Fanfic: . Esbarrões .

- Meu pai. – respondi, abaixando a cabeça.

- Nem adianta. Ele já te achou, e ta vindo pra cá. – disse Christian, percebendo meu movimento.

- O que ele quer? – perguntou Christopher.

- O diretor o chamou pela briga dela na sala, Ucker. – respondeu Poncho.

- Não é a toa que eu o chamo de Hitler. – eu resmunguei.

- Quem você chama de Hitler? – meu pai perguntou, ao lado da nossa mesa, um pouco atrás de Christopher. Levantei os olhos pra ele e percebi que todos na mesa me olhavam. 

- No momento o diretor, mas esse posto muda rapidamente conforme o comportamento das pessoas á minha volta. – eu respondi, sem um pingo de educação. Vi o brilho da raiva nos olhos dele, mas ignorei. Ele sempre ficava bravo, me deixava de castigo, e depois de algumas horas minha mãe me tirava do mesmo. Sempre.

- Venha comigo Dulce. Agora. – ele disse, se controlando.

- Vê se controla a boca. – disse Mai, num sussurro. Assenti e me levantei, quase no arrasto, e o segui pela cantina.

Caminhando pelos corredores eu fui andando a menos de um passo atrás dele, quase pisando em seus calcanhares. Eu estava estressada. Já havia entrado naquela sala hoje, e meu repentino encontro com o diretor não havia sido muito bom. Quando meu pai entrou no corredor da direção, Alice, a secretária do Sr Pascoal se colocou de pé e sorriu para nós, mesmo que aquela ocasião não fosse algo alegre.

- Oh, Sr Saviñón! Que bom vê-lo. – disse ela.

- Posso entrar? – perguntou meu pai, contido.

- Entre, apenas o senhor, por enquanto, Sr Saviñón. – ouvi a voz de Pascoal no pequeno corredor que interligava a sala de espera á sua sala. Ele logo apareceu e sorriu levemente, dando passagem para meu pai. Assim que meu pai sumiu, ele me lançou um olhar dardejante e apontou para as poltronas, numa ordem silenciosa. Logo, ele sumiu também. Revirei os olhos e me sentei.

- Quer... – levantei a mão para silenciar Alice.

- Não, Alice. Hoje não! – eu disse, fechando os olhos. Respirei fundo e fiquei por ali.

Depois de alguns minutos, eu acho, ouvi o comunicador interno entre a sala do diretor e Alice serem ativado.

Pascoal: Mande-a entrar.

Alice me olhou de soslaio e eu resmunguei algo incompreensível. Levantei e caminhei até a sala. Bati duas vezes e abri. Meu pai estava de frente para Pascoal que se achava o máximo atrás de sua mesa de mogno bege. Entrei e fechei a porta atrás de mim. O Hitler fez um gesto indicando a cadeira ao lado do meu pai e eu fui me sentar. Me ajeitei na cadeira e seguiram-se alguns segundos de silêncio.

- Bom, conte-nos á sua versão dos fatos, Dulce. – pediu o Hitler. Respirei fundo e comecei. Contei á eles tudo o que aconteceu, nos mínimos detalhes. Os dois estavam em silêncio, prestando atenção. Quando terminei de falar, eu respirei fundo e encarei o diretor. Ele suspirou e com uma cara de desgosto contido disse.

- Bom, Dulce, seu versão bate com a versão do professor. Estive ouvindo-o um pouco antes de você. Eu vou esperar o responsável pela Srta Peregrin, mas acho que você esta livre dessa vez, mesmo que irá cumprir punição, pela má conduta em sala. – me segurei novamente para não revirar os olhos. – Mas sua punição eu mando Alice te avisar mais tarde. Pode ir.

- Posso almoçar? – perguntei antes de levantar. Eu estava mesmo com fome.

- Vá e lanche. Eu converso com o seu professor do próximo horário.

Sorri sem humor pra ele e levantei, quase aos pulos e sai da sala dele. Respirei fundo assim que fechei a porta e corri pra fora daquele lugar que me dava ânsia. No meio do corredor, eu estava olhando pra frente, indo pra lanchonete, ainda correndo, mas não rápido. Até que eu encontro no meio do corredor um tórax forte coberto pela camisa branca do colégio. E pela segunda vez no dia eu vou ao chão. E quando eu olho pra cima... Christopher.

- De novo? – eu perguntei irritada. Ele sorriu.

- Desculpe. Dessa vez a culpa é minha. Estava distraído. Você tava correndo? – ele estendeu a mão pra me ajudar a levantar e eu hesitei, mas logo segurei sua mão e me levantei.

- Tava. To tentando sair o mais rápido possível daquele buraco. – eu disse com repugnância. Ele riu.

- Como foi lá?

- Contei tudo. E ele disse que minha versão bate com a do professor. E eu quase pulei nele. É claro que a minha versão bate. Eu disse a verdade!

- Sério, foi muito legal a discussão de vocês. Você tava tão tranquila. – ele franziu o cenho e eu ri.

- Normal. Você aprende a ser fria depois de um ano aturando aquela coisa. – ele fez uma careta. – E você, tava fazendo o que aqui?

- Preciso falar com Alice. – eu dei um passo a frente, mas quase caí. Ele me segurou de sobrancelha levantada. – O que foi?

- Meu pé. Droga. Acho que torci. A culpa é sua! – eu disse, brincando. Aquele pé eu já havia quebrado duas vezes. Ele riu e me apoiou, fazendo com que eu me segurasse nele.

Woow , um capítulo beem longo! (: 

Presente pra voces meninas . Viram coomo o Ucker ée bonziinho ? Ele é geltiil gente . awwwwn *--* AUHSUAHSUA ` amoisso ee amovoces . ♥ 

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