer seu texto, ou não sabe o que é ética? – lentamente percebi que a vadia havia falado comigo. Virei-me tranquila, meu rosto numa expressão indefinida, para encarar os olhos sutis e afiados da Belinda no fundo da sala. Ela estava lado a lado com o tal garoto novo, e pelo canto do olho eu percebi a sala prestando a atenção em nós. Isso sempre acontecia, e até parece que o professor também ficava ouvindo, até certo ponto, onde ele tinha que interferir antes de sairmos no tapa, o que ela sempre pediu.

- E ai Belinda, ta na seca, ou conseguiu dar no fim de semana?

A sala ficou em silêncio, e eu abri um pequeno sorriso de desprezo. Eu amava deixá-la sem palavras. Era realmente legal brigar com ela. Pelo menos eu me divertia em alguns momentos.

- Olha aqui Dulce, vê lá como fala comigo, ok? Fica quieta no seu canto garota! – ela disse, furiosa, e ficando vermelha. Sorri mais.

- Eu tava quieta Belinda. Você provocou. Já ouviu: “Fala o que quer, ouve o que não quer”? Então, ta ae.

- Garota, quem você pensa que é? – ela ficou de pé, empurrando á mesa a sua frente. Respirei fundo e apenas me recostei mais na parede, me acomodando.

- Eu não penso não querida, eu sou mesmo. Mas você... ops. – sorri sapeca e alguns garotos riram.  

- Dulce, você não é nada menina. Você se acha o máximo, mas não passa de uma formiga pra mim, uma formiga – ela deu ênfase – Nunca vai chegar aos meus pés, nunca!

já , já veram o buundudo de novo , calma eneida ` ((: